capitulo 37

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O tempo passou rápido, já era a hora do almoço, eu estava feliz com a ideia do Gab querer conversar normalmente sobre isso, o facto de sermos irmãos já me deixa triste, agora imagina o facto de ele estar bravo comigo? Isso só piora as coisas.

Arrumei as minhas coisas e fui até recepção, combinamos de nos encontrar lá. Infelizmente ele ainda não havia chegado, será que ele desistiu? Olhei para o relógio e eram 12:06, nós só temos 1 hora para o almoço.

Gab: oi. - ele chegou do nada.

Eu: oi Gabriel, que susto.

Gab: desculpa, vamos? - ele sorriu, que bom ver ele assim, ver ele sorrir desse jeito me faz lembrar todos os motivos pelos quais eu o amo com todo meu coração. - Cristina eu te fiz uma pergunta.. - me perdi nos meus pensamentos.

Eu: desculpa, claro, sim vamos.

Fomos até o estacionamento, ele abriu a porta do carro pra mim, eu entrei e depois ele foi para o lugar dele. Estavamos em silêncio durante o caminho todo.

Eu: bem, para onde nós vamos?

Gab: meu apartamento.

Eu: mas o almoço so tem duração de 1 hora.

Gab: na verdade eu demorei para encontrar você na recepção porque eu estava pedindo para a Mónica tomar conta do seu trabalho por um tempo se calhar você não volta para lá hoje.

Eu: O que você disse? Porquê eu não voltarei para lá hoje? A Mônica ficará tão sobrecarregada - sinceramente eu não gostei de saber que ele fez isso. - Gabriel eu quero ser tratada como uma funcionária normal, começando por ter uma hora de almoço.

Gab: eu entendo isso Cristina, mas da para fazer um esforço, parece que eu sou o único interessado em falar sobre você e eu!

Eu: Gab olha para frente. - ele estava distraído por causa da conversa, na verdade eu acho que nós estavamos a discutir. - e pará de dizer que você é o único interessado em falar sobre... - um carro passou e quase acontecia um acidente. - Gab.. - gritei assim que ele travou bruscamente.

Gab: Cris, você está bem? olha pra mim. - eu estava muito assustada e havia batido um pouco a cabeça no vidro da janela. - me perdoa. - ele me abraçou. - me perdoa Cris. - as pessoas começaram a aproximar para ver se estava tudo bem.

Desconhecido: está tudo bem aí? - um moço perguntou.

Gab: mas ou menos, eu acho que terei que levar ela ao hospital, ela bateu a cabeça no vidro e está sangrando.

Eu: eu estou bem, só preciso de fazer um curativo.

Gab: tem certeza? - ele estava preocupado.

Eu: sim tenho.

Gab: está bem. - ele ligou o carro e estacionou o carro em frente do prédio do apartamento dele, ele desceu, abriu a porta do meu lado e me carregou, da para acreditar?

Eu: Gab me coloca no chão. - ri. - eu bati com a cabeça e não com os pés, braços, ou corpo.

Gab: nada disso. - ele continuou a andar. - a culpa foi minha e esse é minímo que eu posso fazer.

Eu: a culpa não foi sua Gab. - de repente ele ficou com uma cara triste, chegamos ele me colocou no sofá.

Gab: eu vou buscar o kit de primeiro socorro e já volto. - ele foi rápido e voltou num piscar de olhos. - pronto aqui está.

Eu: Gab..

Gab: eu preciso que você fique quieta, isso vai doer. - ele molhou o algodão com um pouco de alcool.

Eu: Gap pará, olha pra mim. - o impedi que continuasse. - a culpa disso não é sua, eu é que insisti em discutir com você me perdoa.

Gab: Cristina isso não é verdade...

Eu: hei.. - coloquei o meu dedo no seu lábio, impedindo ele de falar. - passou. - ele assentiu e colocou o algodão na minha ferida. - Aíii . - gritei.

Gab: calma, já já passa está bom? - ele limpou o sangue com algodão, me fez um curativo. - passou?

Eu: sim, obrigada. - ele levantou e deitou os algodões sujos e foi guardar o Kit de Socorro.

Gab: esta com fome?

Eu: estou morrendo de fome.

Gab: eu ia estranhar se você dissesse que não. - rimos.

Eu: idiota. - ri.

Gab: eu encomendei pizza.

Eu: você me convida para almoçar e você encomenda pizza?? Sério? - fingi estar brava.

Gab: para com isso, eu sei que você ama pizza. - rimos.

Eu: tem razão eu amo pizza. - ri. - mas tem algo que eu amo mais que pizza...

Gab: tem?

Eu: claro que tem.

Gab: posso saber o que é que você ama mais que pizza?

Eu: é um segredo só meu- a campainha tocou e ainda bem, eu nem sei  porquê o provoquei, eu acabaria dizendo que é ele que eu amo mais que qualquer outra coisa no mundo .

Gab: eu vou abrir. - era o entregador de pizza, ele recebeu e colocou as pizzas na mesa. - o que você estava dizendo?

Eu: que eu estou morrendo de fome. - mudei de assunto, fui buscar os pratos, o refrigerante e os copos. - vamos comer.

Gab: está bem. - sentamos no chão e comemos.

Terminamos, estavamos sentados a descansar, porque comer é um trabalho muito cansativo, eu que o diga.

Gab: a loiça é toda sua. - ele sorriu.

Eu: nada disso, a loiça é nossa, levanta desse chão e me ajuda a tirar.

Gab: esta bem chefe. - ele debochou, levantou e me ajudou a tirar a loiça. Estavamos na cozinha a lavar a loiça. - Eu não acredito que você acabou duas caixas de pizza grande sozinha.

Eu: mentiroso! Você também comeu e você parecia um esfomeado.

Gab: eu parecia um esfomeado?

Eu: sim você Gabriel.

Gab: tem certeza disso. - ele colocou um pouco de espuma na mão.

Eu: haa não, Gab pará com isso. - comecei a correr pela casa.

Gab: eu vou pegar você Cris. - ele começou a correr atrás de mim.

Caí no sofá de costas e Gab caíu por cima de mim, nossos rostos estavam tão perto que eu conseguia sentir sua respiração.
Eu queria aquele momento, queria esquecer tudo, ele começou a me beijar cheio de desejo e paixão.

Gab: eu te amo Cristina. - ele falou sem sair de perto.

Eu: isso é errado. - falei baixo.

Gab: é errado nós ficarmos separados, isso sim.

Eu: eu sou sua irmã.

Gab: mas eu não acredito nisso. - ele sentou.

Eu: Gabriel eu sei que é dificil.

Gab: algo aqui dentro me diz que isso é mentira.

Eu: é melhor eu ir.

Gab: o que foi? Eu falei algo errado?

Eu: a Leila me disse que quanto mais rápido nós aceitarmos isso, menos nós  sofreremos . Eu preciso ir.

Gab: Cristina deixa eu te levar.

Eu: eu vou subir um táxi, não se preocupa.

Gab: Cristina o que aconteceu aqui..

Eu: é melhor esquecermos o que aconteceu aqui Gabriel, tchau. - peguei as minhas coisas e saí.

No amor e na dança Onde histórias criam vida. Descubra agora