Correu como um louco, o mais rápido que conseguia, ainda com o telefone celular em mãos. Em seu peito, a sensação de aflição se fazia presente, a ponto de deixar Mingyu tonto.
Não via nada a seu redor, tudo não passava de um borrão abstrato e sem importância. Sua cabeça estava completamente concentrada em Wonwoo.
Já havia se passado algum tempo. Quanto, não sabia contabilizar. Ele apenas estava ignorando os números sem sentido que via nos calendários e relógios e só se importava em ficar ao lado de seu amor.
Principalmente depois de sua piora.
"Os teus maus comportamentos que me mantiveram quente
e a minha alma à prova de balas"De uma hora para a outra, rápido demais, o Jeon começara a parecer cada vez mais doente, mais fraco. Não sabia quando foi que fendas profundas apareceram em seu rosto tão bonito, nem quando foi que começou a sentir dor tão frequentemente.
O Kim só sabia que as roupas agora pareciam largas demais, e que Wonwoo estava tendo que permanecer dopado com remédios fortes constantemente pois apenas não aguentava mais suportar sem eles.
"Vou trocar todas as preces de hoje por um pequeno comprimido
e pela minha paz química"Ele parecia continuar tentando ser forte. Em nenhum momento repeliu Mingyu ou as pessoas ao seu redor, como tentara antes, mas era impossível não notar seus olhos perdidos, cheios de dor, enquanto sorria abertamente.
Aquilo doía nele também.
Naquela noite, Mingyu recebera uma ligação do número de Wonwoo. O atendeu tranquilamente, com uma pequena pontada de felicidade no coração, mas congelou onde estava ao ouvir a voz do outro lado.
"Mingyu?", a mãe de seu amigo perguntara ao telefone. Sua voz parecia trêmula. "É a senhora Jeon... Bem, você pode vir a um lugar agora? Wonwoo não está muito bem... Ele está no hospital", dissera enfim, e sem resposta, Mingyu apenas correu para ele após ouvir o nome do lugar.
Na recepção, deu suas informações atordoado, e quando a enfermeira lhe disse o número do quarto, se dirigiu apressadamente para lá.
Entrou em um corredor longo e de paredes excessivamente alvas, onde as lâmpadas fluorescentes refletiam suas luzes brancas. Passando por uma maca ou outra, o rapaz procurou com os olhos o número indicado pela mulher. Quando o viu, praticamente correu até a porta do quarto, estacando quando estava prestes a tocar a maçaneta.
Respirou fundo, tentando acalmar o coração que pulava na caixa torácica. Tinha que estar pronto para entrar e mostrar à Wonwoo algum consolo, alguma esperança.
O surpreendendo, a porta se abriu antes que pudesse fazê-lo, e o pai do mais velho o fitou.
"Ele está te esperando...", o senhor Jeon sussurrou, enquanto saia, e Mingyu pode ver claramente lágrimas. A esposa o seguiu, deixando o garoto sozinho com o outro.
Seus olhos imediatamente se fixaram no amigo deitado na cama hospitalar, sentindo o chão sob seus pés oscilar.
"Você chegou", ele disse com um fio de voz muito diferente do seu tom habitual e profundo.
"Como eu poderia demorar mais quando é você que está me chamando?", ele riu ao ouvir Mingyu dizer aquilo. Seu riso ainda era o mesmo. "Como você está?", o Kim se aproximou do leito.
"Estou bem. Fora o fato de que não estou sentindo bem as minhas mãos, estou bem", ele disse aquilo tranquilamente, e o mais novo vislumbrou rapidamente algum líquido que pingava ao seu lado, ligado ao braço de Wonwoo por uma agulha. "Estou feliz que esteja aqui", ele murmurou.
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Inexistente ✏ Meanie
Romansa"Naquele momento, Mingyu percebeu que não importava que ele não existisse para o resto do mundo. Wonwoo ainda o conhecia, ainda o amava. E só ele importava, por que Wonwoo era seu mundo inteiro, bem como a razão de sua existência e até de sua inexis...