Penultimo

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*Luke Pov*

(Luke povs.)

1 mês depois

No momento em que pus os pés no aeroporto de Sidney me senti o cara mais feliz do mundo. O sorriso em minha face estava tão evidente que eu sentia como se minha cara fosse rasgar.

Eu finalemente iria voltar para Michael. Meu coração se encheu de saudade aoenas de se lembrar dele. Meu querido Michael.

Depois de um mês inteiro trabalhando duro e implorando para minha mãe eu finalmente consegui convencê-la a me deixar vir morar em Sidney. E nada iria nos impedir de ficarmos juntos.

Olhei para a tela meu celular e sorri. A foto de Michael sorria para mim de volta. Em nenhum momento desde que voltei para casa consegui falar com ele, talvez ele ainda estivesse chatiado comigo mas eu sabia... Eu sabia que quando nós nos encontrassemos, quando ele visse que eu havia voltado para ele, Michael iria me perdoar. E então nós iriamos morar juntos no pequeno apartamento que eu havia alugado, adotariamos um cachorro, ou quem sabe talvez um gato, e isso resumiria o começo de uma vida completa.

Mordi o lábio para conter a ansiedade. Decidi ligar para Calum e avisar que eu estava indo para a casa dele. Nós mal nos falamos durante um tempo e nas poucas vezes que eu telefonava Calum parecia distante, na última ligação ele parecia star chorando. Talvez tivesse terminado con Ashton. Mas sempre que eu perguntava ele dizia que não era nada. Decidi não contar a ele que eu estava voltando, o falso asiático iria acabar estragando a suroresa e acabar contando ao Michael. E tudo tinha que sair perfeitamente bem.

Disquei seu número e coloquei o celular na orelha. Sua vóz soou no sexto toque.

( Ligação on)

" Alô."

" Calum, é o Luke eu..."

" Ah, oi Luke. Eu estou meio ocupado agora, posso te ligar depois?"

" Desculpa é que eu acabei de sair o avião e queria saber se eu não podi-"

" O quê?"

" Eu disse que acabei de sair do avião." Eu abri um sorriso " Eu voltei para Sidney Cal."

Silêncio.

" Luke..."

" Você está com o Michael agora? Por favor não diga que eu voltei. Quero fazer uma surpresa pra quando nos encontrarmos."

" Luke escuta, voc-"

" Eu sei, eu sei oque você vai dizer. Eu não devia ter ido embora daquele jeito. Foi um erro deixar as coisas assim." Passei a lingua nos labios secos " Mas ele vai me perdoar Cal, você vai ver. Nós vamos voltar e-"

" Luke me escuta por favor." Calum disse com a vóz embagada " Eu preciso te contar uma coisa."

Naquele momento meu coração gelou. Parei de andar enjirecendo o corpo. Uma sensação horrivel tomou conta de mim.

" Oque foi? Aconteceu alguma coisa " Falei dando um riso nevoso, o silêncio do outro lado da linha me fez ficar em alerta " Calum, diz logo você está me assustando."

Ouço alguns ruidos do outro lado da linha e alguns sussurros.

" Eu sinto muito Luke." Calum diz com a voz embargada. Ele estava chorando? " Carol disse que aconteceu do nada. Foi muito rapído, o cara bateu e deu no pé e-"

Enguli em seco formando um nó na minha garganta. Não, não é oque estou pensando, não não não não.

" Calum? Calma. Eu não to conseguindo entender." Eu ri fraco. Era uma piada. Tinha que ser.

" Me desculpa." Disse ele entre soluços " Sinto muito.."

" Cal me diz logo oque aconteceu? Onde você está?" Começo a andar a procura de um taxi.

