Capítulo XXVI:Completamente Indefeso.

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Deitado da forma que ele se encontrava me dava um sentimento de vitória como se ele estivesse recebendo o que ele merecia pelas coisas que havia me feito. Me sentia no poder agora. Estava pagando para ver a cara que ele faria quando o médico lhe dissesse o seu grave problema.

Me segurava para não estragar a surpresa e entregar o presente de grego antes da hora.

O médico entrou na sala me cumprimentando e logo se virando para ele que parecia meio nervoso por algo,parecia que já havia notado algo errado.

-Boa tarde,senhor Camino,como se sente?- o médico o perguntou calmamente.

-Me sinto muito bem,queria receber a minha alta agora.-disse autoritário.

-O senhor irá recebe-lâ,logo após eu dizer algumas coisas.- Leonardo ou papai se estremeceu.

-O senhor se encontra com uma leve lesão na espinha,que o impossibilita de andar durante algum tempo,que pode talvez ser revertido com fisioterapia intensiva.- cada palavra que o médico falava Leonardo arregalava os olhos em descrença do ocorrido.

-Mas não é possível!- Gritou tentando se levantar mas logo caiu no chão,sorri interiormente. Seu rosto estava com uma expressão de dor,que ele se sentia humilhado era bom que se sentisse mesmo. Ele merecia.

O médico se abaixou para ajudá-lo mas ele gritou que não precisava,que era para sair dali e deixa-lo sozinho.

Seus olhos olharam para mim de baixo,me senti poderosa,ele era um indefeso agora estava nas minhas mãos. Amei sentir esse poder.

-Me levanta Liamar!- Gritou depois de ver que não conseguia de levantar sozinho.

O olhei com um sorriso maldoso.
-Que eu saiba lugar de verme é no chão! - Disse com desdém para ele.

Ele me olhou incrédulo com minhas palavras.

-Se eu fosse você me levantava agora!- Gritou com raiva, mas eu pela primeira vez não senti medo.

-Vai fazer o que se eu não te ajudar?- disse cínica.

-Eu...Eu...-ele pareceu notar que não podia mais me controlar.

-Hmmm,vejo que o paraplégico não tem mais palavras de humilhação para mim,tadinho dele,sinto tanta pena.- ele não me olhou e pareceu perdido nos seus pensamentos,ciente de que as coisas não seriam mais como ele queria.

Sai do quarto e chamei a enfermeira,para comunicar o médico que o levaria para casa.

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-A senhorita tem certeza que quer leva-lo hoje?- o médico me perguntou sério.

-Sim,já contratei uma enfermeira particular para ele,e um fisioterapeuta para ajudá-lo.- disse fria.

-Está certo,ele precisa de muitos cuidados,porque seu sistema nervoso ainda não está instável também, e ter a pressão de não andar mais pode piorar a situação.- assenti para ele.

-Eu espero que cuide bem do seu pai...Tenho que ir agora,ver outros pacientes.

Esperei o médico sair e sussurei: Eu irei cuidar muito bem do meu querido papai!

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Empurrava sua cadeira de rodas em direção ao carro do seu motorista particular que nos esperava e o colocou no carro.

Sentei do seu lado e não o olhei, ele também não me dirigiu a palavra.

Em casa seu empregado o colocou na cama,e ele não parecia feliz em depender de outras pessoas. Parecia triste. Que pena dele. Só que não.

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