Capitulo 3

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 "Mas tu és parvo? Querias-me assustar era? O que é que fazes aqui a esta hora?" eu gritei. Ele recuou pondo os braços no ar inocentemente. "Como é que conseguiste o meu numero?"

 "Eu hum, perguntei lá na escola," ele respondeu, baixando a cabeça, dando um pontapé numa pedra com as suas All star brancas. Eu abanei a cabeça. Estou a sonhar? Porque é que um destes gémeos iria falar para mim? Melhor ainda, andar por ai a perguntar pelo meu numero? Como é que ele sabe o meu nome? Este rapaz é estranho.

 "Bem, eu estou aqui. O que é que queres de mim?" Eu disse. Não iria ser fácil com ele. Quero saber porque é que ele me assustou desta maneira. Ele olhou para cima, encantando-me com os seus olhos verdes.

 "Bem, eu estava a pensar que podias, sei lá, mostrar-me a cidade?"

 "Tu és louco? São quase oito e meia da noite e tu queres que eu te vá mostrar a cidade?" Ele assentiu, colocando as mãos atrás das costas. Eu suspirei, olhando para o meu telemóvel para ter a certeza de que a minha mãe não me tinha ligado. Ele tentou olhar, mas eu apanhei-o, dando-lhe um olhar, "Chama-se privacidade, génio."

 "Bem, tu não és um bocadinho antipática?" Ele gozou, arranjando o seu cabelo. Revirei os olhos, pensando no quão estranho é este rapaz. Eu agarrei no seu braço, ele veio atrás de mim enquanto eu fazia o meu caminho de volta á avenida por onde tinha vindo antes. Os seus olhos brilhavam enquanto ele observava a cidade, vendo todas as ruas iluminadas, e os sinais das lojas. Eu olhei para ele confusa.

"Tu não vês isto muitas vezes? És de Londres não é?"

 "Não, na realidade sou de cá, mas mudei-me quando entrei no secundário, para a periferia de Londres, nada de fantástico," ele engoliu em seco, "Os meus pais separaram-se, então eu tive que voltar para aqui com a minha mãe. Isto é horrível, tu sabes? Ter que andar sempre para lá e para cá, ter dois natais, dois aniversários, bem esta parte não é assim tão má. Mas é difícil não os ver juntos, e tentar agir como se não tivesse um favorito."

 Eu sorri e assenti "Sim, eu também vivi em Londres, mas aconteceram umas coisas na escola e uns problemas com o meu ex namorado."

 "O que é que aconteceu?" Ele perguntou, sentando-se num banco de pedra em frente a uma geladaria, as cores vivas do sinal da loja faziam a sua cara ficar num tom rosado. Eu toquei no banco com a palma da mão e arrepiei-me com o quão frio este estava. Ele riu-se,"Senta-te no meu colo, assim o teu rabo não irá ficar gelado." 

 Eu não queria ser antipática com o rapaz, por isso sentei-me no seu colo sentindo-me protegida e segura, "Bem, eu tinha um namorado e ele basicamente tratava-me a baixo de cão," eu comecei fazendo um esforço para não começar a chorar "Ele enganou-me, agiu como se me amasse. Depois nós acabámos, ele começou a enviar-me mensagens e a seguir-me para todo o lado. Então, numa noite eu estava sozinha em casa, ele apareceu lá e violou-me. Nunca tive tanto nojo por alguém nem nunca me senti tão aterrorizada como naquele momento."

 Ele olhou para baixo, abanando a cabeça, "Lamento muito que tenhas passado por isso, nenhuma rapariga merecia ser tratada assim," Ele sussurrou, tentou abraçar-me, mas eu afastei-me voltando á minha posição inicial. Este rapaz não me conhece nem á quinze minutos e já está a ser todo carinhoso comigo. Desculpa amigo, já sei o que queres e não vai acontecer.

 "Bem, eu tenho um irmão gémeo. Ele consegue todas as raparigas, e eu acho que isso também acontece comigo visto que sou bastante parecido com ele, mas ele é um player. Aposto que quando ele te conhecer se irá atirar a ti. Mas por favor lembra-te de uma coisa: ele não te merece."

 Eu sabia que um deles tinha que ser um player. É o que acontece com a maioria dos rapazes não podem ser giros sem serem assim. Aposto que este tal de Edward também é um player, ele não me está a contar a história toda só para parecer o herói. Eu sei que eles se vão tornar naquilo mais cedo ou mais tarde, porque é que não pode existir um rapaz que seja giro e um querido?

 "Bem, é melhor ir andando," sussurrei, levantando-me do seu colo e cruzando os braços sobre o peito para me manter quente. Ele parecia preocupado, tirou a sua sweatshirt ficando só com uma t-shirt e entregou-a a mim. Eu hesitei antes de a tirar das suas mãos, "Obrigada."

 "Tu precisas disso mais do que eu, queres que te leve a casa?" Ele perguntou, vendo-me vestir a sua camisola.

 "Não, eu estou bem, vemo-nos na escola" disse, sorrindo-lhe antes de começar a andar na direção oposta. Sentia-me mal por o deixar ali, mas ia evitar ao máximo não ficar atraída por ele. Prometi a mim mesma que não o faria. Porque se o fizesse iria apaixonar-me. E depois não me iria controlar.

 E se ele ficar como o Drew? 

DNA (Styles Twins)Onde histórias criam vida. Descubra agora