O Adultério

Capítulo 4

Caminho calmamente do banheiro para o quarto, estava enrolada na toalha com os cabelos molhados pingando pequenas gotículas sobre minha pele nos ombros. Abro o closet e vagueio pelo mesmo observando a diversidade de roupas, suspiro ao perceber que já não estava tão interessada assim em festas, muito menos em provar uma coisa que só iria me machucar mais.

Tento manter o equilíbrio mental intacto, pelo menos isso ainda permanecia meu. Pego uma roupa qualquer a vestindo e olho no espelho, não estava a fim de secar meus cabelos, muito menos de fazer uma maquiagem, então me permito sair assim sem nenhuma arrumação. Desço as escadas rapidamente, meu filho iria passar o fim de semana na casa de um amigo, ele já animado puxa sua mochila correndo pela casa.

Observo e balanço a cabeça

- Warren pare você irá se machucar - Falo o advertindo

- Não Vou mamãe, não vou - Grita ele correndo

Pego as chaves do carro e em disparada ele sai de casa, olho Elaila, minha vizinha e mãe do melhor amigo do meu filho. Sorrio e aceno para ela que retribui.

Vejo Warren entrar em sua casa correndo e suspiro, não sabia se pela solidão que havia me tomado ou pelo fato que novamente sairia em busca de provas.

Entro no carro jogando a bolsa no banco de passageiros, saio com o carro pensando em qual seria meu próximo passo.

Deveria me tornar amiga dessa outra mulher, mesmo que me doesse.

Travis havia ido a uma cidade vizinha a negócios, digamos que eu sei bem esse tipo de negócios que ele foi tratar, a não ser que ele agora trabalhe em uma fábrica de camisinhas.

Dirijo, não por muito tempo. Logo avisto a cidade, confirmo o endereço no GPS e pego o celular.

- Ligar para Vivien - Falo

O celular logo encaminha discando e ouço a voz de minha irmã com um fundo, uma música alta infantil

- Scar já chegou? - Pergunta ela gritando

- Não, só queria que você confirmasse com a recepcionista do restaurante a reserva no sobrenome Baldacci

Por um tempo tudo o que eu escuto é a música infantil ao fundo. Não sabia o que estava acontecendo, apenas que a paisagem já havia mudado de rodovia para ruas de uma cidade.

Escuto um grito de Vien e Rio fraco.

- Me desculpa deixei cair o celular do meu namorado - Ela fala se desculpando

- Esta tudo bem, esta confirmado?

- Sim, para as 13h, almoço para duas pessoas no nome de Baldacci

Suspiro por um tempo e confirmo, então lembro que era uma chamada telefônica

- Tudo bem, muito obrigado Vivien

- Não a de que irmãzinha

Ela fala e desliga, sigo o endereço que me leva diretamente para uma casa, estaciono do outro lado da rua e abaixo um pouco a fim de me esconder, olho por um longo tempo, e nele pego meu Pringles e começo a comer observando cada movimento. Vejo que dois corpos passam pela janela em sentido aos fundos, me engasgo e deixo de lado o salgadinho e saio do carro.

Caminho naturalmente; ou como acho ser normal, já não sabia dizer se eu era normal mesmo.

Passo rapidamente pelo gramado e entro pelo jardim da casa vizinha.

Passo pela entrada e vejo a portinhola aberta, agradeço a Deus e passo pela mesma entrando no jardim, havia um canteiro de flores, horta e uma grande piscina, mas encontro então uma cadeira, arrasto ela até a cerca branca que dividia as duas casas.