Callahara, O Assistente - Degustação 😉😏😋😘

6 - O carro

 Fui com o Paulo para casa, mas me despedi dele no carro com um beijo casto no rosto e expliquei que estava cansada demais para sair durante a semana.

Ele me fez prometer que vou a tal festa na piscina e depois se foi.

***

Mais um dia de trabalho. Cheguei na empresa no horário de sempre e Felipe já estava na sala, me deu um bom dia seco e depois ficou em silêncio.

Mal sabe ele que tudo o que eu quero é paz, estou acostumada a trabalhar sozinha.

A manhã foi recheada de resolução de problemas, mas consegui resolver tudo da minha sala mesmo e colocar muita coisa em dia.

Não sei o que Felipe está fazendo, mas não me incomodou em nenhum momento.

Meu telefone fixo toca com uma chamada interna e Felipe me encara.

— Oi? — Digo seca.

— É o Paulo, vai almoçar que horas?

— Almoçar? — Pergunto confusa por não saber que horas são.

Sinto o telefone sendo arrancado das minhas mãos e não tive tempo para reagir.

— Olá, a Helena tem um compromisso no almoço! Sinto muito e boa tarde. — Felipe fala e desliga o telefone com intensidade, depois volta para a sua mesa como se nada estivesse acontecendo.

— Que loucura é essa?

— Vamos, temos algo a fazer e se demorarmos muito não vai dar tempo. — Fala ao mesmo tempo em que põe sua carteira no bolso.

— Felipe, eu não vou a nenhum lugar sem saber sobre o que se trata.

— Primeiro vamos almoçar e depois faremos algo que o senhor Gregório mandou ontem à noite.

— Greg não me falou nada sobre o assunto!

— Mas falou comigo Helena, vamos logo.

Peguei a minha bolsa e fui com ele, já que envolve o Greg, deve ser algo sério.

Almoçamos longe da empresa, o motorista nos deixou no restaurante e foi embora.

— Eu não tenho namorada! — Felipe fala de repente.

— Oi? — Pergunto confusa.

— Ontem você disse que não sabia como minha namorada me suportava. Estou dizendo que eu não tenho namorada!

— Está explicado. — Digo debochada.

— Você e o Paulo? Vocês ...

— Não acredito que você está me perguntando isso!

— Eu odeio aquele nerd pela-saco!

— Jura! Nem percebi! A propósito, ele também não vai muito com a sua cara.

— O que você viu nele, Helena? Você não é o tipo de mulher que gosta de caras como ele.

— Ah é? E qual o meu tipo de homem, Felipe? — Eu o encaro desafiadora.

— Um homem de verdade! — Dou risada da resposta e peço a conta para o garçom.

— E ele não é um homem de verdade?

— Não! Nenhum dos caras que te dão mole na empresa é.

Acho melhor parar por aqui antes que escute algo que não deva. Vou ao banheiro e escovo os dentes, assim que termino encontro o Felipe perto da saída.

— Cadê o motorista? — Eu pergunto enquanto olho para os lados.

— Aonde vamos agora dá para ir a pé!