Capitulo 13

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Olharam todos uns para os outros.
Minho pousou Alby e ajoelhou-se a seu lado tentando recuperar o fôlego.
Thomas apressou-se a ir para junto dos outros ajoelhando-se junto deles.
- O que é que aconteceu? - perguntou Thomas.
- O que aconteceu foi que o magoador fazia muito bem de morto...
- Ele foi picado...
Minho limitou-se a assentir com a cabeça.
Joana examinou-o de longe e depois de perto ajoelhando-se com os outros três.
Observou a cabeça de Alby e reparou numa grande lesão no lado esquerdo.
- A cabeça. O que aconteceu?- perguntou ela
- Fiz o que tinha de fazer...
Joana fitou-o demoradamente tentando perceber o que lhe ia na alma, mas o rapaz parecia um cofre.
Estava tão distraída com os seus pensamentos que quando deu por si estava a ajudar Thomas e Minho a carregar Alby para junto da porta. Conseguiram avançar uns bons cinco metros quando tiveram de parar para recuperar o fôlego.
Ocorreu por momentos a Joana que afinal aquilo não seria tão difícil, sendo que estava com Minho e que até ali ainda não tinham encontrado nenhum magoador.
E como se quem quer que os tivesse posto ali tivesse lido os seus pensamentos, ouviram ao longe um guincho agudo de metal.
Ficaram estáticos. Ninguém se mexeu. Minho parecia prestes a explodir. E acabou por o fazer.
- Assim não vai dar, temos de nos separar.
O rapaz agarra Joana pelo pulso e desata a correr labirinto a dentro.
- Thomas! - ela grita mas quando dá por si já não sabia de onde tinha vindo.
- Segue-me e corre como se a tua vida dependesse disso, porque depende.
Com um resmungo e rogando pragas ao rapaz ela começa a correr atrás dele.

Ela não sabe quanto tempo havia passado mas sabia que não tinha sido pouco. Talvez uma hora.
Faziam pausas de 5 minutos e continuavam a correr. Ela não falara com ele nem ele com ela.
Até que pararam pela quarta vez.
E ela não aguentou mais.
- Como foste capaz?
- Teve de ser. Não havia escolha.
-HÁ SEMPRE ESCOLHA.
- Houve, não me faças arrepender de te ter salvo a ti!! Lembra-te que ainda te posso deixar aqui e fugir como fiz com o Thomas!
Ele ia se aproximando a cada palavra aumentando o volume progressivamente.
Assim que acabou a frase estavam frente a frente e no ar ecoou um grito de puro terror.
Olharam os dois na direção de onde este provinha. Ela sabia bem quem era.
- Thomas. - sussurrou Minho começando a correr na direção do grito.
Joana segui-o.
Esquerda, direita, grande corredor, 2ª à esquerda, direita, esquerda, esquerda e pararam mesmo à beira da curva. Minho pôs a cabeça de fora e chamou-a.
Ela espreitou.
Thomas estava encurralado. Dois magoadores de um lado e um entre Minho e Joana e Thomas.
Ela pensou em fazer uma distração. Só tinha que durar tempo suficiente para Thomas passar por eles.
Ela ia começar a correr quando Minho a agarrou pelo pulso e abanou a cabeça.
Voltou então a concentrar-se no amigo encurralado.
E então ele fez o inesperado. Desatou a correr na direção do magoador mais próximo dela e de Minho. Ate a própria criatura pareceu estupefacta por momentos. Ele estava quase a embater contra o magoador quando mergulhou para o lado enganando-o. Começou a correr e assim que passou pela curva Minho puxou-o. Ele quase gritou do susto que apanhou.
- Corre.
E assim fizeram. Os três correram. Ela e Thomas a seguirem Minho para seja onde for.
Pouco depois Minho virou para um corredor não muito largo que acabava em nada. Ela aproximou-se e examinou. Era um precipício.
- Eu vi o que fizeste lá atrás. - começa Minho - O mergulho. Podemos usar isso agora. Assim que eles vierem a correr na nossa direção mergulhamos para o lado e deixamo-los cair.
Parecia um bom plano. Há vista de Joana, que se sentia completamente aterrorizada, era a melhor coisa que já tinha ouvido.
- Eu para a esquerda e vocês os dois para a direita. - ordenou Minho.
Não muito tempo depois, três magoadores alinharam-se no início do corredor. A respiração de Joana tornou-se ofegante e o coração acelerou de forma louca. Thomas olhou-a nos olhos e deu-lhe a mão.
- Eu puxo-te, vai correr tudo bem.
As palavras pareciam-lhe estranhas. Parecia que ele estava a tentar convencer-se a si próprio daquilo que dizia. Ela apertou-lhe a mão assim que o primeiro magoador começou a correr sendo imitado pelos outros dois.
- 1...
Eles estavam cada vez mais perto.
-2...
Estava quase.
-3!
Era agora ou nunca.
Sentiu Thomas a puxá-la para a direita. Saíram do caminho e para seu alívio o primeiro caiu, o segundo também não consegui parar a tempo mas o terceiro estava mesmo na borda a tentar equilibrar-se. Então ela fez algo que não sabia que ia ser capaz de fazer. Levantou-se do chão e deu um valente pontapé no magoador empurrando-o precipício abaixo.
Segui-o se uma pequena pausa enquanto observavam os magoadores desaparecer.
- Esta sim é a minha melhor amiga. -exclamou Minho com um esgar propositadamente irritante.
Ela limitou-se a revirar os olhos e a dar uma leve gargalhada.
Mas a felicidade não durou muito, pois a realidade voltou para a assombrar. Lembrou-se de tudo e caiu no chão a chorar. Thomas fazia o mesmo. E nenhum deles queria saber. Só queriam deitar tudo fora.

