Capítulo Dez

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Duas e quarenta e cinco da manhã;

E quantas vezes acordei sem vontade de levantar da cama? Me perguntando o que aquele dia teria reservado para mim. Deveria ter esperança? Que aquele dia seria melhor? Que algo bom poderia acontecer? Que toda aquela dor iria passar? Que enquanto eu tomasse um banho e a água quente levaria consigo minhas dores para o ralo? Que ninguém perceberia minhas marcas nos pulsos? Eu deveria mesmo pensar nisso? Que aquele dia levaria embora todas as minhas lágrimas que derramei em meu travesseiro? Deveria então, passar maquiagem, esconder os olhos inchados, colocar um sorriso no rosto e fingir ser feliz? Era exatamente isso que fazia todos os dias. E sinceramente, tenho certeza que hoje não será diferente.

Cuidado, frágil.Onde histórias criam vida. Descubra agora