Hot Hell

What's the matter?

Os joelhos de Daisy ainda não pararam de sangrar. Sempre que dava mais um passo, mais uma gota de sangue saía. As suas canelas estavam igualmente sujas.
Entrou dentro da floresta e agora não consegue sair. Será que a floresta é assim tão grande para uma rapariga se perder? Sim. Um floresta cheia de criaturas malignas que têm fome e detetam uma presa a quilómetros. Ela não está segura.
A visão da rapariga estava fraca. Para além de ver apenas árvores altas e terra, a escuridão da noite não a permitia ver mais do que não estivesse a um metro de distância dela.
Ao ver uma raiz alta de uma árvore, ela salta mas, com falta de equilíbrio, caí no chão.
Fica deitada a recuperar. As suas forças não a deixavam levantar. Fecha os olhos com a dor. Pensa na estupidez que fez em seguir Cameron, sem saber o que ele vinha cá fazer. Quer dizer, esta floresta deve ser a casa dele e ele tem todo o direito de vir ver a sua família e amigos. "Será que ele tem família?" pergunta para si própria.
Nos seus pensamentos, Daisy é atingida pela fraqueza, secalhar pela perda de sangue, e em milésimos de segundo, adormece.

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Peyton estava novamente na biblioteca à procura do prometido à Catherine. Sente-se irritado por não encontrar nada. Milhares de livros e nenhum deles tem o que ele precisa.

- Olá, Court.-diz ao sentir a presença da vampira.

- Ainda à procura de algo que não existe?- a rapariga estava encostada a uma estante, de braços cruzados e com a perna direita dubrada.

- Existe.- diz sem tirar os olhos no livro que tinha nas mãos.- Eu já vi a acontecer. Por isso, existe.

- Estás a ser ridículo.- encosta a cabeça a uma prateleira.- Tudo por causa de uma humanazinha.

- Catherine.- fecha o livro bruscamente.- Qual é o teu problema?

- O meu nenhum. Já o teu.-olha para Peyton.

- Não sei do que estás a falar.

- Será que não?- desencosta-se.

- Não.- ele sabe exatamente o que ela quer dizer mas, sendo o vampiro-mor não se podia rebaixar a ela.

Sem a deixar responder, passa por ela e salta por cima do corrimão do segundo andar da biblioteca, cai firme no chão. A rapariga de olhos azuis faz o mesmo.

- Estás a gozar?!- ela segue o rapaz que se dirige para outra estante.- Agora não falas? Podes dizer, já toda a gente sabe! Também não é difícil não saber! Ela desde que chegou aqui está sempre metida no teu quarto!- o seu tom de voz aumenta.- Desembucha! Já toda a gente sabe que ela dorme na mesma cama que tu! Mais um pouco e não é só domir!- ao ver que o ele não lhe dava qualquer tipo de atenção, disse entre dentes.- Devias ter vergonha... Desceres ao nível dela...

Calou-se ao ser agarrada pelo pescoço. Os olhos de Peyton atingiram a famosa cor encarnada. Empurra-a contra a estante, deixando cair alguns livros. Ela passou os últimos quatro dias a falar assim para ele. A arrogância dela deixava-o irritado. Ela não tinha razão nenhuma para falar dessa maneira a ele, e mesmo que tivesse não tinha o direito de o fazer.
A rapariga tentava tirar a mão que a estrangulava lentamente, mas em vão.

- Não fales assim dela!- sente-se raiva na maneira como ele falava.- Não a conheces! Aliás esse assunto é entre mim e ela! Não tens de te meter nos meus assuntos e se continuas com esse comportamento de merda, mando-te para o Inferno, ouviste?- empurra-a novamente e aperta mais um pouco a mão. Via-se o sofrimento na cara da vampira.

Ela acentiu e é largada, caindo no chão de joelhos. A respiração dela estava ofulgante e o seu pescoço doía-lhe.
Peyton ficou a observar a amiga a recuperar. Arregalou os olhos ao ver o que acabara de fazer. Ele não é violento, muito pelo contrário. Mas a raiva apoderou-se dele ao ouvir Courtney a falar assim de Catherine. Mesmo assim, não era razão para ter feito o que fez. Dobra as pernas, ficando ao mesmo nível da rapariga.