A filha de Poseidon - Jason Grace

|Epilogo|

Revisado
20/03/2022

Pov_ terceira pessoa, narrador.

O tridente pesava em sua mão. Eles sabiam que era necessário chegar logo ao olimpo, no alto do Empire State Building. Também sabiam o quanto o garfo era forte e atrairia todos os tipos de monstros que estavam em busca do poder.

Por conta disso Quiron os deixou ir com Argus, o fiel motorista do acampamento. Foi um colírio para os olhos da loira poder enxergar o gigante no cume da colina. Era gratificante ter voltado ao acampamento com vida, sabendo que ela poderia ter sido uma das que a perdeu.

Eles precisaram correr contra o tempo mesmo não estando no dia final do prazo. Quanto mais rápido eles concluíssem essa missão, mais rápido poderiam descansar e sentir o luto da forma que queriam.

O Empire State brilhava quando chegaram, Rafaela sentiu uma leve pontada em sua nuca os tentar olhar para o topo.

A curiosidade passou por sua mente. O que será que os humanos normais viam ao olhar suas roupas? Ela sabia não estar nada convencional para a década. Um vestido adornava seu corpo com ajuda do corset que o estruturava. A parte de cima era composta por um decote oval onde as sobras do tecido verde água se dobravam em diversas camadas para formar alças grossas em ambos os lados. A saia era a parte mais linda descendo com pouco volume pelo corpo, mas compensava com um pedaço do pano extra plissado em sua cintura. Essa parte se juntava na alça oposta ao lado que estava e mantinha os mesmos padrões de dobradura.

Porém não era só isso, seus pés vestiam o mais lindo salto visto em sua vida. Deveria ter uns 7 centímetros de altura e sua cor era dourada, embora essa participava de um degrade com a cor bronze. Na frente do sapato "assas" de bronze cobriam a dorsal de seu pé, fixadas por fitas que viam da parte inferior. Mantendo o design do sapato uma coroa de louros foi posicionada em seu cabelo, Annabeth foi indômita e não a deixou em paz até poder pentear os longos fios para trás. A ponta de suas orelhas chamava atenção, proeminentes quando todo o cabelo foi puxado para trás e apenas o comprimento sobrou com leve ondas.

Não tinha sido sua escolha usar aquela roupa, mas quando cada um dos heróis encontrou uma caixa com um delicado bilhete de Afrodite sabiam que seria uma afronta negar o que quer que passou pela cabeça da mulher.

Ela parecia ter saído de um filme moderno baseado nas riquezas da antiguidade. Mesmo sabendo que estava encantadora, não pode deixar de querer saber por que vestia aquela roupa. Para sua sorte, seus amigos estavam da mesma forma que ela e isso era um conforto.

Quando a loira entrou no salão se perdeu com a vista do brilho no chão encerado e nas pessoas passando para lá e para cá, todas cheias de compromisso. Annabeth tomou a frente e cumprimentou o recepcionista, puxou um assunto sobre a hora marcada e sem tardar recebeu um cartão-chave que levou todos os presentes para o elevador, a caminho do seiscentésimo andar.

Nico e o Leo aviam ficado para trás no acampamento. Ainda era muito doloroso para o filho de Hefesto e o mais novo decidiu oferecer companhia e distração. Ele não contou, mas todos sabiam que ele também estava morrendo de saudades do seu namorado.

O cartão desapareceu e um botão vermelho surgiu no painel. Rafaela abraçou seu namorado querendo que as coisas acabacem logo.

As portas se abriram e deixaram a loira chocada. Havia um estreito caminho de degraus de mármore que se espiralavam e davam direto para o céu. Ela teve que piscar algumas vezes com a visão. Existiam diversos palácios com colunas, bastante semelhantes com os da Grécia, porém mais modernos. Ela via uma cidade inteira no céu.