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Já se passou um mês desde o meu encontro com o Troye. Simplesmente não consigo acreditar que já passou um mês. Passou tão rápido. Tudo se foi, só a saudade ficou. É um pouco doloroso saber que a pessoa mais importante para mim estava longe de mim e eu não lhe podia tocar. Decidi mandar mensagem ao Troye.

Connor Franta: Troye?

Ele demorou algum tempo para responder. Talvez estivesse a estudar? Talvez tivesse ido sair? Às vezes começo a pensar: Será que as pessoas pensam no que será que estou a fazer tal como eu penso o que será que elas estão a fazer?

Troye Sivan: Connor?

Connor Franta: Tenho saudades tuas.

Troye Sivan: Eu também.

Connor Franta: O que estás a fazer?

Troye Sivan: Escrevo. E tu?

É nisso que eu penso depois de saber o que a pessoa está a fazer: o que será que ele está a escrever? Uma poesia? Um livro? Uma fábula? Uma canção? Começo a criar mil e uma ideias para uma coisa só.

Connor Franta: Apenas a pensar.

A nossa conversa continuou por ali. Não sabia no que pensar. Sabem aqueles dias super aborrecidos? Exato, esse era um dos meus dias. Então tomei um duche, vesti-me, peguei na minha mochila e no livro que estava a ler no momento, e fui até a um parque ao pé de minha casa. O parque era sempre muito desabitado, nunca tinha crianças lá e era muito tranquilo, então deitei-me na relva, e comecei a ler. Precisava de entrar noutro mundo. Um mundo o qual não me aborrecesse. Então comecei a ler, e deixei-me levar pela fantasia. Sabia tão bem o ar fresco. Era ótimo estar a ler num lugar sossegado, sem barulho e tranquilo. Não que a minha casa fosse muito barulhenta, ou que tivesse muita confusão. Precisava de um sítio onde sabia que não era em minha casa. Um sítio, onde eu estaria rodeado pela natureza, e ar puro.

Voltei para casa duas horas e meia depois. Depois de ter lido mais de metade do livro. Não que eu seja um fanático de livros, mas os livros ajudam-me a ter outra maneira de pensar, ajuda-me a ter ideias, ajudam-me a entender coisas que talvez eu nunca tivesse percebido antes e nunca me passou pela cabeça tentar entende-las. Ler era tipo um hobby do dia a dia.

《Connor, vem cá abaixo por favor.》gritou a minha mãe do início das escadas.

《Já vou.》respondi. Estava tão aborrecido que até me aborrecia levantar para ir lá abaixo ver ou ouvir algo aborrecido. Mas acabei por ir.

《Então Connor... Eu lamento imenso, mas nós não vamos viver para New York. Não fui aceite. Lamento.》disse-me a minha mãe assim que eu me sentei no sofá à frente do que o que ela estava sentada. Eu já não sabia o que pensar. De um dia aborrecido, passou a um dia péssimo, com a maior notícia que me poderiam dar. Fiquei sem reação. Sem palavras. Sem realmente saber o que dizer. Subi para o meu quarto sem dizer nada.

Alguns dias se passaram e eu ainda estava triste por causa de não ir para New York. Só de pensar que eu poderia passar os dias inteiros com o Troye já sinto um aperto dentro de mim. Fiquei sem falar com o Troye, da tristeza com que eu estava. Liguei a Ellen.


《Mas porque é que ela não foi aceite?》

《Não sei.》respondi num modo rude.

《Oh Connor não gosto nada de te ver assim》Sinceramente? Nem eu. Já estive em melhores momentos.

Nesse momento estava na sala enquanto estava ao telemóvel com a Ellen, no momento em que olho para cima da mesa e vejo a carta da empresa em qual a minha mãe deveria ir trabalhar. Peguei na carta e li do início ao fim.

Caiu-me tudo ao chão. Fiquei totalmente boquiaberto. Durante estes dias estive mal, e triste por uma brincadeira que a minha mãe me fez. Ela foi aceite. Repito: ELA FOI ACEITE.

《Ellen?》disse.

《Sim?》respondeu.

《Vemos-nos daqui a meia hora no parque ao pé da escola.》e desliguei sem exitar ouvindo só o seu 'Certo'.

Meia hora depois estava eu no baloiço a andar para atrás e pra frente a pensar nas vantagens e nas desvantagens de ir viver para New York. Iria ser difícil fazer novas amizades, mas o que vale é que eu já tinha a Emily e o Troye.

《O que se passa?》disse Ellen ao chegar. Para ser honesto nem reparei a sua chegada.

《Eu vou viver para New York.》respondi.

《 Mas... o que? Não, espera, tu não tinhas dito que não ias?》ela perguntou com uma expressão confusa.

《 A minha mãe estava a gozar comigo. E eu não sabia.》

E dali surgiu uma conversa a qual eu achei muito estranha. Ela perguntou se eu sentiria saudades suas. Ela só podia ser idiota. Ela é a minha melhor amiga ali. Eu não aguentaria, eu teria de lhe ligar todos os dias.

Cheguei a casa, e não consegui não ir falar com o Troye. Mas lembrei-me de algo antes de lhe mandar mensagem: porque não lhe fazer uma surpresa? Não lhe vou dizer nada. Vou lhe dizer que a minha mãe não foi aceite. Mas antes vou falar com ela.


《Porque é que não me disseste que era uma brincadeira?》

《Queria ver quanto tempo demorarias a descobrir.》

Então era isso. A minha mãe queria ver o quão curioso eu era, para ir espreitar a carta. Bem pensado.

Algum tempo depois fui falar com o Troye.

Connor Franta: Troye preciso falar contigo.

Troye Sivan: Olá para ti também, desaparecido.

Connor Franta: Desculpa... foi exatamente por isso que eu não tenho falado contigo.

Troye Sivan: O que se passa?

Connor Franta: A minha mãe.

Troye Sivan: Connor, deixa-te de drama e fala, o que se passa?

Connor Franta: A minha mãe não foi aceite.

A mensagem foi visualizada, mas não respondida. Ele provavelmente deve ter ficado mal com a notícia, bem, acredito, até eu fiquei até saber que era uma brincadeira. Fui ao Facebook dele, aos amigos, e procurei pela Emily. Mandei-lhe pedido. Em seguida, enquanto esperava por ela aceitar o pedido, fui dormir, visto que eram 11:49 da noite, esperançoso que o meu plano corresse bem. E então fiquei com os meus pensamentos, enquanto esperava o sono aparecer.


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⏰ Última atualização: Oct 22, 2016 ⏰

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