Noites de Domingo

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Ainda lembro daqueles domingos de inverno, quando você e eu ficávamos até tarde da noite sentados em um banco de uma praça no centro da cidade, observando o pouco movimento de carros e pessoas que passavam e falando coisas que nem nós mesmos conseguíamos entender. Nenhum de nossos amigos e parentes sabiam onde estávamos, como estávamos ou se estávamos vivos.
Sentindo muito frio, nos abraçávamos forte para esquentar um ao outro. Eu te olhava e você retribuía com seu sorriso bobo, o sorriso que eu conhecia e amava, e que sempre vou amar.
Quanto mais a noite pairava, mais a temperatura baixava. Cada segundo parecia eterno. A linda lua, quando não escondida por detrás das nuvens, ria e chorava a nos observar, maravilhada com o imenso amor tão puro que sentíamos um pelo outro.
Eu tocava e me afagava em seus longos e volumosos cabelos encaracolados; os afagava até sentir como se fossem parte de mim. Eles eram parte de mim, minha parte favorita. Eu daria minha vida só para novamente poder ser aqueles cabelos e estar sempre em sua pele, sempre junto de você.

Viagem à Imensidão da MenteOnde histórias criam vida. Descubra agora