Outro dia

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Algo gelado caia sobre sua pele e sua cabeça doía muito, a dificuldade para abrir os olhos era absurda. Percebeu que estava chovendo e que estava dormindo no convés. Levantou a cabeça e viu vários corpos, como se todos estivessem mortos.

- Bom dia parceiro – disse uma voz vinda de trás

A cabeça latejava em uma dor insuportável e ao virar viu seu irmão sentado sobre a escada afiando sua espada.

- O que houve comigo? – Perguntou Vinicius e Iago sorriu

- Você ficou de porre, acho que exagerou bebendo ontem – Enquanto Iago falava ele ria da condição de seu irmão mais velho

- E por que você não está como eu?

- Eu não gostei de beber, tomei alguns goles, mas bem pouco – Cada raspar de pedra na espada fazia a cabeça de Vinicius latejar

- Por favor, pare com isso – Então Iago guardou sua espada e se levantou

- Nos vemos depois, sugiro que saia da chuva parceiro – E Iago seguiu para a cabine do capitão

Ao entrar na cabine viu o Primeiro e o Mestre de armas sentado à mesa com o capitão em uma reunião, todos alegres e sorrindo, porem nenhum estava de ressaca da noite anterior.

- Vejo que não é só eu que não bebi – Disse Iago ao entrar na cabine

- Temos responsabilidades nesse navio, imbecil, não podemos sair enchendo a cara – Respondeu o Mestre de armas que claramente não ia com a cara dos irmãos após o incidente com o Imediato.

- Tenho um presente para você Iago, mas antes olhe nossos planos – Disse o Capitão

- Por que eu tenho que olhar? – Perguntou Iago estranhando o pedido do capitão

- Você lidera uma das equipes então faz parte do meu conselho de agora em diante, junto com seu irmão, mas aquele desgraçado deve estar bêbado no convés ainda. Sente-se – Iago então se sentou e olhou o mapa

- O plano é irmos a Aragon primeiro, venderemos as mercadorias roubadas e também os prisioneiros – Informou o capitão

- Por que eles comprariam prisioneiros? – Disse Iago sem entender

- Eles revendem para os Italianos a preços mais caros e ainda saem como heróis por resgatarem eles das nossas mãos – Disse o Mestre de armas

- Continuando, e se me interromper de novo e arranco suas bolas – advertiu o capitão – Após isso navegaremos para Algéria para gastarmos nosso ouro com mulheres e bebidas, eles acolhem piratas contanto que eles gastem todo seu ouro ali. O que achou?

- Então, que venha a diversão– Respondeu Iago

- E temos um presente para você, me siga – os três tomaram a direção do porão e caminharam até lá. Ao chegarem nas celas Iago viu três pessoas bem vestidas, elegantes e bem cuidadas em uma das celas – Esses são nossos prisioneiros, estamos levando eles bem até Aragon, espero que sobrevivam, mas não é essa a surpresa

O capitão caminhou até a outra cela e ali dentro haviam duas mulheres. A primeira era mais cheia, com uma larga cintura e grandes seios, estava sentada, chorando, abraçando os próprios joelhos enquanto a outra dormia com suas roupas todas rasgadas e um de seus seios de fora, essa era mulata com os cabelos extremamente enrolados, porém sem grandes volumes em seu corpo.

Iago as olhou e não entendeu primeiramente, e o capitão em seguida quebrou o silencio

- Alguns marujos as trouxeram para uma festinha, eu tomei a gordinha a noite e a fodi durante a madrugada várias vezes, já o Primeiro e o Mestre de armas foderam a mulata, elas estão cansadas, mas com certeza recuperadas – disse o capitão olhando a reação de Iago – Pode escolher qualquer uma, vamos deixa-lo a sós

A morte caminha para tiWhere stories live. Discover now