Estados Unidos - Sanatório Monte River - 18/08/2017
21:00Depois de passarmos quase a tarde inteira treinando tiros,pude notar duas coisas; primeiro: eles tem muitas armas, segundo: eles construíram um novo tipo de civilização aqui. Durante o tempo que estive aqui pude notar mudanças extremas no comportamento humano, desde de 2015 quando as ameaças terroristas estavam no auge os humanos se fecharam, se tornaram frios, arrogantes e indispostos a ajudar, e o pior de tudo. Eu era um deles.
Via a situação ficar cada vez mais crítica, a falta de recursos e a corrupção do governo transformaram a população em uma bomba relógio. Andávamos na rua sem sequer olhar na cara uns dos outros, um simples "bom dia" ou "como vai?" De um vizinho era algo que passamos à desconhecer. Diversas frases que estampavam os status de jovens, adultos e idosos nas redes sociais ficavam apenas no "papel", fora daquele mundo virtual não conhecíamos nem a nós mesmos.
Mas o que eu via aqui era completamente diferente, as pessoas se ajudavam, e posso até dizer que gostavam de estar umas com as outras. A frase "À males que vem para o bem" nunca fez tanto sentido em minha cabeça.
- Uma câmera aonde achou? - Helena me pergunta sentando ao meu lado na cama. Depois de uma tarde de tiros e armas, voltamos para os alojamentos, aquele "quarto" sem graça ganhava uma vida incrível quando Helena estava lá.
- Desde que tudo começou tenho gravado alguns vídeos. - Digo meio sem jeito mas ela pelo contrario mostra uma certa admiração por isso.
- Posso ver?
- Claro mas ela não está mais ligando, acho que com todo esse movimento ela acabou estragando.
- Posso levá - lá para o Spykes dar um jeito nela...
- Quem?
- Spykes - Ela responde - Conheci ele quando estava com sua mãe, ele é um gênio da computação e tudo que é eletrônica,vou te apresentar à ele.
- Se ele puder concertar isso terá minha eterna gratidão. Você disse qur esteve com minha mãe, como ela está?
- Bem, Margott disse que ela teve foi queda de pressão e misturada com os ferimentos e a perda do marido... - Ela deixa a última palavra fluir pelo ar.
- Não precisa evitar de falar do meu pai...Você não. - Deixo minha mão ir de encontro até a sua e a seguro.
- Eu sei mas é que dói em mim também. você ainda tem sua mãe, eu perdir os dois. - no momento as palavras somem de minha boca, não consigo dizer nada apenas olhar para seus olhos, demora um tempo até conseguirt encontrar as palavras.
- Você...ainda tem a mim,não é a mesma coisa eu sei mas... - Paro ali mesmo quando ela me pega de surpresa com um beijo.
- Eu te amo Samuel Benetti.
- Eu sei - Respondo sorrindo.
- Idiota - Ela responde com um tapa em meu braço.
- Você viu Marcus hoje? Não vi ele o dia todo.
- Eu o vi apenas uma vez, estava com Thomas que a propósito, foi embora.
- Embora? Não entendo, porque ele iria embora?
- Não sei,mas quando vi Marcus com ele antes de partir eu ouvi algo como Hood...river - Ela diz.
- É uma cidade perto daqui, mas o que será que ele quer que não poderia me contar?
- Não sei mas tomara que Thomas tome cuidado com os ET's...
- Tomara...espera, ET's? O que te leva a pensar que são ET's?
- Não sei mas quem mais nos atacaria dessa forma? E aqueles caras de preto super sinistros? Não parecem humanos...
- Na verdade parecem sim - Levanto da cama rapidamente tentando pensar. - Você não percebeu nada de comum em seus ataques? Bombas, dronas de vigilância área, soldados na terra, isso são táticas humanas e afinal não vimos nenhuma nave extraterrestre.
- Mas quem iria fazer isso? Algum país inimigo?
- Não sei mas vamos descobrir... - Ela me olha como se já soubesse o que eu estava pensando.
- Ah não, não não não - Ela diz se levantando da cama. - Você não vai...
- Eu não, nós vamos.
- Isso não vai dar certo...
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REC: A Invasão
Science FictionSamuel é um jovem normal de 18 anos, que tem sua vida virada de cabeça para baixo quando se vê no meio de uma guerra com um inimigo desconhecido. Antes eram apenas ele, seus pais e uma câmera tentando sobreviver, mas ele não está mais sozinho ness...