Cap. 18

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A fic está em seus últimos capítulos...
-^^
☆★


O relógio marcava 3:47 p.m.
Olhei para o bilhete agora amassado em cima da minha cama.

De quem seria?
Se tivesse ao menos sido escrito a mão...Se tivesse alguma caligrafia... Mas nada... Eram apenas palavras impressas.

Fui até o quarto de Karen. Estava vazio. Ela estava trabalhando. Sua cama estava arrumada e o cheiro de seu aromatizante estava em todo quarto.
Na escrivaninha ao lado da cama dela, havia um porta retrato.
Uma foto nossa.

~~~

Dois meses antes de minha mãe começar a trabalhar no hospital, ela resolveu de fazer meu aniversário. Claro que eu não concordei com aquilo, então ela se juntou com Calum e fizeram uma festa surpresa. Foi nesse dia que eu conheci a Mia. E esse foi o dia que ficamos pela primeira vez.
Segundo Calum, ela que chegou em mim e me forçou a beijá-la, mas, sinceramente, não lembro. A ultima coisa que lembro daquela noite foi quando Calum me deu um soco por eu está encarando a bunda de um garoto da nossa escola. Mais eu não estava. Não propositalmente, pelo menos.
Eu estava completamente bêbado, e até fumei alguns cigarros escondido de todos.

Antes que eu pudesse ficar totalmente inconsciente, minha mãe pediu pra tirar uma foto comigo e eu como estava sem forças, não lutei.

~~~

E justamente aquela bendita foto, que pousava serenamente na escrivaninha dela.

Passei minha mão sobre seu rosto sorridente e sai.

Fui até meu quarto, já decidido a ir ao encontro daquela pessoa.
Abri meu guarda roupa, comecei a vasculhar minhas roupas, e foi quando eu encontrei uma camiseta do Luke escrita "You Complete me".

Aquilo seria um sinal? Será que era Luke?

Provavelmente não.

E se fosse, eu deveria ir?

Foda se.

Vesti a camiseta dele e até arrepiei quando vi que seu cheiro ainda estava presente.

Coloquei meus fones e fui caminhando devagar até a sorveteria.

Assim que passei pela porta estreita, tirei um dos fones e olhei ao redor.

Nada de Luke.

Nada de Calum.

Nada de Mia.

Carol.

Sim, ela estava lá tomando um milk shake e acenou para mim para que eu fosse ao encontro dela.

Porque ela não me mandou um sms? Pra que fazer todo esse mistério?

"Carol" Falei.

"Olá Mike, como tem passado?"

"Bem".

"Senta aí, toma um sorvete comigo". Falou ela toda sorridente.

"Você perdeu meu número?"

"Não... Claro que não..."

"E por que diabos me deixou um bilhete por baixo da porta? Desaprendeu como se manda mensagem?".

"Você não viria, se eu tivesse mandado uma mensagem, e achei o bilhete anônimo interessante... Te deixei curioso, né?"

"Olha Carol por favor, chega de enrolação, o que você quer comigo?

"Pra que a pressa, você não vai fazer nada mesmo..."

"Tenho muitas lições de casa pra fazer..."

"Vai voltar pra escola?"

Eu não imaginava o que aquela garota poderia querer comigo.

"Eu... Preciso te falar uma coisa, uma coisa não muito agradável..." Falava ela, desmanchando o sorriso.

"Vai pedir alguma coisa?" Falou uma menina de óculos e uma cardeneta na mão.

"Não, obrigado". Falei.

A garota deu meia volta e um sorriso forçado.

"Continue..." Falei.

"Eu fiquei sabendo da sua briga com Luke".

Olhei pra ela e a encarei.

"E- ... Ele me... Ele me disse..."

"Poupe seu tempo. Poupe meu tempo. Não quero falar sobre isso." Falei me levantando da mesa".

"Michael. Eu preciso te falar isso."
Falou ela segurando minha mão, me fazendo sentar novamente.

"Ele foi até minha casa. Ele disse que ia na sua, mais no estado que ele estava eu não deixei ele ir".

Metade de mim queria sair correndo e a outra metade queria ficar ali e ouvir tudo.

"E... ai meu Deus... Isso foi tão errado... "

"Fala".

"Eu.... Eu não... Ele estava alterado... E... Bem..."

Não.

Levantei novamente. Meus olhos ardiam.

"Ele dormiu c-comigo".

Saí em desparada até a porta.

"Me deixa Carol, eu não quero mais ouvir!" Falei enquanto ela me puxava pelo braço tentando me contar mais.

"Michael! Você precisa saber! Você tem que saber!"

"Cala a boca".

Estávamos gritando em plena entrada da sorveteria, e todos olhavam para nós.
A garota de óculos até chegou perto de nós e pediu para falarmos baixo.

Carol tentava esconder um sorriso em seus lábios, o que foi em vão.

"Mike, querido... Eu acho que... Que você foi iludido dessa história"  Falava ela com a porra de um sorrisinho sinico.  "Acho que ele não é tão gay quanto pensava".

Que desgraçada.

Aquilo entrou em meus ouvidos e logo invadiu todo meu corpo.
Comecei a pensar em todos os nossos momentos juntos... Das nossas risadas... Dos carinhos trocados...
Ele... Ele me enganou esse tempo todo... Eu me entreguei... E ele me trocou... Me trocou pela... Pela Carol...
Eu não queria acreditar naquilo.

"Não chora,  Mike" Falou ela com tom de deboche.

Não tinha me dado conta que estava chorando.
Olhei ao redor e todos me olhavam, enquanto Carol continuava tentando esconder um sorriso.

Bati a pequena porta com toda força que me restava e saí correndo...

Minha vista estava embaçada pelas lágrimas, mesmo assim continuei correndo.

De repente senti algo forte batendo contra meu corpo e senti meu corpo sendo arremessado.

When Happens - MUKEOnde histórias criam vida. Descubra agora