Josh está a prestes a empurrar a bandeja de volta quando lembra da tatuagem. Primeiro olha por sobre o ombro, caso Marcus tenha voltado, e então se apressa, abrindo mais o zíper do saco e mexendo na roupa para conseguir ver o antebraço do morto. E lá está ela, exatamente como Lanny disse que seria: duas esferas interligadas com as caudas se cruzando em direções opostas, e os pontos se parecem em tamanho, na qualidade do trabalho manual e até no traço tremido da linha.
Refazendo seus passos pelos corredores vazios até a ala de emergência, Josh se debate com a confusão de seus pensamentos que são, na maior parte, perguntas. São como matéria e antimatéria, um anulando o outro, duas verdades que não podem coexistir. Ele sabe o que presenciou na sala de emergência quando viu a garota se cortar; seria impossível, mas aconteceu. Ele tocara no torso dela, antes e depois do corte, então sabe que não foi um truque. Mas o que viu não poderia ter acontecido, não da maneira como ele viu. A não ser que ela esteja falando a verdade. E agora tem um homem lindo no necrotério, e as tatuagens... Ele tem a sensação de que precisa ouvi-la e deixar-se levar, para variar. Mas ele é teimoso, afinal é um homem da ciência; não está a ponto de jogar para o alto tudo o que sabe ser fato. De qualquer forma, está curioso para saber mais.
O médico passa correndo pela porta do consultório da sala de emergência, a energia e o nervosismo dentro do peito como vaga-lumes dentro de uma garrafa, para encontrar a prisioneira acomodada na maca, sob o brilho da fresta de luz. "Ela poderia ser um anjo excomungado", Josh pensa, "as asas cortadas". Lanny olha avidamente para ele.
— Então, você o viu? Ele não era tudo o que eu disse que seria?
Josh concorda. Uma beleza assim é a própria droga. Ele passa a mão pelo rosto, respira fundo.
— Então agora você compreende — Lanny disse solenemente. — E, se acredita em mim, Josh, me ajude. Me desamarre — ela pediu, curvando as costas e mostrando as amarras, seu rosto meigo e infantil virado para ele. — Preciso que você me ajude a fugir.
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Bom, capitulo bem pequeno mas é só pra continuar a contar a história da Lanny. Ah e sobre o Harry estar morto: sim ele está, mas por favor não parem de ler, enquanto ela conta a história, ele ta bem vivo e vocês vão esquecer disso. Eu já tinha programado toda essa fic antes de começar a escrever então é isso. Desculpa e peço por favor não parem de ler. <3
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Immortalized | H.S
FanfictionQuase toda pessoa que conheceu Harry tentou possuí-lo. Esta era sua maldição, e a maldição de todos aqueles que o amaram. No entanto, era como estar apaixonado pelo Sol: brilhante e inebriante quando perto, mas impossível de mantê-lo só para si. De...