~Ponto de vista do Edward~
A escola acabou há umas horas atrás, mas claro, eu sendo o novo aluno tive que ficar até mais tarde a fazer um daqueles testes diagnósticos que toda a gente tem que fazer no inicio do ano.
Caminhei pela casa, e surpreendentemente estava vazia. Os meus pais estavam a trabalhar, não era isso que me surpreendia, mas o Harry não estava lá. Procurei-o por toda a casa. Nada. Decidi ligar-lhe, visto que já passam das quatro e meia e ele não está em casa. Se ele tivesse saido tinha deixado um bilhete ou simplesmente enviar-me uma mensagem a avisar. O telemóvel tocou por uns segundos, depois foi para o voicemail. Arg. Liguei-lhe outra vez, desta vez foi diretamente para o voicemail, não tocou nem uma vez. Acho que agora entendi porque é que os meus pais dizem que sou o responsável. Eu não era burro, sabia que se passava alguma coisa.
Peguei no meu casaco, e sai. Estava a nevar um pouco, ainda não era nada de mais. Eu decidi em andar, como sabia que ia começar a nevar a sério brevemente e visto que nunca me ensinaram a conduzir na neve esta era a melhor opção. Os meus pais não tem noção que Holmes Chapel não é Londres e que aqui neva durante metade do ano.
Caminhei pela longa avenida que me conduzia até á sua vizinhança, eu já sabia este caminho de cor, o que parece bastante estranho visto que eu nunca estive em sua casa. Quando vou dar uma volta venho sempre por aqui porque adoro o aspeto da sua casa. É perfeita, parecida com aquelas que aparecem nos filmes. Conseguia vê-la agora, mas algo estava errado. Todas as luzes estavam apagadas, e o engraçado sinal a dizer "Bem vindo" que estava habitualmente no topo da porta da entrada estava agora no chão partido aos pedacinhos. Mas o carro dela estava aqui, o seu pequeno volkswagen. Fui até á janela ao lado da porta. Nada. Nada excepto velas acesas e uma sala de estar desarrumada.
Fiquei em panico. Comecei a correr pelo seu jardim, á volta da casa e voltei para a entrada onde encontrei o mesmo, nada. Mesmo assim, conseguia ouvir suspiros vindos lá de dentro. Também os conseguia ouvir no jardim mas aqui ouviam-se melhor e mais alto. Aquilo não era um animal. Era um choro, um pedido de socorro. Corri até á porta das trazeiras onde o meu punho bateu forte e consequentemente.
"Morgan abre a porta", gritei. Ouvi um grito, loiça a quebrar no chão e gavetas a abrirem-se. Fechei os olhos desejando apenas que isto fosse um pesadelo e que a Morgan estivesse bem, voltei á realidade batendo na porta novamente e para minha surpresa esta abriu-se. Mas a pessoa que estava diante dos meus olhos não era a rapariga doce que conheci á dias, era o meu irmão.
"Ed, o que fazes aqui?" ele perguntou, a sua voz mais rouca que habitualmente. Eu dei uma leve gargalhada, entrando e empurrando a porta com força.
"O que é que eu faço aqui? A questão é, o que é que TU fazes aqui" olhei á minha volta procurando algum sinal da Morgan, mas não encontrei nada. Apenas um sofá desarrumado, almofadas no chão e uma moldura partida no chão, "Onde é que ela está?"
Ele encolheu os ombros, mas eu sabia que ele estava a mentir. Eu empurrei-o, correndo até ao meio das escadas quando a voz dele ecoou pela casa "Ela não está ai em cima" ele gritou, depois ouvi a porta fechar-se. Ele foi-se embora. Foi-se embora como o cobarde que é, é e sempre será. Clareei a garganta e caminhei lentamente pelas escadas até á entrada da pequena casa de banho e bati calmamente na porta, presumi que ela lá estivesse visto que a luz estava ligada.
"És tu?" ela perguntou, a sua voz estava rouca, como se tivesse estado a chorar.
"Sim, sou eu. Juro que o Harry saiu."
Ouvi a porta destrancar-se, ela abriu-a lentamente. Estava sentada ao lado da sanita fechada, os seus braços uniam as suas pernas ao seu peito e havia um rasto de lágrimas pelas suas bochechas. Ajoeilhei-me ao seu lado, observando as marcas nos seus braços. Olhei-a nos olhos e tudo o que vi foi dor, e medo. Peguei no seu braço e acariciei-o "Morgan, quem te fez isto?"
Ela abanou a cabeça e fechou os olhos, os seus lábios separaram-se. Eu percebi, passando o meu polegar sobre a sua cicatriz. O seu braço estremeceu ao meu toque e ela arregalou os olhos "Desculpa, desculpa" sentei-me ao seu lado, "Por favor conta-me."
"Foi ele." ela sussurrou, "Foi o Harry. Ele disse-me que me trazia a casa e eu concordei, porque pensava que eras tu, depois ele tentou fazer coisas comigo, mas eu dei-lhe pontapés e gritei o mais alto que consegui" ela soluçou antes de continuar, "Ele apertou os meus braços com imensa força para não me deixar fugir, é por isso que tenho as marcas. Depois eu acho que ele te viu e correu para a entrada e eu fugi para aqui" ela chorou, colocando a cabeça entre as suas pequenas mãos. Eu abanei a cabeça, sentindo nada mais que raiva. Raiva não para com ela, mas para com ele.
"Ouve-me, eu nunca te magoaria Morgan, nunca. De tudo o que me contaste sobre o teu passado, não mereces nada menos do que uma vida perfeita. O que ele te fez foi horrivel- e desculpa por ter deixado isto acontecer-te" eu sussurrei. Ela olhou para mim e assentiu.
"A culpa não foi tua, é só que, lembrou-me do Drew."
Eu sorri, vendo que ela já estava a ficar mais bem disposta. Peguei no colar que tenho sempre comigo, habitualmente dentro da camisola. Ela olhou para mim confusa, mas eu sorri-lhe,
"Vês isto?" perguntei "Agora podes distinguir-nos, quando vires este colar sabes que sou eu." expliquei-lhe, ela levantou-se, sorriu e abraçou-me.
"Obrigada."
Milésimas desculpas pela demora, por favor perdoem-me. Não tenho tido tempo nenhum nem paciência para traduzir mas prometo que vou publicar um novo capitulo o mais depressa que conseguir.
stay fab,
lyyyyyyyyyyyyyyyyyyy,
Sofia
VOCÊ ESTÁ LENDO
DNA (Styles Twins)
Fiksi PenggemarEla não acreditava no amor, mas depois de tudo o que já tinha passado era compreensível, em tenra idade Morgan viu a sua vida mudar para sempre e a partir dai nunca mais foi a mesma pessoa. Entretanto aparecem duas pessoas, dois gémeos que lhe dão a...