|Atacada|

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Revisado

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Revisado.

(24/12/20)

Pov_ Primeira pessoa, Rafaela.

  Eu estava com tanto sono que esqueci de botar o despertador para tocar antes de dormir. Como consequência acordo com minha mãe gritando o meu nome. Olho ao redor, assustada, minha cama está molhada e grudenta com meu próprio suor. Achei que finalmente teria uma noite de paz, mas meu pesadelo decidiu não me dar uma trégua.

   Consigo me acostumar com o fato de estar acordada, separo uma roupa no armário e vou para o banheiro no fim do corredor. Minha mãe já deve ter usado então posso ter ele só para mim.

- Se não parar de se encarar nesse espelho vai chegar atrasada. - Minha mãe se escora na porta por alguns segundos e depois que termina de me observar vai embora, provavelmente finalizar o café da manhã na cozinha.

   Vou para debaixo do chuveiro. Normalmente a água gelada caindo pelo meu corpo me acalma e traz uma paz junto a sensação de estar novinha em folha, mas isso não vem dessa vez. Ao sair do banho visto minha calça jeans e uma simples blusa cinza de alcinha. Nos meus pés visto uma sapatilha com um pequeno salto. Eu poderia abusar mais do salto, porém não gosto de chamar muita atenção para mim na escola.

- O que tem pro café? - Pergunto a minha mãe que já está sentada na mesa me esperando.

- Para a sua felicidade, fiz panquecas. - Sento-me a mesa e como o mais rápido, não querendo me atrasar.

   Dou um beijo em sua bochecha e ela me abraça apertado. Ela sempre faz isso quando vou sair de casa. Me abraça com força como se todo dia fosso o dia de uma despedida, mas sempre nos vemos no dia seguinte repetimos a rotina.

   Caminho pelas ruas para chegar ao inferno da escola. A minha, graças a casa em que moramos, é perto. Uns 2 quarteirões de distância então sempre posso ir andando. Entro na escola pouco movimentado já que o sinal está preste a bater e vou correndo até meu armário.

   Grover está parado em frente ao seu armário, que por coincidência é o meu vizinho, de cara feia.

- Está atrasada de novo. - Ele apoia seu peso nas muletas.

- Olá pra você também, amigo. Acabei acordando tarde hoje. – Fui a mais irônica que consegui, é o efeito do sono em mim.

- Você foi dormir tarde de novo? São os pesadelos? - Grover põe a mão nos meus ombros, preocupado.

- Sim, está cada vez pior e mais repetitivo. – Minha voz sai mais pesada e rouca do que eu gostaria.

- Eu queria poder te ajudar, Rafa. - Ele tira as mãos de mim e olha rapidamente por cima dos meus ombros antes de me olhar de novo. - Putz, acho que a Ana está vindo pra cá.

A filha de Poseidon - Jason GraceOnde histórias criam vida. Descubra agora