25-Acidente

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"Você só se acha forte até encarar seu pior medo de frente."

de manhã eu recebi um telefonema da pastora que iria ter um almoço na na casa dela e ela me chamou pra ir, minha, mãe estava trabalhando e só voltaria à noite, então aceitei, e liguei para dona Anna:

- Mãe minha linda, rainha,  Diva poderosa!

- É quanto? (risos)

- Credo Baiana, só Vale te chamar assim quando tem dinheiro envolvido é?

-Não baiana metida a americana.

- É que eu vou passar a tarde na casa da pastora viu?

- tá.  te amo filhinha.

- Filhinha? !

- É uai.

(risos )

- Tá MAINHA .
( risos)

Chegando lá na pastora estavam todos no quintal e lucas todo sujo de farinha de trigo.

- Nossa, voçê tá hilário Nadabe.

Surpreendi ele que estava de costas.

- Vingança né de Deus não irmã! ( risos )

- Tá fazendo o quê pra nós?

- Como seu futuro noivo
(ouvir isso me fez estremecer) é um rapaz prendado, dentre os meus inúmeros talentos culinários, eu estava fazendo minha especialidade: untando a fôrma pra Lu.

- Ou seja, tu não cozinha nada. ( risos)

- Que isso irmã?! - ele fez cara de ofendido, e veio pra cima de mim querendo me sujar de farinha, Eu corri pro quintal.

- Não foi tu que disse que vingança não é de Deus? - eu disse 

- Traído pelas próprias palavras. - ele sorriu me abraçando  e sujou a ponta do meu nariz e beijou minha testa, minhas mãos gelaram.

-NADABEEEEE!!!!!!
Cadê a fôrmaaaa???!!!
 
Ah tá aqui.

-Luíza...- ele disse rindo, me soltando (graças a Deus)

O dia foi se passando,  eu tive que lavar a louça do almoço com Lucas, que só fazia era secar e guardar ( deixou o trabalho pra mim né Nadabe? kkk )
depois, às 4:37 da tarde desabou a chover, até que ela deu uma pequena trégua às 7:00 daí eu falei:

- Nadabe, me leva em casa?

- Já quer ir amor? - meu Deus toda vez que ele me chama de amor parece que minhas bochechas são feitas de brasa...

- É porque tá chovendo se ela ficar mais forte vai demorar passar aí fica tarde pra ir pra casa e tua sogra me mata (risos)

- Tá.

A chuva era persistente mas saímos assim mesmo, Lucas estava muito concentrado em dirigir porque o vidro do carro estava embaçado, eu me manti calada para não atrapalhar.... ele às vezes apertava os olhos pra enxergar o caminho melhor. .. Senhor amado... até preocupado ele fica lindo...

Enquanto isso... Anna no caminho de casa em seu carro.

- Meu PAI, quando eu saí do restaurante  a chuva não tava tão forte... misericórdia...
Dá nem pra ver a estrada direito...

Um caminhão em alta velocidade vindo em sua direção.

- NADADABEEEE!!!!! eu grito desesperada quando meu amor joga o carro para o acostamento... essa foi por pouco!  tadinho do meu mô gente! tá até branco (como se fosse possível isso ficar mais branco...)
Que livramento Deus nos deu !
ele olha assustado pra mim :

- PRINCESA!  Ce ta bem ?!-
faço que sim com a cabeça e o abraço. Ele respira aliviado...

- Eu acho que o caminhão levou meu retrovisor...- ele disse ainda me abraçando, em choque.

Após o susto continuamos a viagem, até um trecho onde houve um ... capotamento!
o Carro... É  IGUAL  O DA MINHA MÃE!
policiais em toda parte interditado uma das faixas e vários carros voltando da estrada no maravilhoso ( Pra não dizer caótico)  trânsito de São Paulo .

Uma onda de pavor começa a me invadir, sem pensar muito eu desco do carro ( que parece estar parado de tão absurdamente baixa a velocidade que o trânsito nos permite) e vou até a cena do acidente, ignorado Lucas a chamar meu nome.

- O que aconteceu?- pergunto com a voz falhando a um alto e forte policial negro que está parado lá.

- O capotamento foi causado em consequência da pista molhada, e da chuva forte (que não parou até ali, já que todos estavam ensopados )
a motorista perdeu o controle e capotou.

-A MOTORISTA? - as  lágrimas já se misturavam com a chuva intensa que batia no meu rosto.

- Sim. Foi identificada como Anna Vieira dos Santos, ela e
foi levada para o hospital.

- Ela é... minha...mãe  - disse com soluços entre os intervalos das palavras.

- Eu sinto muito moça.

-LIZ?! LIZ O QUE HOUVE?! PORQUE VOCÊ TÁ ASSIM?

Eu só conseguia chorar e abrraçar Lucas que ignorou o guarda de trânsito que ameaçava lhe dar uma multa gigante por causa do carro parado no meio da estrada, e veio correndo ne me abraçar, ja que caí ajoelhada no chão aos prantos, quanto mais eu o apertava contra mim mesma na esperança de isso ser só um pesadelo, na esperança de ele fazer a dor passar... mais parecia que tinha um buraco dentro de mim.

- O hospital... Te-tenho que ir...para..minha mãe Tá lá...o hospi-tal

Eu chorava  e tentava falar pra ele, mas as palavras fugiram e essa dor...  tão grande que chega a  fazer tremer o corpo inteiro.

Ele entendeu.

Me abraçou ainda mais forte. Eu o ouvia soluçar.

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