Defensores do Destino - Encantada [Sendo reescrita]

Capítulo 18. O Colar da Inconsequência

Caleb se encontrava horrorizado com a pilha de corpos aos seus pés, e a polícia de Laguna Beach estava em estado de alerta com os últimos assassinatos. Os humanos não entendiam como aquilo acontecia, mas Caleb sim. Os Strangers tinham voltado.

O corpo da recepcionista que morrera tinha as mesmas marcas que o corpo do garoto no beco e o da pilha de corpos aos seus pés. Eram homens, mulheres e adolescentes de diversas idades. Todos pareciam ter sido sugados, e todos tinham as iniciais DK gravadas em diversas partes de seus respectivos corpos.

Aquilo significava que os Dark estavam trabalhando junto com os Strangers, algo que era extremamente preocupante tanto para os Defensores quanto para a população. Além de colocarem em risco a identidade de todos, os Dark estão mandando Strangers assassinarem em massa. Mas para que? Para os Strangers terem mais durabilidade? Por que eles colocariam suas iniciais nos corpos? Para mandar uma mensagem aos DOD?

Caleb só tinha perguntas, mas nenhuma resposta. A única coisa que pairava em sua cabeça além de seus questionamentos era a sensação de impotência. Os DOD tinham falhado em proteger a cidade mais uma vez.

Com uma raiva que há muito não sentia, Caleb saiu do beco e digitou uma mensagem para os Defensores. Era hora de se reunirem para caçar esses Strangers e de quebra, derrotar de uma vez por todas os Dark. Eles precisavam de um plano, precisavam proteger de forma mais efetiva a cidade.

Era o único jeito de fazer os autores desses crimes pagarem por seus atos.

O despertador já tinha tocado três vezes quando Aria finalmente decidiu se levantar da cama. Ela se arrumou de forma preguiçosa, mesmo tendo acordado em cima da hora. A menina ouviu sua mãe gritar do andar de baixo para Aria levar a roupa suja para ela, e ao juntar as peças de roupa sujas que jaziam em seu quarto, a jovem encontrou parte do cordão que Stephen lhe dera para fora do bolso da calça que tinha usado ontem.

Ela segurou o cordão na frente de seu rosto, achando o pingente bonito. Sua luz verde brilhava em sua direção, lhe chamando, lhe pedindo para que o colocasse. Ela o fez no mesmo momento, reparando que o pingente ficava escondido por dentro da blusa, uma vez que o cordão tinha uma corda um pouco grande.

O contato do pingente com a sua pele fez uma pequena corrente elétrica passar pelo seu corpo. Ela se encarou no espelho e de repente, não gostava das roupas que estava usando.

Aria fuçou o armário até encontrar uma jaqueta de couro preta quase nunca usada. Ela tirou o moletom verde por cima da cabeça e vestiu a jaqueta por cima da regata preta que usava. A loira também decidiu tirar a calça jeans e colocar uma preta que se ajustava bem ao seu corpo. Nos pés, uma botinha de couro preta e os cabelos soltos e rebeldes. Também decidiu passar um pouco de maquiagem naquela manhã para completar o visual.

A jovem não sabia de onde tinha vindo aquele impulso de ir tão arrumada para o colégio, mas gostou da sensação que lhe preencheu quando encarou seu reflexo no espelho. Ela juntou as roupas no cesto como sua mãe pedira e saiu do quarto, sentindo-se empolgada como nunca tinha sentido em toda a sua vida.