4 - Sabotagem

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 Acordo com o despertador tocando, me levanto direto para o banho, em seguida vou até o closet para meu ritual matinal. Depois de pronta, tomo uma vitamina e chamo um táxi.

Estou começando a pensar em ter um carro, mas logo me vem à memória tudo o que passei e desisto.

Sigo o meu caminho e cumprimento todos até o meu andar.

— Oi chefinha, bom dia! — Júlia, minha recepcionista, fala sorrindo.

— Bom dia, está feliz hoje? — Faço a observação.

— Tem como não ficar? Se bem cedo vejo o gostoso do seu assistente sorrindo para mim. — Ela diz empolgada.

— Vai com calma garota! — Aviso meio incomodada com tanta animação.

— Já fizemos uma aposta para ver quem pega ele primeiro! Diz que vai apostar em mim? — Ela junta as mãos suplicando.

Fico inquieta com o assunto, mas finjo não ligar, afinal, não tenho motivos para isso.

— E o que eu ganho se apostar em você? — Tento disfarçar minha irritação.

— Dividimos o prêmio! — Ela quase pula com a possibilidade.

— É sério que tem dinheiro na jogada? — Pergunto e ela gargalha.

— Não chefa, Felipe é o prêmio. — Diz piscando para mim.

— Pode ficar com o prêmio todo para você! — Cada uma que eu sou obrigada a ouvir!

Pisco para ela e vou para a minha sala. Entro e vejo o Felipe sentado em uma mesa que foi posta do lado esquerdo da minha sala. Que ótimo, ele vai estar do meu lado o dia inteiro! Reflito com ironia.

Decidi não confrontar, não tenho tempo de agir como uma menina mimada.

— Bom dia! — Digo olhando o relógio e indo direto para a minha mesa.

Ainda está cedo, ele chegou muito antes do horário.

— Bom dia! A srta. se importa que eu dê uma olhada na sua agenda?

— Claro que não, afinal, ela pertencerá muito mais a você do que a mim a partir de agora.

Ele sorri e só quando chego perto que noto como ele está lindo! Está bem vestido, mas suas mangas estão dobradas expondo as tatuagens no antebraço.

Entrego a agenda sem o encarar para não dar pinta, pois não pega bem para ninguém ficar babando o seu assistente, principalmente se ele for idiota.

Não demora muito e Paty traz o meu café.

— Bom dia, gatão! Quer café também? — Paty sorri ao perguntar.

— Se não for incomodar, linda! — Ele retribui o sorriso e ela o serve.

A Patrícia já deve ter uns 45 anos e é casada. Nós duas sabemos que esse foi o apelido que ela acaba de dar para ele na empresa e com certeza vai pegar, talvez não na frente dele, mais vai.

Foi ela quem me apelidou de chefinha e agora a empresa inteira me chama assim.

Meu celular toca ao mesmo tempo que o telefone da empresa e isso é um estorvo porque quando começa não para mais.

Felipe se levanta e pega o telefone empresarial sem que eu esperasse.

— Assistente da srta. Helena, bom dia!

Segurei o riso, mas acabei gostando disso. Menos um estresse.

A manhã será a mesma loucura de sempre e ainda tinha a questão da produção. Então decido resolver esse problema primeiro, e vou até o quarto andar, no Desenvolvimento e Produção.

Callahara, O Assistente - Degustação 😉😏😋😘Onde histórias criam vida. Descubra agora