Passou-se uma semana desde aquele dia, e eu e o Connor continuamos a falar todos os dias. Quem me dera poder ser da mesma turma dele. Temos a mesma idade, os mesmos níveis de notas, e gostamos muito um do outro, por que é que a distância tem de estar no meio? Não entendo, sinto me tão mal, mas enfim, o que interessa é que provavelmente eu e ele estaremos juntos. É um sábado, e eu vou ao supermercado com a minha mãe, só mesmo porque está chuva e eu amo chuva. Lembro-me de uma vez que tive uma namorada, e eu beijei-a à chuva, e salvei-a de ser atropelada. Eu gostava tanto dela, o seu nome era Andie, e eu amava os lábios dela nos meus, os seus olhos a olhar para os meus, tudo nela. Até ao santo dia, que a fui visitar, a mãe dela deixou-me entrar, e o que acontece quando entro no quarto dela? Vejo-a aos beijos com outro deitados na cama, eu não fiz mais nada a não ser fugir dali. Queria poder desaparecer. Queria poder não ir à escola para não a ver mais. Queria fazer de tudo e mais alguma coisa para me vingar, coisa que me arrependo imenso de nunca o ter feito, pois, ela mudou-se para Itália deixando-me aqui em Nova York. Mas enfim, já não há nada a fazer. Decido ir pedir à minha mãe para me comprar uma Coca-Cola, o que fiquei com bastante vergonha de ter feito, pois eu não falo muito com ela e além disso fica muito mal falar para pedir algo. Estava a desejar ir para casa, podia ver a chuva da janela do meu quarto, ler um livro, ouvir música, e falar com o Connor sem ser incomodado. Mas em vez disso, fui dar um passeio pelo supermercado.
Apanhei um grande susto, Jesus Cristo, choquei contra um rapaz que parecia imenso o Connor.
《Ahm... Connor?》murmurei envergonhado. O rapaz devia estar super confuso, estávamos ambos a olhar um para o outro. Deus, será que é mesmo o Connor? Parece-se tanto com ele.
《Hum... peço imensa desculpa, eu não estava a olhar para onde ia, peço desculpa. Mas... espera um pouco,》disse ele. Quero dizer-lhe diz-me o teu nome", mas ficaria mal. 《 tu chamaste-me Connor?》continuou ele.
《Ah, sim chamei, desculpa, é que te pareces tanto com um amigo meu que pensei...》 disse eu.
《Tens um amigo virtual que queres muito conhecer e pensaste que eu fosse ele por me parecer com ele, certo?》interrompeu-me ele.
《Oh wow, disto é que eu não esperava. Como é que sabes?》respondi.
《Calculei. Os jovens de hoje em dia são muito assim, sempre com amigos virtuais, mas entendo que as vezes, amigos virtuais sejam melhores que amigos que conheces pessoalmente.》disse ele muito corretamente.
《Se é que eu possa perguntar... mas quantos anos você tem?》perguntei envergonhada mente.
《Hey, trata-me por tu, só tenho 22 anos!》
《Desculpe. Quero dizer, desculpa.》disse eu.
《Assim está melhor.》
Momentos depois, ouço a minha mãe a chamar por mim para irmos embora, mas eu até que estava a gostar do tipo.
《Ahm... olha, eu tenho de ir, se quiseres dar-me o teu número ou assim, para podermos falar...》 disse eu.
《Ah sim!》
Ele escreveu o seu nome num pedaço de papel, e o seu número também. E assim, fui embora, com a minha Coca-Cola na mão ainda. Seguimos para casa no autocarro, trinta minutos ali, levando com velhos reformados que só pensam em sair e passear. Têm melhor vida que eu, sem dúvida disso.
Quando chego a casa vou tomar um duche, estou tão cansado. São apenas 14:16, o Connor ainda está a dormir provavelmente, ele normalmente acorda às 15:30, pois, ele chega a ir para cama às 04:00 da madrugada, então não é de admirar. Passado apenas 15 minutos, recebo uma mensagem dele.Connor Franta: Hey!! Tenho notícias!
Troye Sivan: Boas ou más?
Connor Franta: Muito boas até. Vais adorar, eu acho.
Troye Sivan: Desabafa. Estás a deixar-me preocupado!
Connor Franta: Bom, a minha mãe recebeu uma proposta de trabalho aí na tua cidade em Nova York, na próxima semana ela vai aí fazer uma entrevista, e se ela conseguir o trabalho, eu vou me mudar para aí e vamos ficar na mesma escola! E eu vou com ela para a entrevista mas obviamente vou ter contigo em vez de ir com ela para a entrevista, não iria lá fazer nada. É no sábado.
1...2...3... respira fundo, Troye, respira, calma... O CONNOR PROVAVELMENTE VEM PARA A MINHA CIDADE E MAIS, EU VOU ESTAR COM O CONNOR OH MEU DEUS, ESTOU TÃO FELIZ
Troye Sivan: O QUE? ESTÁS A GOZAR? OH MEU DEUS ESTOU TÃO FELIZ!!
Connor Franta: EU TAMBÉM!! VAMOS ESTAR JUNTOS!!
Troye Sivan: SIM!!!!!
O resto da nossa conversa foi praticamente aos berros. A felicidade era tanta, nem podia imaginar. Eu disse que provavelmente eu e ele estaremos juntos. Não posso acreditar. Eu vou estar com ele, finalmente vou poder abraça-lo. Finalmente poder estar nos braços dele. Tenho de me despachar, tenho de fazer algo para a semana passar mais depressa.
Na quarta-feira fui ao shopping com a Emily. Fomos ao Starbucks, e depois eu fui a uma loja comprar uma pulseira de The Hunger Games ao Connor, já que ele gosta tanto disso. Eu até que também gosto, mas morre tanta gente. Mas enfim, comprei um presente ao Connor para lhe dar no sábado. A Emily diz que quer ir comigo ver o Connor, o que é bom, eu queria que eles se conhecessem. Demos um passeio pelas ruas, e até escorreguei e quase caí numa possa de água, foi tão engraçado, gostava de ter mais tardes assim, mas nem sempre posso, pois, escola, estudos, e momentos em que quero estar sozinho.
Quando cheguei a casa, fui dormir um pouco, estava exausto, escola de manhã, e saída à tarde, fez me fixar muito cansado. E assim fui dormir.
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Boy meets the boy
أدب الهواةUma história que te vai deixar nas nuvens com a imaginação de Tronnor.