1

162 24 15
                                    

Atenção:

I - É a primeira fanfic que escrevo que é realmente gay e posto, então não sei se vou me dar bem. Não será uma fanfic longa. Ah, e nessa fanfic todos os meninos tem a mesma idade, exceto pelo Zayn, que repetiu seu último ano.

II - não espere encontrar nada fofinho, mundo colorido ou coisas do tipo daddy etc, é uma fanfic inspirada em fatos reais, não tem isso.

III - apesar deles ainda estudarem, não é apenas uma fanfic colegial.

IV - sim, terá os outros meninos, mas o foco será mais no Zayn e Liam, já que são os principais da história.

V - críticas construtivas são bem vindas, se você souber como dá-las sem ser rude.

VI - todos os direitos reservados são meus, plágio é crime.

E não se esqueçam de sempre votar e comentar caso estejam acompanhando. Isso é mais que importante para mim.

Os primeiros capítulos serão mais curtos que os outros devido a eu não ser do tipo que joga a informação sobre tudo "casalzinho fica junto no primeiro dia", coisas assim. Não ficarão enormes (irei tentar), mas serão de um tamanho considerável.

Apenas isso. Beijo no coração e boa leitura.

xoxo titia K.

_________

Zayn:



Deslizo minhas costas pela parede suja da esquina, com o olhar cada vez mais vazio dirigido as rachaduras da parede do beco a minha frente, sem dar a mínima para me sujar ou parecer um mendigo. Já me sinto sujo de qualquer maneira.

É a quarta vez que faço isso esse mês, exatamente na mesma posição ao lado das caçambas de lixo, parecendo querer me juntar a elas, já que me sinto como se fizesse parte.

Se eu fumasse, já estaria no meu segundo maço de cigarros, só para tentar tirar esse estresse de mim. Tentar tirar o que sou e o que sinto, exatamente como meus pais fazem.

Faz exatamente 97 dias que decidi contar aos meus pais que não conseguia gostar de ninguém como meus amigos geralmente faziam.

Eles riram de mim e haviam dito que eu apenas tinha dezenove, era novo demais para me interessar de verdade por alguma garota, que isso era mais que o normal, o amor não vem na mesma idade para todos.

Há exatamente 95 dias atrás, beijei um garoto e, logo depois, beijei uma garota, pois não conseguia acreditar que senti algo com um garoto, quando não sentia nada quando tocava uma garota. Eu fiz a mesma coisa mais duas vezes naquele dia, com pessoas diferentes, me sentindo sujo e errado enquanto comprovava o que eu temia, eu me xingava mentalmente por não beber e não ter algo para culpar diante do que estava sentindo. Não tinha ilusão da bebida, apenas o véu da realidade pairando sobre meus pensamentos.

E, há 95 dias sou obrigado a ir à um psicólogo, como se ser gay fosse algum tipo de doença ou distúrbio mental.

Não sei o que estava pensando quando contei isso para meus pais, mas agora apenas eles, minha psicóloga e meu melhor amigo sabem, e continuam a me privar de falar sobre isso, como se não fosse minha própria vida.

Ambos agiram como se eu precisasse mesmo me curar disto, deixar de gostar do que realmente gosto para ser o que a sociedade quer que eu seja.

Na verdade, essa não foi bem a reação do meu amigo, ele apenas parecia mais indiferente a mim, e quando esquecia que sou um "viadinho de merda" como meu pai me disse, voltava a me tratar como antes, porém quando lembrava-se, fazia de tudo para se manter afastado de mim, mesmo quando éramos obrigados a ficar juntos por conta de algum trabalho ou nossos pais.

Isso é tão hipócrita! Todos são uns hipócritas do caralho, e estou no meio deles.

Chuto os sacos quando me levanto, meia hora depois, esfregando meu rosto com as palmas da mão fortemente, tentando me manter acordado já que todo o estresse apenas me tira o sono e me faz querer me odiar a cada dia que se passa.

Não era suposto alguém me apoiar e tentar me ajudar a passar por essa merda? Porque eu sinto como se estivesse cada vez mais sozinho.

Caminho lentamente durante uma hora seguida, sentindo minhas pernas arderem quando finalmente chego em casa, fingindo ser como eles achavam que eu era antes. Fingindo ser o que não sou para os fazer feliz: seu filho querido e que dormia com garotas, apenas com garotas.

Fingindo ser o filho que não se importava de fazer o que os pediam para ser aceito por eles, mesmo que não fosse o que ele realmente é; Fingindo não estar cada dia mais despedaçado por dentro enquanto abraça uma nova garota a cada semana, como se realmente gostasse e ela fosse a cura para a doença que eles o juravam ter, mesmo que quebrasse seu coração depois.

Fingindo, fingindo e fingindo, até esquecer minha verdadeira essência, quem realmente sou.

I Won't Mind (Ziam)Onde histórias criam vida. Descubra agora