Calum continuou falando mas eu não consegui ouvi mais nada. Tudo ao meu redor começou a girar. As pessoas, os carros, as lojas... minhas pernas se tornaram gelatina e o chão areia movediça me sugando para o limbo. Michael havia sofrido um acidente, meu Michael havia sofrido um acidente. O medo tomou conta de mim. Ele estava bem? Estava... vivo? Meu estômago se revirou, eu não podia nem ao menos pensar na idéia de perdê-lo. Eu o amava, ele era tudo pra mim. Se eu perdesse ele eu perderia tudo.

" Luke? Você consegue me ouvir? Luke? Você ainda está ai?"

Fechei os olhos tentando me controlar deixando uma única lágrima escorrer pelo meu rosto solitaria.

" Em que hospital você está?"

Depois que Calum me passou as cordenadas descobri que o hospital não ficava tão longe do aeroporto. Então eu corri. Eu precisava vê-lo. Precisava saber se estava tudo bem.

Cheguei no hospital com a respiração ofegante e o coração acelerado, logo avistei a recpção.

" Olá senhor, posso te ajudar?"

" Michael. Michael Clifford." Disse ofegante.

" Você tem algum parentesco co-"

" Não mas eu sou o namorado dele."

" Senhor você n-"

"Luke?"

Olhei para o lado e vi Calum no corredor. Corri até ele. O falso asiatico estava com os olhos vermelhos e com a respiração um pouco descompassada.

" CALUM. CADE O MICHAEL? ELE NÃO TÁ AQUI COM VOCÊ?"

Calum me olhava com os olhos esbugalhados, e não disse uma só palavra.

"CALUM. ME DIZ LOGO CADÊ ELE?"

Calum colocou uma mão sobre a boca e sussurrou algo. Mas sua voz saiu abafada.

"CALUM ME RESPONDE" Sacudi seus ombros.

Calum começou a chorar. Isso fez eu me despedaçar por dentro. Eu precisava vê-lo.

Naquele momento, Karen chegou até nós, chorando, e nos abraçou com força.

Foi inevitável segurar as lágrimas que insistiam cair dos meus olhos.

"Luke, querido, pensei que tinha voltado pra sua casa..."

"Eu preciso vê-lo" Falei me afastando para secar as lágrimas do meu rosto.

"Sra. Clifford?" Falou uma enfermeira por trás de mim.

"Sou eu".

"Pode me acompanhar, por favor?"

A enfermeira a levou até um canto da sala e disse algo que fez Karen chorar. Meu coração apertou e Calum me abraçou.

"Desde que você viajou, não tenho mais o visto..." Falou Calum em meio ao choro. "Ele não saía do quarto... Não falava com ninguém..."

"Eu jamais deveria ter saído do lado dele. Eu nunca deveria ter deixado ele..."

"Pelo menos você voltou..."

"Só espero que não tenha sido tarde de mais"

"Luke... Não vamos poder vê-lo agora..."Falou Karen chorando. "Ele está em uma cirurgia. E vai pro CTI depois... Talvez amanhã... ou depois..."

"Vai dar tudo certo" Falou Calum.

~~~

Não sei explicar o que senti pelo Michael quando o vi a primeira vez. Simplesmente fiquei encantado com aquele par de olhos verdes e aquela boca rosada.
Sem falar no cabelo que quando o vi pela primeira vez estava vermelho.

Eu sabia que ele não seria apenas qualquer um que passou na minha vida. Eu sentia uma espécie de íma, e era difícil ficar longe dele.
Não demorou muito pra que eu soubesse que ele era o grande amor da minha vida.
No momento em que nossas mãos se tocaram, uma corrente de eletricidade passou em meu corpo.
Meu coração batia mais forte toda vez que ele sorria.
As pulseiras em seu pulso que eu adorava contar, seus cabelos coloridos que eu adorava acariciá-los...
Eu o amava e amo com todas as minhas forças. E pra falar a verdade, é impossível esse amor chegar ao fim...
Michael deu um verdadeiro sentido na minha vida... Era com ele que eu queria passar o resto da minha vida...

When Happens - MUKEOnde histórias criam vida. Descubra agora