Capítulo 6. O saque perfeito

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O dia está lindo. Foi o que Aria pensou quando acordou naquela manhã para ir para a escola. Os pássaros cantavam, o céu estava azul como nunca e o sol brilhava. Ela adorava o jeito como o sol iluminava a tudo, pois parecia iluminar a sua vida e lhe injetar ânimo para enfrentar tudo o que estava por vir.

Se arrumou rapidamente, pois ela teria que pegar um ônibus naquele dia e foi correndo tomar café.

- Bom dia gente. – ela saudou alegremente a sua mãe e sua irmã assim que entrou na cozinha.

- Bom dia. - Responderam Bayley e Elizabeth em uníssono.

- Vocês ficaram sabendo do incêndio que ocorreu na empresa Carter ontem à noite? - Elizabeth perguntou, enquanto Aria se sentava a mesa para comer.

- Não, mãe. Você sabe muito bem que os únicos programas de TV que me interessam são os de fofoca e os reality show's. – Bayley respondeu, revirando os olhos e recebendo um olhar repreensivo da mãe.

- Essa empresa que pegou fogo fica perto do prédio em que eu estou trabalhando.

- Sério, mãe? - Aria ficou genuinamente interessada no assunto depois disso.

- Sério. Ninguém sabe como o fogo começou, mas dizem por aí que foram vândalos, pois destruíram as câmeras de vigilância.

Um nó se formou na garganta de Aria e nem o pão que ela estava comendo queria descer. Esse evento poderia estar conectado com tudo o que vem acontecendo com a sua vida?

Será que existiam outras pessoas por aí com poderes especiais exatamente como ela?

Desde que Aria descobriu que podia controlar a água, sua cabeça não parou de pensar em tudo o que tinha acontecido consigo. Queria descobrir como ela podia ter essa habilidade e se existia a possibilidade de sua mãe ou irmã também terem os mesmos poderes, mesmo acreditando que aquilo era difícil de acontecer.

Se Bayley tivesse algum tipo de poder, ela se gabaria como se fosse uma verdadeira artista. Por outro lado, talvez Bayley possa ter sim alguma habilidade como a sua, já que os seus poderes só se manifestaram aos dezesseis... Aria não sabia se havia alguma regra em relação a isso, mas tinha certeza de que nem a irmã e nem a mãe tinham algum poder escondido.

- Nossa... - disse Bayley, nem um pouco assustada ou impressionada.

- Quero que vocês tomem muito cuidado. Não quero nenhuma de vocês duas andando na rua até tarde. Assim que as aulas acabarem, é para vir direto para casa. Estamos entendidas? - Bayley bufou, bebendo o restante do suco de laranja que estava em seu copo. Aria, por sua vez, apenas assentiu com a cabeça, tentando ignorar o frio na barriga que ela sentia.

Parecia que a sua mãe sabia de algo, pois ela estava perturbada e inquieta. Ela não sabia dizer se o motivo do aparente pavor de sua mãe era causado pela brutalidade com que destruíram a empresa, ou se foi porque o crime cometido aconteceu perto de onde trabalha.

A única coisa que a loira sabia era que não parecia ser um ato arquitetado por vândalos, e tinha a sensação de que sua mãe também sabia disso.

Ela não havia pregado os olhos a noite inteira pensando no que faria em relação a habilidade que havia descoberto que possuía. Aria não sabia o que fazer, se deveria contar para a mãe e a irmã ou se deveria guardar segredo, e isso estava fazendo com que ela ficasse cada vez mais preocupada.

- Que exagero, mãe! - exclamou Bayley de boca cheia, enfiando praticamente todo o conteúdo da tigela do seu cereal na boca.

- Não é exagero nenhum querer zelar pela vida das minhas duas filhas. Além do mais, os jornais só falam disso. A empresa onde trabalho é uma das filiais do prédio destruído, e os noticiários estão nos alertando a não ficarmos até tarde nas ruas. Esses vândalos já atacaram outros lugares e pessoas, e não estão para brincadeira. Fiquem atentas. – Elizabeth disse, olhando fixamente para as filhas.

Defensores do Destino - Encantada [Sendo reescrita]Onde histórias criam vida. Descubra agora