Daisy acorda cheia de dores. Não está habituada a fazer tanto esforço físico. Adormeceu no quarto de Catherine à espera que ela aparecesse. Não aconteceu.
Levanta-se lentamente, põe as mãos na cara cossando os olhos e depois espreguiça-se.
A bruxa estava com camisa de dormir. Era de seda e tinha renda, para variar, era preta.
Caminha em direção à casa de banho. Porém, ouve alguém a entrar no quarto. A figura era já conhecida. A rapariga que a salvou na tarde passada.- Posso?- pergunta Peyton.
- Claro.- responde sorrindo.
- Sou a Peyton!- estende a mão. Daisy recontribui apertando-a com a sua.- Irmã do Spencer.
- Já ouvi falar...- Daisy senta-se na cama.- Queria agradecer-te.
- Não precisas!- Peyton faz o mesmo que a rapariga.- O meu irmão é que causa imensos problemas. Desculpa...
- Não faz mal, acredita!
- Eu sei que ele é... Abusador.- baixa a cabeça.- Não sei a quem ele saiu, sinceramente.
Daisy nota a tristeza da rapariga ao falar assim do irmão.
- Eu sei que ele é simpático, Peyton.- tenta consolá-la.- Ele só precisa de perceber que não é à força que ele vai conseguir isso.
Peyton sorri. No entanto, os olhos dela estão molhados e a qualquer momento iam explodir em lágrimas.
Automaticamente, Daisy abraça-a sem perceber o porquê dela estar assim. Na sua vez, a loira abraça-a com mais força. Como era de esperar, ela chora.
Daisy sente-se bem por esta vampira abrir tanto os seus sentimentos mas sente-se também mal porque Peyton estava a chorar no seu ombro.
Daisy afasta-as e limpa-lhe as lágrimas.- Porquê que estás a chorar?- sorri.
- Ele arranja-nos tantos problemas.-limpa o canto do olho e gargalha.- Não tens noção.
- Nos?- pergunta.
- À nossa família! É uma das mais poderosas e conhecidas do Inferno!
- Do Inferno?!- arregala os olhos.- Que queres dizer com Inferno?
- Inferno... Nunca ouviste falar?
- Sim já! Mas o Inferno não é só para diabos e almas pecadoras?- Peyton riu-se ao ver a bruxa confusa.
- Não! Vocês na Terra têm uma visão totalmente errada sobre o Inferno! Eu explico.
As raparigas põem-se confortáveis na cama e a rapariga loira começa a contar tudo o que sabia sobre a sua terra-natal.
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Catherine devagar abre os olhos. Ouve vários pássaros a chilrear e uma brisa quente passava pelo braço descoberto dela. Com o mesmo braço bate algumas vezes na cama procurando o rapaz com quem adormeceu agarrada.
Desiste ao ver que estava sozinha na cama.- Bom dia.- ouve. Catherine levanta o tronco apoiando se num antebraço e olha para donde vinha a voz.
Peyton estava sentado na janela como na noite passada. Tinha o cabelo molhado e usava uma t-shirt cabeada na qual conseguia se ver os seus peitorais. A rapariga sorri ao vê-lo assim.- Bom dia.- responde alegremente. Ouve-se um leve riso do vampiro. Salta da janela para o chão e vai em direção a ela.
- Estás melhor?- senta-se na frente de Catherine e põe a sua mão no joelho coberto pelos lençóis.- Estavas sempre a mexer-te durante a noite.
- Tive um pesadelo...- diz coçando a cabeça.
- Eu sei. Também sei o que estavas a sonhar.- Catherine olha para ele desconfiada.
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Hot Hell
FanfictionE se duas amigas fossem parar a um submundo sem saber como isso aconteceu e ficarem pressas num castelo com vampiros viciados no prazer humano? E se esse prazer se torna também algo mais forte? Descobre a aventura de Catherine e Daisy no hotel Hot H...