Cap. 5: A data/Beijo que deixa mágoa .

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Uma semana havia se passado desde que Sara e Pedro começaram um namoro, e Hector era evitado por Anne. Ele sentia-se sozinho, sua melhor amiga tinha uma companhia agora e não precisava mais dele, e sua amiga já nem falava mais com ele, Hector se sentia péssimo, só precisava do concelho de seu pai e do carinho de sua mãe nesse momento, mas ele não podia ter isso, e isso o machucava muito. Ele então levantou de sua cama, passou as mãos em seus fios castanhos, e pegou sua toalha para que pudesse tomar uma ducha. Hector deixou seus pensamentos ir embora junto como a água no ralo, só queria esquecer, assim que Sara começou seu namoro com Pedro, Hector já não precisava mais ir até a Sara para busca-la e ir juntos a escola, pois Pedro fazia questão de ir com ela. Ele já não tinha a alegria para ir pra escola, não só por ser evitado por Anne ou esquecido por Sara, na verdade ele se sentia assim uma vez por ano, como hoje era uma data marcada em seu calendário como tragédia, hoje fazia 3 anos desde a morte de seus pais. Nesse dia sombrio Sara era a luz que o fazia ver as coisas boas da vida, que o abraçava eliminando quase todas suas dores, eles passavam a tarde juntos assistindo filmes antigos no Tele-Cine Cult, ou séries no Netflix, comiam besteiras e riam juntos, faziam tudo juntos como se acostumaram desde muito cedo, ainda no Jardim de infância, tinha gente que jurava que eles seriam um casal, pois Hector sempre protegia Sara dos "perigos" da escola, do bullyng por ser mais inteligente que os demais, e das classificações como nerd, Hector sempre a protegia, até hoje é assim, nunca deixa ninguém falar mal dela, se falassem, ouviriam a fúria de sua voz, ou a dor de seu soco, não era mais tão frágil como a alguns anos atrás que ele usava uma espada caseira de papelão feita pelo seu pai, e uma capa vermelha  com um tecido de um vestido velho feito por sua mãe.

-Ninguém nunca vai te machucar Sara, por que eu não vou deixar, quem tentar te machucar mesmo que seja falando coisa maldosa, vai sentir a ira da espada que o papai fez pra mim!- Dizia o pequeno garotinho com a imaginação fértil.

- Ninguém nunca vai me machucar com você por perto.- Dizia a pequena garotinha loira, que logo depois, depositou um beijo na bochecha do menininho.

Dalí até hoje Hector sentiu algo especial por Sara, um sentimento amigo/irmão, que pode até resultar em coisa maior, a quem jura que eles são um casal, iludidas pessoas.

Em uma casa perto dali, Sara acabara de receber uma mensagem de Pedro, dizendo que ia passar para buscá-la:

Pedro: Bom dia! Daqui a 10 minutos estou passando ai para irmos a escola.

Sara: Bom dia! Estou ansiosa pela sua chegada.

Sara esperava pacientemente, pegou seu celular novamente e desbloqueou vendo a data, " a não, Hector... preciso vê-lo!" pensou a garota, claro que o veria, se encontrariam na escola com certeza.

Pedro chegou a casa de Sara.

- Oi amor, vamos?- Perguntava Pedro com um sorriso sapeca em sua face.

- Vamos sim!- Sara cumprimentou o rapaz com um beijo caloroso. 

Hector, já havia chegado na sua escola, com uma cara triste, sentou-se em sua carteira, nem sequer cumprimentou seus colegas, não tinha intusiasmo pra isso. Anne chegou logo após, estava determinada e decidida a pedir desculpas para Hector.

- Hector, eu quero...- Anne parecia sem jeito perto do rapaz, estava com a boca seca, e as pernas bambas, umas das muitas sensações que Hector fazia sentir.

- Me desculpe Anne, eu não queria assusta-la, eu fui um idiota e talvez você pense que eu sou assim o tempo todo mas, você não sabe o quanto senti sua falta essa semana. - Hector foi muito sincero em suas palavras.

Anne então abraçou o rapaz que ainda estava sentado, um abraço cheio de amor e confiança, que fez Hector sentir-se leve.

Na sala ao lado, Sara não parava de pensar em Hector, e talvez tenha expressado esse sentimento em voz alta algumas vezes fazendo Pedro ficar enciumado.

- Tomare que você esteja bem Hector, eu deveria está com você agora.- Dizia Sara baixo demais para que só ela ouvisse, e alto o suficiente para Pedro ouvir, já que se encontrava na carteira ao lado.

- Por favor Sara, ele está bem, os pais dele morreram a 3 anos, ele já superou, isso é só pra chamar a sua atenção.- Disse Pedro esticado na cadeira. Cada palavra dele deixou Sara furiosa. O sinal tocou dando fim a aula de História e começo ao intervalo.

- Você está errado! Não sabe nada sobre ele, nunca vai saber!- Sara gritou com Pedro.

Sara saiu da sala decidida a procurar Hector e conforta-lo, mas Pedro foi atrás dela para pedir desculpa.

- Sara espere!- Disse Pedro. Sara havia avistado Hector no bebedouro, estava indo em sua direção, mas sentiu alguém segurar seu pulso, não muito forte para que machucada-la, mas forte para que parasse de caminhar, quando Sara olhou para o dono da mão que a segurava, revirou os olhos. Era Pedro.

- Me perdoa amor.- Sara olhou para traz e viu Anne se aproximar de Hector.

Hector sorriu ao ver Anne, porém ela continuava sem jeito, como se tivesse algo a falar, e ela tinha.

- Hector eu queria dizer que, eu fugi aquele dia por medo, eu estava com medo de me apaixonar por você, você é tudo que eu sempre sonhei em um cara, e quando você me adicionou e puxou conversa comigo, eu fiquei sem ar, imagina então quando me beijou? Eu tive medo de me decepcionar outra vez, mas eu vi que você não é como os outros talvez eu esteja errada, ou talvez eu esteja muito certa mas, é isso eu... Eu só queria que soubesse.

-

- Conversamos depois Pedro eu preciso falar com o Hector.- Dizia Sara olhando para Pedro, que olhou por cima dos ombros de Sara e soltou um sorriso de vitória.

- Ele está muito ocupado agora pra falar com você Sara.- Pedro disse ainda com o sorriso no rosto.

Sara então virou-se e viu uma cena que a machucou muito, ela só não entendia o motivo. Hector beijava Anne como se não ou esse o amanhã. Talvez não haveria para Sara que sem querer deixou uma lágrima cair.

Minha Trajetória Amorosa. Vol 1.Onde histórias criam vida. Descubra agora