Capitulo XXII: Rotina

8.6K 457 75
                                    

Estava enfim em casa,andar ainda me deixava zonza e correr ainda era complicado,mas todos os dias eu me levantava cedo e saia para correr em volta da mansão,e todos os dias eu sentia a mesma sensação de sempre que estava sendo seguida,mas me convenci que era coisa da minha cabeça. Leonardo não falava muito comigo,mas toda vez que conversava comigo parecia pedir desculpas com o olhar,Suzana não era uma pessoa ruim,era muito prestativa comigo,me ajudou muito,e eu não consegui a odiar de nenhuma maneira,ela parecia uma verdadeira mãe,mas o que me intrigava era o filho de Leonardo,ele era muito parecido com ele tinha 5 anos,mas sem nenhuma explicação,o que me deixava as vezes com o pé atrás,eu adorava ele,as vezes ele corria comigo,mas Leonardo sempre xingava ele por isso,não entendia porque o menino era tão obediente e nem me dava trabalho.

Voltei a estudar e me formei mês passado junto com os gêmeos que se tornaram muito meus amigos,eles estavam me convidando para morar com eles,mas eu só poderia.ir depois de arrumar um emprego o que estava sendo muito difícil,o que era estranho porque eu sempre ia a entrevistas e dava o meu melhor e nunca uma resposta.

Entrei na cozinha ofegante,Suzana estava cozinhando a comida dela era dívida,ela era tão boa com Leonardo que eu duvido que ela saiba o que ele me fazia,eu acho que ela acredita que fomos pai e filha pelo menos nunca ficou perguntando.

-Está com fome? - Perguntou ebeu acenei com a cabeça afirmando.

-Fiz salada de fruta,mas ainda tem bolo de cenoura.- disse me olhando,apontei pra salada e ela sorriu colocando para mim.

-Seu pai está no escritório disse que quer falar com você.- ela disse me dando as costas e subiu as escadas. Eu nunca me acustumaria com isso de "pai" era tão ruim,porque as pessoas não sabiam a verdade e isso me matava por dentro. Porque só eu sabia da verdade. Só eu e ele.

---------------------------------------------------

Bati na porta do seu escritório depois de perguntar a Suzana onde ele estava.

-Entra.

Entrei me deparando com ele de óculos de grau lendo algo num papel branco.

Quando que viu que era eu sorriu fraco o que me preocupou um pouco.

- O que você quer comigo?- perguntei rude.

-Conversar...
-Pois fale logo Leonardo ou papai?- falei ríspida.

-Gosto do papai...- o olhei incrédula.

-Eu fiquei sabendo que quer procurar um emprego,porque?- disse direto.

-Porque eu não vou ficar aqui para sempre,preciso ter dinheiro.-disse rápido.

-Você sabe que vai ficar aqui para sempre sim.- disse bravo,o olhei sem entender.

-Eu posso fazer o que eu quiser da minha vida,sou uma adulta e dona da minha vida!-gritei.

-Pois não é nada,você sabe muito bem que não é,eu não vou deixar você ir embora.-disse firme me encarando.

-Mas lógico que vai,eu vou deixar você viver sua brincadeira de casinha com sua mulher e seu filho do jeito que você gosta !- disse apontando o dedo no rosto dele,nem eu sabia que estava tão perto dele.

-Você não vai se livrar de mim tão fácil assim não Liamar!- disse segurando o braço que eu havia apontado o dedo para ele.

-Posso saber porque não?  Você disse que ia arrumar as coisas para mim,que eu estava livre.de você!-gritei tentando me soltar dele que me segurava com ainda mais força.

-Mas eu disse que você ia poder escolher ficar ou ir...

-Eu já escolhi ir Leonardo!- cuspi as palavras na cara dele.

-Se você ir você irá ficar sem o seu filho!- falou calmamente.

-Eu não tenho um filho seu filho da puta!- gritei rindo.

-Oh você tem sim,o Thomas é nosso filho!-arregalei os olhos,não podia ser,podia?

-Isso não é verdade seu idiota!
-Quer ver a certidão dele Liamar?- tentei lhe dar um soco com a outra mão mais ele me segurou antes que eu pudesse. Por alguma razão eu sabia que era verdade. Eu havia tido ele quando estava em coma,e ele tinha 5 anos o tempo que eu fiquei desacordado mais os nove meses de gravidez.

-Oh meus Deus! -Falei já chorando de agonia,ele estava me chantageando pesado,ficar nesse inferno com meu filho ou ir embora sem ele. Eu sabia que se tentasse levar Thomas comigo eu não conseguiria não com a influência do Leonardo e o seu dinheiro.

-Você não pode me chantagear assim!

-Eu posso sim Liamar,faço tudo que for preciso para ficar com você!- disse me soltando. Eu ainda chorava. Thomas sabia que era meu filho?  Ou Leonardo escondia isso?

-Ele pelo menos sabe que é meu filho?- disse rude.

-Ele sabe,por isso não o queria perto de você,ele poderia contar antes da hora.- disse como se fosse a coisa mais normal do mundo.

-Você é mesmo um monstro!- disse me distanciando dele,mas ele se aproximava de mim quando mais eu me afastasse.

-Você ainda vai me agradecer por não te deixar ir embora.- disse me encurralando.

-Nunca,se eu ficar é pelo meu filho e não por você!

-Veremos minha garotinha!- disse mordendo minha orelha,um arrepio subiu minha espinha. E eu tentei o empurrar.

Ele tentou me beijar mas eu virei o rosto o impedindo e ele segurou o meu rosto,me obrigando a olhar para ele.

-E Susana,esqueceu que é casado?- disse ainda tentando me soltar.

-Ela está doente,quando me casei com ela era seu último pedido,e eu não achei que você de qualquer maneira.fosse acordar,ela sabe sobre a gente,ela concordou em separar de mim em breve,ela ama outra pessoa.-disse no meu ouvido,o chutei no meio das pernas e ele caiu de joelhos. Me aproximei dele e me abaixei perto do seu ouvido.

-Seu lugar sempre vai ser no chão,lugar de verme,ela não te merece mesmo,uma pessoa boa não podia ficar perto de alguém tão ruim como você,seu idiota,nos já somos quebrados,não a concerto mais, mas meu filho ficará fora disso ele não merece ter um pai como você,eu vou ficar aqui nesse inferno,mas vou todos os dias tornar um inferno para você também!  -falei saindo do escritório batendo a porta.

Que comece o inferno.

Sim ou Não?Onde histórias criam vida. Descubra agora