As horas passaram e a ténue luz da manhã começou a aparecer. Tinham conseguido. Eles tinham conseguido sobreviver uma noite no RAIO do labirinto!
Olharam uns para os outros.
-Nós conseguimos. Nós conseguimos! - exclamou Minho de alegria.
Levantaram-se com os músculos a arder e cheios de dores. Mal se conseguiam mexer mas não iam ficar ali nem mais um segundo que fosse.
Portanto correram de volta. Ainda iam ao fundo do corredor que levava à porta quando observaram esta a abrir-se. Atrás dela encontravam-se todos os clareirenses, com Newt e Chuck à frente. Ver os amigos fez Joana esquecer a dor.
Assim que os viram correram para o labirinto ao encontro dos três sobreviventes.
Newt veio ao seu encontro, colocando as mãos nos seus ombros olhando-a como se não acreditasse no que via.
- Estás viva...
- Yup ainda não é desta que te livras de mim.
Ele riu-se e fez algo de que ela não estava à espera. Abraçou-a.
Joana sentia-se demasiado cansada para barafustar e abraçou-o de volta.
O momento parecia não ter fim.
-Newt! - alguém chamou. Ele largou-a e ela desejou imediatamente que ele voltasse.
Ele olhou-a mais uma vez e virou costas.

Ao que parece, Thomas prendeu o Alby na parede pelas trepadeiras e agora Jeff e outro clareirense que ela não conhecia estão a tirá-lo de lá. Newt obviamente ficou a ajudar.
Então ela, Minho e Thomas seguiram com Clint para a Herdade para tratarem das feridas e para poderem finalmente dormir.
Estavam todos demasiado cansados e ,consequentemente, sem disposição para falar.
Mas mesmos assim, a meio caminho ela quebrou o silêncio:
- Obrigada... Por me salvares...- disse baixinho fitando o chão.
Minho olhou-a demoradamente.
- Não tens de quê. - sorriu e finalmente chegaram à herdade.

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DESCULPEM!!!
A culpa é da escola!! Mas vou tentar escrever mais vezes!
Ainda bem que estão a gostar! Fico feliz por saber que alguém realmente gosta daquilo que escrevo :)
Por falar nisso:
Jominho
Ou
Jewt?
Estou curiosa...

No lugar erradoOnde histórias criam vida. Descubra agora