2 - Parte I

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Hello Dear PettieS

Aqui o capítulo 2 - PARTE I de GUARDIÃO DE NETUNO

Chegou um momento muito importante para a nossa princesa VAER.

O QUE SERÁ HEM?

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Capítulo 2 - PARTE I : VAER 

O TESTE DE SANGUE

Eu deveria passar por isso.

Sim, eu deveria e esse momento, tão importante na minha vida, havia chegado.

Na verdade eu era uma vampira de espécie molecular e a mim seria me acrescentado plenos poderes ou não.

No entanto, nessa noite seria comprovado isso.

O meu avô Vincent estava na sala principal, junto com o meu pai, a minha mãe e Enzo. Eu cheguei à sala logo depois, segurando os meus dedos das mãos. Porque essas foram às partes do meu corpo mais acessíveis em razão de mim naquele momento tão desesperador.

Eu tinha doze anos e havia me tornado uma adolescente de uma maneira geral. A minha fisionomia retratava esse período da minha vida. O meu rosto estava se modificando, me levando para a fase púbere. Os meus seios estavam como dois caroços de alguma fruta com o seu interior empedrado.

-Vaer, venha até aqui querida!

O meu avô expôs e estendeu o braço direito na minha direção. O seu sorriso apontou alguns segundos mais tarde, enquanto eu permaneci caminhando no sentido dele. O meu ser estava assolado na ocasião em que eu trazia em minha mente o peso da revelação naquela noite. Após o teste que me identificaria como forte ou fraca em nossa casta de vampiros.

Eu sabia que todos ali torciam secretamente para que o teste me classificasse como forte.

Mas eu também desejava isso no fundo do meu ser. Ou eu estaria condenada a ter um guardião para o resto da minha vida.

E isso não queria.

De que me adiantaria ser filha de vampiros e não ter plenos poderes para alegar isso?

Talvez eu preferisse não ter nascido e passar por essa humilhação, caso isso acontecesse realmente naquela noite.

-Querida, não fique assustada.

A minha mãe proferiu, enquanto ela estava vestida dentro de um vestido longo na cor rubi. Ela estava linda como sempre. A minha mãe tinha centenas de anos e estava como uma jovem de dezenove anos. A sua pele, os seus longos cabelos negros, nada haviam alterado em seu corpo através dos séculos.

-Isso é apenas um teste minha filha.

Continuou afirmando, tentando me deixar mais relaxada. Eu acreditei que isso não funcionou porque a minha resposta foi contraditória a tudo que ela disse segundos atrás.

-Esse teste irá decidir o meu destino mãe.

Olhei para o rosto de cada um ali e me senti uma princesa vampira idiota dentro de um vestido luxuoso de princesa, na cor berinjela.

Havia uma tiara de pedrarias escuras no alto da minha cabeça. A minha mãe também usava uma que era muito mais ornamentada que a minha. Porém a tiara dela honrava a sua dona, mas a minha tiara não tinha fundamento. Eu não deveria carregar uma tiara de diamantes, se o meu sangue acusasse azul.

-Depois desse teste, vocês saberão que espécie molecular eu sou... - Pausei. -... Se simplesmente eu sou fraca ou forte.

Olhei para baixo e parei diante do meu avô. Eu desejava ser como ele. Tão forte e corajosa para decidir tudo na minha vida. Decidir o meu futuro e o que fazer dele.

Mas não, eu sempre estava submetida às ordens do meu avô-mestre, pai e mãe. Eles sempre decidiam tudo na minha existência e a minha mãe resolvia até que roupa eu deveria usar e qual penteado fazer a cada dia. Eu não me sentia dona de mim mesma. Eu me sentia uma boneca que deveria receber cuidados específicos.

-Vaer, não importa o que o seu teste acusar essa noite. – O meu pai afirmou, deitando as suas mãos grandes nos meus ombros e se acercando a mim com todo zelo.

-Você sempre será a nossa querida filha, independente das suas habilidades.

-Sim, querida.

Minha mãe reforçou e se uniu a nós. Ela tocou um lado da minha face e tentou ajeitar uma mexa do meu cabelo escuro que veio para frente do meu rosto. Assim desordenando a minha arrumação para aquela cerimônia que era esperada desde quando eu passei a existir após ter dado adeus ao ventre apertado da minha mãe.

-Nós te amamos muito, independente se a cor do seu sangue será azul ou vermelho.

Eu fiquei em silêncio e Enzo olhou nas minhas costas. Ele percebia que eu estava infeliz naquela ocasião. Talvez ele pudesse compreender o que eu realmente estava sentindo, mas eu não conseguia dizer e colocar para fora todos os meus medos que não estavam ainda findados dentro de mim. Eu nunca conseguia detê-los.

-Vamos iniciar o teste.

Vincent ordenou e assim o meu pai e a minha mãe se afastaram de mim e abriram caminho para que eu pudesse dar mais um passo e parar na frente do mestre dos vampiros.


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