"Você só se acha forte até encarar seu pior medo de frente."
de manhã eu recebi um telefonema da pastora que iria ter um almoço na na casa dela e ela me chamou pra ir, minha, mãe estava trabalhando e só voltaria à noite, então aceitei, e liguei para dona Anna:
- Mãe minha linda, rainha, Diva poderosa!
- É quanto? (risos)
- Credo Baiana, só Vale te chamar assim quando tem dinheiro envolvido é?
-Não baiana metida a americana.
- É que eu vou passar a tarde na casa da pastora viu?
- tá. te amo filhinha.
- Filhinha? !
- É uai.
(risos )
- Tá MAINHA .
( risos)Chegando lá na pastora estavam todos no quintal e lucas todo sujo de farinha de trigo.
- Nossa, voçê tá hilário Nadabe.
Surpreendi ele que estava de costas.
- Vingança né de Deus não irmã! ( risos )
- Tá fazendo o quê pra nós?
- Como seu futuro noivo
(ouvir isso me fez estremecer) é um rapaz prendado, dentre os meus inúmeros talentos culinários, eu estava fazendo minha especialidade: untando a fôrma pra Lu.- Ou seja, tu não cozinha nada. ( risos)
- Que isso irmã?! - ele fez cara de ofendido, e veio pra cima de mim querendo me sujar de farinha, Eu corri pro quintal.
- Não foi tu que disse que vingança não é de Deus? - eu disse
- Traído pelas próprias palavras. - ele sorriu me abraçando e sujou a ponta do meu nariz e beijou minha testa, minhas mãos gelaram.
-NADABEEEEE!!!!!!
Cadê a fôrmaaaa???!!!
Ah tá aqui.-Luíza...- ele disse rindo, me soltando (graças a Deus)
O dia foi se passando, eu tive que lavar a louça do almoço com Lucas, que só fazia era secar e guardar ( deixou o trabalho pra mim né Nadabe? kkk )
depois, às 4:37 da tarde desabou a chover, até que ela deu uma pequena trégua às 7:00 daí eu falei:- Nadabe, me leva em casa?
- Já quer ir amor? - meu Deus toda vez que ele me chama de amor parece que minhas bochechas são feitas de brasa...
- É porque tá chovendo se ela ficar mais forte vai demorar passar aí fica tarde pra ir pra casa e tua sogra me mata (risos)
- Tá.
A chuva era persistente mas saímos assim mesmo, Lucas estava muito concentrado em dirigir porque o vidro do carro estava embaçado, eu me manti calada para não atrapalhar.... ele às vezes apertava os olhos pra enxergar o caminho melhor. .. Senhor amado... até preocupado ele fica lindo...
Enquanto isso... Anna no caminho de casa em seu carro.
- Meu PAI, quando eu saí do restaurante a chuva não tava tão forte... misericórdia...
Dá nem pra ver a estrada direito...Um caminhão em alta velocidade vindo em sua direção.
- NADADABEEEE!!!!! eu grito desesperada quando meu amor joga o carro para o acostamento... essa foi por pouco! tadinho do meu mô gente! tá até branco (como se fosse possível isso ficar mais branco...)
Que livramento Deus nos deu !
ele olha assustado pra mim :- PRINCESA! Ce ta bem ?!-
faço que sim com a cabeça e o abraço. Ele respira aliviado...- Eu acho que o caminhão levou meu retrovisor...- ele disse ainda me abraçando, em choque.
Após o susto continuamos a viagem, até um trecho onde houve um ... capotamento!
o Carro... É IGUAL O DA MINHA MÃE!
policiais em toda parte interditado uma das faixas e vários carros voltando da estrada no maravilhoso ( Pra não dizer caótico) trânsito de São Paulo .Uma onda de pavor começa a me invadir, sem pensar muito eu desco do carro ( que parece estar parado de tão absurdamente baixa a velocidade que o trânsito nos permite) e vou até a cena do acidente, ignorado Lucas a chamar meu nome.
- O que aconteceu?- pergunto com a voz falhando a um alto e forte policial negro que está parado lá.
- O capotamento foi causado em consequência da pista molhada, e da chuva forte (que não parou até ali, já que todos estavam ensopados )
a motorista perdeu o controle e capotou.-A MOTORISTA? - as lágrimas já se misturavam com a chuva intensa que batia no meu rosto.
- Sim. Foi identificada como Anna Vieira dos Santos, ela e
foi levada para o hospital.- Ela é... minha...mãe - disse com soluços entre os intervalos das palavras.
- Eu sinto muito moça.
-LIZ?! LIZ O QUE HOUVE?! PORQUE VOCÊ TÁ ASSIM?
Eu só conseguia chorar e abrraçar Lucas que ignorou o guarda de trânsito que ameaçava lhe dar uma multa gigante por causa do carro parado no meio da estrada, e veio correndo ne me abraçar, ja que caí ajoelhada no chão aos prantos, quanto mais eu o apertava contra mim mesma na esperança de isso ser só um pesadelo, na esperança de ele fazer a dor passar... mais parecia que tinha um buraco dentro de mim.
- O hospital... Te-tenho que ir...para..minha mãe Tá lá...o hospi-tal
Eu chorava e tentava falar pra ele, mas as palavras fugiram e essa dor... tão grande que chega a fazer tremer o corpo inteiro.
Ele entendeu.
Me abraçou ainda mais forte. Eu o ouvia soluçar.
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Deus E Eu...
RomanceDepois de ter passado por vários traumas ainda na infância, Liza se torna uma jovem rebelde e fechada. Todos a veem como uma adolescente comum e nem desconfiam do que se passa dentro do seu coração, até que um dia , numa tentativa desesperada de pôr...