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— Este é o meu momento. Você terá o seu... em breve. — disse o homem trajado com seu sobretudo negro e vestindo, na cabeça, um chapéu da mesma cor, para o rapaz pálido que jazia no colchão, no canto da sala da caverna gotejante.

Resoluto ele virou-se, fazendo o sobretudo girar teatralmente, como a capa de um vilão no prelúdio triunfante de seu derradeiro ato de maldade. O mocinho da história, porém, jazia em coma no colchão da cova do inimigo, que por sua vez, saía do túmulo de alguém para a noite fria do último dia do ano de 2010.

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