Forever bitch - Último capítulo.

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Bianca P.O.V

Meu coração estava acelerado, já fazia uma hora que eu estava naquele maldito hospital. Comecei a andar de um lado para o outro, até que ouvir alguém me chamar.

- Bianca?

- Oi? - assim que viro para trás me deparo com a mãe de Felipe.

- Desculpa a demora, como ele esta? - ela pergunta tristonha.

- Eu não sei, não me deram noticias. - respiro fundo.

- O que aconteceu exatamente. - ela fala se sentando.

- Nós estávamos indo jantar, quando fomos atravessar a rua eu não olhei para os lados. Só lembro de ter visto um farol, Felipe me empurrando e ele estirado no chão... - abaixo a cabeça.

Antes que a mãe de Felipe pudesse falar alguma coisa o doutor me chama.

- Senhora?

- Como ele esta? - a mãe de Felipe pergunta.

- Suponha que a senhora seja a mãe dele. - o doutor falar.

Ela concorda.

- Da pra responder a pergunta que ela fez? - falo frustada.

- Apesar de ter quebrado a perna esquerda e levado alguns pontos em sua cabeça, ele esta bem!

- Graças a Deus. - a mãe de Felipe começa a chorar.

- Ele já pode receber visitas? - pergunto.

Ele apenas concorda e sai da nossa vista.

- Quer ir primeiro? - a mãe de Felipe me pergunta.

- Tem certeza? - pergunto.

- Sim, vai logo. - ela me empurra.

Respiro fundo e vou até o seu quarto, paro em frente a porta e o observo de longe. Dou um passo para frente e abro a porta.

- Bianca? - Felipe fala me olhando.

- Oi, como você ta? - falo me sentando na cadeira do lado da cama.

- Com a perna quebrada, e você? - ele pergunta irônico.

- Eu praticamente salvo a sua vida e você me trata assim? Falo incrédula.

- Não se esqueça que antes de salvar quase acabou com ela. - ele fala ríspido.

- Não pedi pra você entrar na frente do carro. - reviro os olhos.

- Ingrata! Se você veio aqui para me irritar já pode ir embora. - ele vira o rosto.

- Desculpa, não foi de propósito! - Falo pegando em sua mão.

- Você disse que não ia voltar a se prostituir. - ele fala seco.

- Falei isso enquanto a gente namorava, esqueceu que a gente terminou? - respondo.

- Você não esperou, um dia depois já foi se vender. - ele respira fundo.

- Eu sinto muito. - começo a chorar.

- Não chora, bianca eu te amo. - ele passa a mão em meu rosto e me da um selinho.

- Eu também te amo. - falo respirando fundo.

- Volta pra mim? - ele tenta me abraçar.

- Eu... Eu não posso! - talo triste.

- Porque não? - ele suspira.

- Eu não sou quem você merece, eu sou uma vadia inútil. Você merece coisa melhor! - limpo minhas lagrimas.

- Então me promete uma coisa? - ele pergunta.

Balanço a cabeça afirmando.

- Para de se prostituir. - ele fala alisando meu rosto.

- Eu já te prometi isso uma vez e lembra que não deu certo? Eu não consigo cumprir as promessas. -Respondo.

- O que você quer dizer? - ele pergunta aflito.

- Eu não posso prometer algo que eu não vou cumprir. - falo me levantando.

- Não faça isso. - ele segura meu braço.

- Eu já fiz, Adeus. - falo saindo.

- EU TE AMO! - escuto ele gritar.

- Eu também. - sussurro.

Passo correndo pelo corredor, algumas pessoas me olham estranho. Mas eu nem ligo. Corro para a porta de entrada, caminho sem rumo.
Passo por algumas esquinas e vou até um bar, compro um maço de cigarro.
Dez minutos depois eu já havia fumado metade do maço.
Sinto alguém me cutucar e olha para trás.

- O que faz por aqui? - meu pai pergunta.

- Eu que te pergunto, esta me seguindo? - ando do lado dele.

- Digamos que sim, estou atrás de você faz um tempo. - ele me olha diferente.

- Pra que? Eu não vou ficar com você, já pode tirar o cavalinho da chuva. - falo seca.

- Comigo não, com outros caras. - ele responde.

- Como assim? Não entendi, o que você quer dizer com isso? - pergunto confusa.

- Eu abri uma casa de prostitutas, já tenho algumas garotas. - ele sorri.

- E eu com isso? - respondo.

- Eu quero você lá, já pensou quanto você vai ganhar por dia? - ele ri.

- Eu não quero! - falo andando mais rápido.

- Para de ser fresca, você já fez isso algumas vezes. Você não tem nada a perder, só a ganhar. - ele pisca.

Ele estava certo, eu não tinha nada perder.

- Quando começa? - respiro fundo.

- Assim que eu gosto, hoje mesmo. - ele pisca.

- Vamos logo. - falo pegando um cigarro.

- Você será para sempre uma cadela. - ele fala rindo.

- Forever bitch. - falo piscando.

"Antigamente a prostituição era profissão, hoje é opção. A mulher não evoluiu, se prostituiu."

***
Eu só tenho que agradecer a todas vocês por tudo, finalizei a fanfic com 10k.
Eu sou muito grata por tudo, cada voto, comentário, criticas, iniciativas... obrigada por terem acompanhado a fanfic.
MUITO OBRIGADA MESMO!
SEMANA QUE VEM COMEÇO A POSTAR UMA FANFIC NOVA!
VOTEM E COMENTEM (BASTANTE)
❤❤❤
(Algum erro me avisem)






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