sábado cinematográfico

446 51 1
                                    

Depois da declaração hiper fofis do meu amooorrrr
( que viajou sexta à noite pra casa de uma tal tia Marina  pq ia pregar na igreja dela e só voltava domingo 10:00 da manhã) , fui pra casa ontem às 12:00 (am), com a minha mãe e fiquei o dia todo vendo coraçõezinhos voando por aí...
Feliz de mais...lindo de mais...bom de mais pra ser verdade...
Então veio O sábado.
eu acordei e a minha mãe não estava, nem deixou recado, mas eu ví um cartão da "MAYA arquitetura e edificações " acho que... voottt... tinha esse logotipo no carro do Cyrus.  Será que minha mãe? não, o que é que ela ia fazer lá?!
isso tá estranho...
fiz minhas higienes, tão preocupada que nem comi ( é Brasil, eu NÃO comi, pasmem! )
então eu fui pra casa da minha avó passei o dia todo (aí eu comi kkk) , na hora que acabamos de  jantar (7:00 pq eles dormem cedo)  tava todo mundo muito esquisito comigo... então tomei coragem e perguntei:

- Vocês tão  quietos de mais...
tão sabendo de alguma coisa que eu não Tô?

meus avós se entreolham,  aí tem...

- Não...- dona Margareth, dando resposta curta?! cuida Brasil, o negócio é sério!

- Filha...- meu avô começa e  exita com o olhar fuzilador de dona Margareth, mas continua, infrentando-a. - Vejo que agora é uma moça crescida, e desde aquela conversa, há 5 meses, prometi falar a verdade - é, ele prometeu mesmo...- então preciso lhe contar algo.

- A mãe dela Nao quer!- minha vó interrompeu.

- Se ela continuar nutrindo esse ódio, o inimigo sempre terá uma brecha na vida dela para a puxar pra baixo de novo! - ele disse e ela concordou.

-É sobre seu pai.

Quando ele disse isso, meu coração gelou, estilhaçou em mil pedaços,  Deus como isso dói...

Eu fugi da sala, sinceramente não! não
queria ouvir.

- Desculpa tenho que ir, eu disse com a voz embargada e olhos tão cheios de lágrimas que uma delas conseguiu escapar me fazendo sair apressadamente.

seguimos então pra casa, eu , meu skate e um monte de lágrimas das quais larguei algumas pelo caminho.
chegando na rua de casa, resolvi andar pela calçada (porque chorando eu não ia  ver se um carro estava vindo na minha direção e eu não quero morrer)
então comecei a escutar uma discussão :

-Você não tem direito algum de ver a Liza! você a abandonou antes mesmo de vê-la nascer!

- Eu tinha 18 anos! acha que era meu sonho ser pai tão cedo?! eu estava apavorado! 

- E eu? parou pra se perguntar como eu estava?
nunca apareça aqui de novo! NUNCA!

abri a porta num baque ao mesmo tempo que uma frase me paralisou:

- A Liza também é MINHA FILHA!

Os presentes na sala se viraram para a porta e se deparam com uma adolescente em cacos a fitar  aquele que dizia ser seu pai...

- Liza...eu- ele diz num tom quase inaudível, ela o olha dentro dos olhos, e sai em silêncio para a rua de novo com o skate antes mesmo de ele ter qualquer reação,  e Anna permanece em choque ao olhar a porta , com  a boca  aberta.

Para Cyrus o silêncio de Liza ao vê-lo  foi pior que um tapa na cara.

 Deus E Eu...Onde histórias criam vida. Descubra agora