Capitulo XVIII

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Estava no corredor, havia alguns alunos. Uma dor de cabeça me atinge.

Estava na sala oval. Os Volturi estavam em um tipo de conselho. Podia ver Justin trajado de preto assim como o homem que o salvou na noite de sua morte. Havia um homem no centro. Seus cabelos loiros, olhos vermelhos como de todos a sua volta.

— Jane. — Aro. O líder fala num sussurro inaudível onde apenas entendia pela leitura labial.

A mulher parecia ser mais nova que qualquer um ali. Loira e baixinha, ela da um passo à frente com um sorriso nos lábios. Imediatamente o homem começa a se contorcer de dor gritando para parar.

— Bieber. — Caius, o loiro que assentava a esquerda de Aro chama.

Justin parecia imóvel, mesmo olhando para sua frente o que acontecia, parecia estar em outro lugar, mas assim que houve o seu nome ele olha para o superior.

— Prossiga. — Aro olha para Caius e consente a ordem.

— Você consegue. — Ouço Baltazar incentivando-o.

Justin tinha seus olhos vermelhos escuros, ele se movimenta, vejo o borrão do seu corpo chegar até o homem jogado no chão. Justin o coloca de joelhos, olha uma última vez para Aro, que acena afirmativamente. Então ele, por traz do homem, envolve as mãos no rosto do homem e começa a puxar para cima, o homem grita e ao mesmo tempo se ouvia o barulho de vidro sendo quebrado quando o homem não tem vida. A parte de seu corpo cai para frente, Justin joga em cima do seu corpo a sua cabeça e volta ao seu lugar ao lado de Baltazar, sem expressão alguma no rosto.

— Jasmine! — Molly se ajoelha pra me ajudar. Estava de joelhos no chão, meus materiais estavam jogados.

— Ah! — Massajei as têmporas.

— Essas suas dores de cabeça. Vem vamos a enfermaria.



Vou para o estacionamento, em direção do meu carro. Entro e apoio meu rosto sobre o volante, com os olhos fechados. Quando abrem a porta do meu carro e eu me assusto. Renesmee era a pessoa que entrará no meu carro como se aquilo fosse algo comum a ela, o seu cheiro adocicado invade o ambiente:

— Sei que tá com dores fortes, se importa de que dirija?

— Não e você? — Admito sem graça.

— Nenhum pouco. Vamos trocar então. — Saímos do veículo e trocamos de lugares.

— Saiu mais cedo da aula?

— Na verdade, é a aula de educação física, como eu sou uma híbrida, seria meio injusto na partida de vôlei. Meu avô me deu um atestado médico devida a minha "doença rara" — Ela faz aspas com as mãos. Renesmee liga o carro e começa a dirigir.

— Seus materiais?

— Jacob leva para casa. — Ela da os ombros.

— Porque ele frequenta mesmo odiando?

— Por mim. — Ela diz como se fosse a coisa mais natural, o que no mundo deles acredito que era natural.

— Ele é um lobo. Não deveria ser inimigo mortal da sua família? — Lembro - me das lendas Quileutes.

— Por muito tempo foram. Digo não a minha família, quando os chefes da tribo se encontraram com meu avô, eles estabeleceram uma trégua, sobre os limites da cidade. Acho que com o nosso retorno, mais crianças tenham tido sua transformação. É complicado... Jacob é um alfa, é descendente direto de um dos líderes, mas por um período ele deixou que o Sam, o líder da matilha, por ser o mais velho, maior, fosse o alfa. Ele não fala muito dessa época. Mas temos Lea e Seth, que se juntaram a ele. Jacob sempre mostrou que não gosta da ideia, porém aceita. Acho que lá no fundo ele até gosta sabe? — Aceno com a cabeça. — Como chegou à conclusão que ele é um lobo?

— Ele é um quileute, a tatuagem no braço, e os olhos, me lembram o lobo que vi na estrada.

— Nada mal. Você gosta de história pelo visto?

— É mais um passa tempo. Aquela noite que você foi em casa, não estava brigada realmente com ele, e também sei que conversaria com a sua mãe e não comigo. Teve haver com o incidente da praia não é?

— Eu não posso falar sobre isso Jasmine.

— O que esta acontecendo Renesmee? Eu tenho certeza que vi um vampiro aquele dia, antes de Seth e Lea o perder entre as árvores. — Vejo ela apertar o volante.

— Por favor. — Ela súplica e eu entendo que era difícil pra ela também. Aceno com a cabeça e ela solta o ar dos pulmões.

— Quer ir a Port Angeles?

— Sério?

— Hmhm... — Pego o celular avisando minha mãe.

— É uma pena que não vá mesmo ao baile.

— Eu sei, mas haverá outros.

— Deve estar com saudade de seu pai e sua avó.... Eu sinto as vezes do vovô Charlie, de vez em quando eu vou ver a Sue, também sinto saudades do vovô e da vovó, eles estão em Seattle, não é muito longe, mas nunca nos separamos por muito tempo. Nunca achei que voltaríamos aqui, até...

— Até que o que?

— Tia Alice previu, disse que voltaríamos, mas não todos e também não disse o porque, ela vive viajando com o tio Jasper, isso tá acontecendo de dois anos para cá, tia Rosie e tio Emmett estão em Seattle com vovô e com a vovó, eles vem regularmente, já que tia Rosie é como uma segunda mãe para mim.

Conversamos mais sobre algumas coisas da sua infância curta e da minha infância "longa" diga-se de passagem.

Chegamos na loja e Renesmee foi provar o vestido. Era delicado, realçava sua pele clara e seus cabelos escuros como os da mãe.

Saímos dali e passamos em uma lanchonete:

— Sua alimentação, como é?

— Igual a sua, ainda assim a minha outra parte. — Ela pausa para tomar o restante do refrigerante. — Precisa se alimentar, o sangue de animal não é tão gostoso assim,  porém é divertido caçar. Quando ainda não era nascida, minha mãe teve que tomar bolsas de sangue para que eu sobrevivesse, eu consigo lembrar do gosto, nada é comparado, mas vai tudo contra o que acredito.

— Vi Justin comer poucas vezes...

— Bom.. Eles podem, mas não é muito lá atrativo, leva tempo para a comida sair do organismo, já que ele todo parou de viver daquele modo e não precisa desse tipo de alimento. Entende?

— Sim.

Terminamos de comer, conversando sobre coisas aleatórias.

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