Capítulo 36

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Eu e o John estávamos no meu quarto ambos a tocar guitarra (ambos eram minhas, uma era da minha mãe e outra era do meu primo) enquanto eu cantava quando ele parou a meio da canção (You don't really know me - Jessie J versão acústica) e ficou a olhar para o chão. Tentei encará-lo mas não era possível a não ser que eu me sentasse no chão e foi o que fiz. O seu olhar era triste e eu fiquei preocupada.

-John? Que tens? - tentei obter uma resposta

-Eu nunca que quis magoar! - os seus olhos estavam a ficar vermelhos o que indicava que ele ia chorar.

Antes que ele pudesse voltar a falar eu levantei-me e abracei-o com força. Ele retribuiu e ficamos assim por cerca de 2 minutos.

-Estás mais calmo? - sorri.

-Sim! - ele sorriu de volta.

-Porque é que ficaste assim? - sentei-me outra vez ao seu lado.

-Por minha causa tu e o Chace tiveram desavenças e afastaram-se um do outro. Eu sinto-me mal por isso... Fiz a mesma coisa que há uns anos quando deixamos de ser melhores amigos! - a feição dele não era das melhores. Ele estava triste.

-Ei, nada disso. Pensa pelo lado positivo... Se não fosses tu eu nunca tinha percebido que estava apaixonada pelo meu melhor amigo! - ri e ele deu uma leve gargalhada. - Assim já gosto mais! - sorri.

Bateram à porta naquele preciso momento.

-Entre! - falei.

-Não sabia que estavas acompanhada! - disse o meu pai, entrando no meu quarto e aproximando-se do John para o cumprimentar.

-Sim, ele vem connosco ver o Chace! - levantei-me e fui buscar o meu telemóvel e a minha mala, já sabendo que iriamos sair em poucos minutos.

-Então, estão prontos para ir? - o meu pai disse estranhamente entusiasmado.

-Estás contente por ir a um hospital? - eu estava tão surpresa que podia tatuar um ponto de interrogação na testa para reforçar a minha feição naquele momento.

-Não é que eu esteja feliz por ir ao hospital, mas o simples facto de ir ver o Chace já me entusiasma. A minha preocupação por ele é a mesma que um pai tem por um filho, tal como a que tenho por ti!Sabes que ele é quase um filho para mim. - ele disse com um sorriso enorme no rosto.

-É quase um filho e qualquer dia vai ser genro! - disse baixinho.

-O que é que disseste? - graças a Deus ele não percebeu.

-Nada, nada! Vamos embora? - apressei-me para sair do quarto e ambos me seguiram.

Não tardou muito até que chegássemos ao hospital e mal saí do carro fui a correr até ao quarto onte o Chace estava instalado. Por algum motivo, assim que entrei no quarto ele não estava lá. Entrei em desespero a pensar que ele tinha ido novamente para a sala de operações porque algo tinha corrido mal. Saí do aposento e avistei uma enfermeira. Corri até ela que se assustou com o meu desespero e tentou acalmar-me.

-Pode, por favor, dizer-me onde está o Chace Parker? É muito importante! - disse em pânico.

-O Chace? O adolescente lindíssimo de olhos azuis que não aguenta estar nem 5 minutos deitado na cama? - a calma dela era bastante estranha. Beleza, olhos azuis e muita impaciência, sim esse era o Chace.

-Esse mesmo! - de certa forma a calma dela aliviou a minha tensão.

-Está na cafetaria a ver TV! O principezinho impaciente decidiu levantar-se e ir tomar "algo comestível" porque segundo ele a comida que damos aos pacientes não tem sabor, ele não sabe é que a medicação que está a tomar faz com que o paladar dele fique mais fraco, por isso qualquer coisa que ele coma vai ser "sem sabor"! - ela gargalhou. 

Ri-me com o que ela disse, agradeci e fui até à cafetaria onde vi o Chace, sentado numa das mesinhas, com a pior cara de nojo de sempre (talvez por causa do que a enfermeira disse) ri-me da sua cara. Aproximei-me, silenciosamente, dele e abracei-o com força por trás. O mesmo soltou um leve gemido de dor e eu larguei-o quase automaticamente.

-Desculpa! - senti-me culpada por me ter esquecido que ele estava magoado.

-Não faz mal! - ele sorriu - Tenho de falar contigo, mas não pode ser aqui! - ele lvantou-se rapidamente, puxou-me de volta para o "seu" quarto e fechou a porta.

-Eu não queria dizer nada mas não me consigo conter! Estás lindo nesse vestidinho de hospital! - dei uma forte gargalhada. Ele parecia chateado mas logo a seguir caiu na gargalhada e voltou a gemer devido às dores.

-Pára, não me posso rir que esta coisa doi! - apontou para o curativo enorme que ele tinha no ombro. - Já agora eu sou lindo de qualquer maneira, até de vestidinho e calças de pijama, porque sejamos sinceros, ninguém no seu perfeito juizo iria andar so com este pedaço de pano sem ter nada por baixo.

-Tens razão isso é demasiado constrangedor! - fiz careta e ele riu. - O que me querias dizer?

Na hora ele ficou bastante nervoso.

-Eu queria fazer-te um pedido! - ele disse com a voz a falhar. Tão fofo.

-Sim...

Ele foi ao bolso das calças e retirou de lá uma caixinha de veludo azul. Devo ter ficado vermelha na hora porque senti as minhas bochechas a arderem. Já sabia o que vinha aí e não, não era um pedido de casamento mas está lá perto.

-Sky eu tenho aqui duas alianças de compromisso e espero que aceites namorar comigo até porque estou muito nervoso e o meu estado de saúde não é o melhor por isso posso piorar se disseres que não! - ele estava a fazer bluf? Oh se estava...

-Espera! Se tu não podes sair do hospital então como compraste essas alianças? - perguntei confusa.

-Pois, eu paguei a uma enfermeira para as ir comprar... Ao menos a fulana tem bom gosto! - disse analizando as pequenas argolas que se encontravam na sua mão.

Gargalhei com o que ele fez.

-Então aceitas namorar comigo? 

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Olá! Espero que estejam a gostar!

Desculpem acabar o capitulo assim mas gosto de vos deixar curiosos.

Mais uma vez venho avisar que BREVEMENTE vou postar um novo livro e espero que dêm uma vista de olhos. Assim que postar o primeiro capitulo eu aviso.

Kisses!!!!!

Dançar por paixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora