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P.O.V LAUREN.

Saio da sala, vejo Daniel.

-Daniel? -Pego em seu ombro.

-Que? -Ele fala desinteressado.

-E como vai ser? -Falo olhando para barriga.

-Eu não tenho nada haver com isso!

-Claro que tem! Você é o pai do bebê! -Falo.

-Não, não tenho! Até porque não tem nenhum bebé aí! -Ele fala me deixando confusa.

-Como assim? Eu estou grávida! -Falo irritada.

-Não, não está! Foi tudo uma brincadeira!

-Mas o teste deu positivo! -Retruco.

-Claro! Você estava sobre efeito de drogas! Eu falsifiquei o teste!

-E como você explica os vômitos? -Cruzo os braços.

-Como eu disse, você estava drogada... e bêbada!

-Então quer dizer que... não tem nenhum bebê dentro de mim? Eu não estou grávida? -Pergunto.

-Não! -Ele se vira descendo as escadas.

Vou para  casa, ainda meio incrédula por saber que Daniel chegou a esse ponto por uma brincadeira idiota. Faço minhas higienes, coloco uma calça jeans rasgada, uma blusa preta escrito "Marry me?" e um coturno preto. Peguei minha mala que já estava pronta e fui até o aeroporto, iria visitar meu pai que mora na California. 

Fiz o check in, estava na sala de embarque quando alguém me abraça pelas costas.

-Ai meu Deus! Pode levar o celular o que quiser, mas não me mata! -Grito chamando a atenção de todos.

-Calma! Sou eu! -Reconheço aquela voz, era Nicolas.

-Algum problema por aqui, senhorita? -Um cara alto e forte, aparentemente o segurança fala.

-Não, não. Foi tudo um mal entendido! Obrigada! -Falo olhando nos olhos de Nii. O segurança acena de forma positiva com a cabeça e sai. 

-Você nem é escandalosa, né? -Nicolas fala irônico.

-Sou não! -Cruzo os braços -Vai saber se alguém não quer me assassinar! -Rio.

-Aceito! -Ele fala rindo.

-Você aceita me assassinar? -Pergunto incrédula.

-Não... -Ele aponta para minha blusa- Eu aceito casar com você!

-Ata! -Rio descontroladamente- Eu também aceito! Então é esse o nosso inicio de noivado?

-Acho que sim! - Ele passa a mão no cabelo. -Falta as alianças, vem comigo.

Ele me leva até a máquina de salgadinhos, tira algumas moedas do bolso e compra um daqueles salgadinhos de anel de cebola. Ele abre a embalagem, retira um e se ajoelha.

-Lauren Benson, você aceita se casar comigo?

-Claro que aceito, Nicolas  Castello! -Falo chorando de rir, colocando o "anel" no dedo.

Já que estávamos virando "noivos", depois que colocou a aliança em minha mão nós dois nos enlaçamos um no outro em um beijo longo. Voltamos para a sala de embarque.

-Você também está indo para a Califórnia? -Pergunto.

-Sim, estou indo fazer um curso de design gráfico. E você? -Ele pergunta pegando em minhas mãos.

-Que legal! Vou visitar  meu pai!

Embarcamos no avião, Nii no final e eu no meio. Não nos falamos depois disso, na chegada a Califórnia não nos encontramos mais.

P.O.V BECKY

Vou para casa, almoço e decido ir ao quarto de Ian, que ainda não estava em casa. Deitei em sua cama, imaginando como tudo ia ser, por que tinha que ser tão difícil? Pego um livro que estava em uma mesinha perto da sua cama, e que para variar era de terror. Comecei a ler, até que o quarto esfria, então decido ir pegar chocolate quente na cozinha. Desço as escadas lendo o livro, erro o degrau e saio rolando pela escada.

-Ai! Quanta merda acontecendo na minha vida! -Grito.

Cassie que estava na cozinha veio correndo ao ouvir meus ossos se chocarem com o chão. Ao me ver   caída ela pergunta preocupada.

-Oh my God! Você está bem? Se machucou?

-Eu... eu - Gaguejo - não consigo mexer o braço!

-Tá tudo bem! Não se apavore! -Ela vê minhas expressões no rosto - Aqui está doendo? - Ela pergunto tocando em meu braço, a única resposta que recebe é um grito.

Pegamos o carro de Gilson escondido e fomos até o médico. Bato na porta com o braço não machucado.

-Boa tarde! -Nós duas nos sentamos.

-Boa tarde, qual o problema? -O médico, um senhor de aparentemente uns 50 anos fala.

-Eu não consigo mexer meu braço direito! 

O médico examina meu braço e chega à conclusão.

-Vamos ter que engessar! Você é destra?

-Sim! E agora? Como eu vou ler meus livros, mexer no celular?

-Use a outra mão. Primeira porta à esquerda, entre lá e peça para que engessem seu braço. -Ele fala acabando o assunto.

-Obrigada. -Eu e Cassie falamos em uníssono.

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Uma paixão adolescente {Revisando}Onde histórias criam vida. Descubra agora