O garoto preguiçoso e a garota inteligente

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       Fim de tarde na West Way high, uma escola bem conhecida por toda cidade, grande, branca com pilastras de bronze e um portão enorme também do mesmo material, um enorme campus com piscina e varias quadras, mas nesse dia não era dia de esportes, na sala quinze, segundo andar, ao lado do laboratório estava prestes de acontecer uma chacina:

-Alunos, hoje faremos uma prova surpresa!

       Todos os alunos estavam resmungando juntos, parece que ninguém gostou da ideia, menos um, um dos alunos estava quieto, quase dormindo.

-Essa prova vale metade de sua nota, quero somente o necessário para fazer essa prova em cima da mesa, vocês terão cinquenta minutos disponíveis para fazer essa prova, são somente dez questões de múltipla escolha, conforme forem terminando podem sair e os três últimos sairão juntos, boa prova a todos.

       Assim que a professora terminou de falar:

-Acabei!- disse com voz sonolenta um aluno de 16 anos, alto, moreno, usava óculos e tinha cabelo liso, tinha uma marca de nascença em forma de diamante nas costas e pelo o que parecia, era muito preguiçoso- a senhora disse que conforme terminássemos podíamos ir para casa, então posso ir?

-Elliot, como terminou tão rápido, por favor, revise essa prova, não quero ver nenhum zero nos seus boletins.

-Não preciso revisar nada, tenho certeza de tudo que eu marquei, e se a senhora realmente não quisesse ver nenhum zero, não teria aplicado uma prova surpresa.

       A professora ficou sem palavras e corrigiu a prova de Elliot e se deu de cara com uma nota nove:

-Como conseguiu terminar tão rápido?

-Professora, quando você quiser que algo seja feito rápido, mande um preguiçoso fazer, ele vai  terminar o mais rápido possível para voltar a dormir, e eu só acertei nove questões porque realmente estava com preguiça de fazer a ultima. Daqui a pouco começa uma série que eu assisto, e não queria perder, sabe, posso ir?

-Claro- respondeu a professora espantada com os argumentos do garoto.

       A caminho de casa, Elliot passou ao lado de uma garota de 17 anos, loira, branca, olhos claros, usava salto alto e uma blusa preta, usava brincos discretos e um colar com pingente de lua, mas Elliot não prestou atenção, mal sabia que seus futuros iriam se cruzar.

       já separados, Elliot em casa, e a garota que atendia por Ellen estava no laboratório de sua família. Já que terminara a escola cedo, Ellen aplicava seu tempo em estudar sobre venenos e remédios derivados de plantas, ela era séria e sabia o que estava fazendo, era muito confiante, todos os venenos eram usados por projetos do governo para retenção de criminosos sem o uso de armas de fogo, normalmente eram venenos tranquilizantes, paralisantes, cegueira temporária, entre outros. Os mais letais ela guardava pra ela mesmo com medo do que o governo poderia fazer com armas tão poderosas, Ellen havia desenvolvido venenos de morte instantânea que não haviam cura e não queria que caísse na mão de ninguém. 

       Porém um dia seu laboratório foi invadido por homens estranhos todos de preto e roubaram todos seus trabalhos, seus pais tentaram impedir mas acabaram sendo baleados. Ellen estava na parte de análises e não ouviu  nada da confusão, mas quando olhou as câmeras se assustou com o que viu e foi correndo para a sala principal, onde seus pais já estavam mortos, o único sobrevivente foi seu cachorro Hackham de raça husky siberiano,  ele também levou um tiro, mas sobreviveu, Hackham não era um cachorro comum, e tinha conseguido morder um dos homens na perna e no braço, o homem estava caído sangrando, Ellen nunca tinha matado ninguém, nem mesmo visto a morte de perto, mas esse homem despertou algo que ela nunca tinha sentido antes, ódio, ela segurou seu colar dado por sua mãe e foi andando em direção ao homem, seu colar começou a brilhar e ela disse as seguintes palavras:

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