Capitulo V

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Estava a caminhar pelos corredores do colégio e ouço algumas meninas a conversarem alegremente.

Abro a porta do meu armário e deixo alguns livros pegando outros.

Bea se aproxima de mim:

— Urg! Aquele Black, está se fazendo de difícil. — Ela revira os olhos e pensa. — Já falei que adoro desafios?

— O que te faz pensar que ele não namora?

— Não vi nada que garante. — Ela passa o dedo em seu anelar.

— Nem tudo se resume a isso. — Olho para atrás dela e vejo Renesmee abraçada ao braço de Jacob Black rindo.

— Urg! — Ela bufa. — Porque você está sempre tão certa?

— Por que estou. Olhe... — Ela olha discretamente e vê a conexão que o olhar de Jacob e Renesmee transmitiam.

— Jesus! Eu preciso sair daqui. — Ela fazia olhinhos. — Cadê meu cupido pra me arrumar um desses ?

Eu rio.

— O que eu perdi? — Molly Se aproxima.

— Mais uma desilusão de Beatriz Smith. — Concluo.

— Poxa amiga, sinto muito. Mas mudando de assunto, Mason me beijou! — Ela da pulinhos.


Entro na aula de biologia um pouco atrasada talvez, sinto alguém bem atrás de mim, me ouso a olhar e vejo Bieber. Ele tinha seus olhos tão intensos sobre os meus:

— Acho que vamos ser parceiros de laboratório Sta. Jackson. — Ele diz num tom frio. Justin passa por mim e se senta na terceira mesa da fileira da janela, a única vazia.

Eu não entendia, ele está assim só porque não contei sobre meus sonhos? Respiro fundo e pego um livro em cima da mesa do professor e me sento ao seu lado.

Olho uma última vez para seu rosto e ele parecia imóvel, parecia não pertencer aqui. No presente. O professor entra e inicia com a aula.

Eu estava tão concentrada com minhas anotações que nem percebi que sem querer eu encostei em Justin, sua pele estava gelada, fria. Nem sei como descrever, eu apenas encostei meu cotovelo no seu.

— Desculpe. — Ele se senta melhor e volta a assistir a aula me ignorando completamente.

Eu sinto uma dor na cabeça e como instinto levo a mão sobre ela:

— Aí... — Me queixo.

Eu estava lá de novo, naquela sala oval. Os três homens estavam em pé dessa vez, Justin estava entre eles, agora eu o reconheço.

Ele era o rapaz de olhos cor de mel, que agora estavam vermelhos como de qualquer um que entrava naquele salão.

— E então Aro?

— Pode ir Justin... — Ele pronuncia seu nome com maestria.

— Antes de ir... — O loiro o para. — Você irá com Jane e os outros averiguar a situação da região perto da Polônia.

— Muito bem pensado irmão. Faz alguns anos que não temos ido lá para ver se está tudo sobre controle. — Aquele que se nomeava Aro fala.

— Desde que os vimos como testemunhas de Carlisle. — Completa o outro moreno.

— Jasmine? Você está bem? — Justin me traz a realidade.

— E eu.... — As dores vão diminuindo. — Eu preciso ir. — Pego minhas coisas desajeitadamente e jogo tudo na bolsa.

Me levanto e o professor para a explicação, vou até o mesmo:

— Desculpe professor mas eu estou com uma dor muito forte na cabeça, eu posso ir a enfermaria?

— Claro Jasmine, depois você pega as anotações. Essa matéria caíra na prova. — Eu balanço a cabeça e saio a toda daquela sala.

O que estava acontecendo comigo?

Vou para a enfermaria, ela me da dipirona e eu fico ali um pouco:

— Eu vou dar essa declaração na secretaria te liberando das aulas hoje querida, você deve ir no médico, sua pressão está muito baixa. Essas dores estão ficando mais frequentes.

— Eu vou dona Amelie. — Garanto. — Isso está me deixando preocupada também.

Minutos depois ela volta:

— Você tem algum amigo que possa te levar pra casa? — Alguém bate na porta. Dona Amelie abre.

— Eu vim ver como Jasmine está. — Justin estava parado na porta.

— Oh, claro. Dei dipirona a ela. Mas essas dores que ela tem está muito frequentes e a sua pressão está baixa. Você poderia levá-la pra casa jovem!? A dose que dei pode deixar ela com sono. Não queremos um acidente... — Ela sorri para mim.

— Claro. Eu só preciso de uma autorização... — Dona Amelie providencia. — Obrigado, consegue andar Jasmine?

— Sim. Obrigada Dona Amelie.

— Se cuida garota. — Saio da pequena sala.

— Quando começou essas dores de cabeça?

— Eu não me lembro, mas desde que voltei está só acontecendo mais vezes... Você... Justin, você está na maioria delas... Isso vai parecer estranho, você falava com três homens de cabelos longos, um loiro e dois morenos.— Rio sem humor. — Vocês estavam numa sala oval, estrutura gótica. Tinham olhos vermelhos, eu acho que isso era alguma coisa relacionado com a luz...

— Ou da sua imaginação... — Ele diz amargo. — Eu não conheço ninguém, e bem sua descrição é muito vaga Jasmine.

— Você chama um deles de Aro. — Digo um pouco irritada, pela sua expressão eu percebo que eu peguei ele desprevenido.

— Não. Eu não conheço. — Na secretaria ele que vai falar com as moças e depois passa por mim, sem olhar se nem sequer me esperar.

Quando vou para o estacionamento ele já está dentro do seu carro, leva alguns minutos até que chegue nele e enquanto eu andava eu não conseguia encarar o carro a minha frente.

Isso foi tão estupido da minha parte, não é como se ele fosse me contar, eu sabia que estava mentindo.

Entro no carro, ele apenas liga o carro e assim que tem certeza de que coloquei o cinto ele começa a dirigir.

Eu apenas digo o endereço de onde moro:

— Pela tarde Renesmee traz o seu carro. — É essa meia dúzia de palavras que ele diz e depois volta tudo em um silêncio ensurdecedor.




Ele para diante da minha casa, eu tiro as chaves do meu carro e ponho em seu porta copos, abro a porta e fecho com toda a minha raiva.

Ele que se lasque então. Vou para meu hall e nem precisou eu virar as costas para saber que ele já estava partindo, vi seu carro de relance no final da rua:

— Babaca.

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