Capítulo V - Graças a Deus, Vegetariana

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-Graças a Deus! - Assim que Dina voltou, encontrou Cristy que a abraçou. - Pensei que você tinha morrido. - Por favor não perceba meu estado, por favor não perceba meu estado, por favor não ... - O que aconteceu? Você está mais branca que essas paredes. - Droga...

-Nada. - Dina mentia muito mal. - Cristy você já comeu do que eles deram desde que chegou aqui na ilha?

-Deus me livre! -Dina sentiu um alívio tão grande naquela hora. - Eles só oferecem carne aqui. Pobres animaizinhos. - Como Dina era péssima em deduções demorou um pouco para entender do que se tratava aquilo que Cristy estava falando.

-Você é vegetariana? - Cris acenou que sim com a cabeça. - Então o que comeu esses dias?

-Comida enlatada que eu trouxe do Brasil querida! Bem, corrigindo o que você disse eu sou lactovegetariana, ou seja só como alimentos de origem vegetal, ovos, leite e derivados deles. - Dina ficou impressionada em como alguém em pleno século vinte e um não comia carne, nem coisas com conservantes e o pior: derivados de leite e ovos.- Mas não entendi. Porque você perguntou se eu já havia comido da comida deles?Você não tá com dor de barriga não né?! Por que se estiver eu acho que não trouxe remédios para isso.

-Não é nada disso, - Dina deu uma pequena risada. -eu acho então que posso confiar em você.

Dina contou tudo a Cristy: sobre sua mãe, os micro-controladores, o plano de fuga, enfim, tudo. Ela ficou boquiaberta com a situação, mas além de tudo aquilo vinha o medo delas serem pegas na fuga, Cris correu para o quarto e começou a preparar as malas (que por sinal havia desfeito a poucos minutos) pegando só o necessário, seria uma viagem épica, bem esse foi o seu primeiro pensamento sobre vir ficar na ilha, e agora pensava novamente nessa possibilidade de aventura, uma alma generosa.Já Dina que seguiu os passos de Cris para o quarto não sabia o que fazer ao certo, pensava em quaisquer outros jeitos de não ser controlada sem ter que embarcar numa missão suicida.

-Se eu fosse você faria as malas também. - Cristy respondeu tentando fechar a mala que estava com o zíper emperrado.

-Não vou a lugar nenhum. - Dina virou-se para Cris e percebeu que ela havia arqueado sua sombracelha com cara de deboche.-Cris é pedir pra morrer, eles vão sentir nossa falta.

-Eles estão drogados, graças a Deus que você ainda tem a mim.

-Por favor Cris... 

-Dina, escute, se nós, só nós duas aceitarmos que eles não implantem os MC's em nós, vamos morrer, os nativos são controlados e perdemos a chance de salvar essa gente que já foi mais lúcida, agora ande.

Ela não tinha escolhas, se ficasse seria controlada ou morreria de fome, sua única esperança naquele momento (por mais que detestasse admitir seriam os nativos), era isso. Ela precisava ir rápido, agora que a decisão já havia sido tomada, não tinham mais tempo a perder.


-Saímos às duas e meia da madrugada, ouviu? – Cristy era quem comandava pelo visto, pelo menos por enquanto.

-Certo.

***

Dina acordou atordoada com Cristy lhe dando alguns beliscões, seria uma longa viajem. Arrumaram-se e abriram a porta do quarto, tudo escuro, Dina ainda pensou em ligar uma lanterna, mas seria burrice, já que estavam fazendo aquilo, precisavam fazer direito. Ainda meio inconformada ela caminhou até a porta da sede. Fechada. Aquilo já era de se esperar, era uma prisão, o que elas queriam? As portas escancaradas?  Dina sentou-se no chão, ela ia fugir dali, era uma questão de honra agora. 

   Os minutos estavam se passando, elas tinham que pensar em algo, rápido. Um guarda ia passando, elas se esconderam atrás de um enorme sofá de couro amarelo, lá estava escuro, ninguém as veria, exceto se esse alguém as tivessem seguindo:

-Eu por acaso tenho cara de idiota? - Dina sentiu seu coração parar por alguns instantes, ali, exatamente ali seria sua morte, de uma aventura que nem tinha começado, ela olhou para Cristy e apesar do escuro notou que seus olhos encheram-se de lágrimas.

-Nós só...- Cris tentou se explicar mas se tremia tanto, até que foi interrompida pela fala do homem.

-Eu sei o que vocês querem, e bem, não quero ser controlado.

-Mas como?

-Embora não seja de vossos interesses meu irmão é um cientista do Laboratório 3, ele me contou sobre o que a sede deseja fazer com todos nós, e me contou também que você, - ele disse isso apontando para Dina- é a nossa chance. -Um largo sorriso abriu-se na boca dela, e pela primeira vez ficou feliz por não ter comido nada. -Vamos logo com isso. - O guarda abriu a porta passando um cartão que tinha no  bolso inferior da calça. Deu uma pausa e quando elas já iam saindo ele puxou Dina pelo braço.- Se você falhar nem coloque os pés aqui dentro de novo, senão eu mato você.Vocês. - Agora ele olhava para Cristy. Tirou algo do bolso e estendeu na direção delas, era uma arma, calibre ponto quarenta.

-Nós vamos conseguir eu prometo.- Dina arregalou os olhos quando viu a arma, não era fã de armas letais.

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E aí pessoal beleza pura? Espero que sim (hihi). Antes de tudo, não se esqueça de votar e comentar sobre oq vc achou desse capítulo okay? 

Esse capítulo aqui foi meio longo (cansou vcs?) rs, psé mas eu gostei muitoo do resultado final!! Tenho duas super novidades para vocês: 1º SAIU O BOOK-TRAILLER DE SOBRE VOARRRR (confesso que to já voando, rs), 2º Vai sair uma resenha de SV no site de uma super querida <3 BrendaGuedes (ela tem livros ótimos, se quiserem olhem lá),quando sair eu aviso vcs...

Então é isso meus amores espero muittoo que vocês tenham gostado e até o próximo capítulo <3

P.s.: Vamos socializar aqui nos comentários pessoal!Me adicionem no facebook para mais informações! (https://www.facebook.com/aylara.isabela.9), comentem com a Hashtag #SVFísico 

Bjinhos, Isa s2


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