O portão ficava pra trás e embora ainda meio tonta Marina dava conta de acompanhar os passos de seus raptores sem maiores problemas visto que eles ainda a mantinham cativa. Ela olhava ao redor buscando uma rota de fuga mas não conseguia encontrar nada que lhe desse esperança, suspirou resignada e notou quando a mocinha a sua frente parou em frente a uma cabana abandonada na qual ela entrou fazendo gesto para que os homens a levassem para dentro. Marina piscou algumas vezes assim que entrou para se acostumar a penumbra e por conta de todo o material que via pregado nas paredes, eram fotos de seu namorado, fotos de JB.
Mark estava cada vez mais nervoso e agora notava os sinais do GPS estáticos em um mesmo ponto, um tanto distante do centro mais ainda perto o suficiente para ele chegar em menos de dez minutos. Choi segurou na alça lateral do carro e apertou o cinto de segurança com a outra mão quando Mark pisou mais no acelerador e costurou fazendo uma perigosa ultrapassagem. Mark só tirava os olhos da estrada para se certificar que o GPS não mudara a trajetória nem apagara o sinal, ele repetia a mesma prece silenciosamente para que ela estivesse bem e ele chagasse a tempo.
Marina foi posta sentada em uma cadeira de madeira no centro da pequena sala, era um chalé simples utilizado no passado por vigias do parque, tinha apenas um comodo com um banheiro adjacente do lado de fora. Funcionava ali uma espécie de santuário a loucura daquela garota e sua paixão não correspondida por JB. Fotos espalhadas por todo canto, algumas retiradas de recortes, outras tiradas por paparazes ou pela própria menina. Marina fechou os olhos com força respirando profundamente com medo agora que notava que aquela garota era realmente completamente louca. Suas mãos foram amarradas pelos mesmos homens que a carregaram até ali mas depois eles receberam ordens para se afastarem e assim o fizeram. O motor do carro foi ouvido e logo pareceu se afastar. Estava ela sozinha com a louca? A menina passeava a sua frente andando de um lado ao outro enquanto a observava, inclinou o corpo para frente e segurou uma mecha dos cabelos da loira a cheirando e logo jogando de lado
- Não é grande coisa. Definitivamente não merece o meu JB. - As palavras queimaram na garganta de Marina mas ela preferiu se calar com medo de provocar a já insensata menina que parecia ser uma apaixonada inconsequente. Marina observou a rival com cuidado e novamente notou os bonitos traços lamentando ser tão desequilibrada apesar de jovem e bonita.
Mark estacionou o carro do lado de fora do que parecia ser um grande portão de ferro abandonado no meio de uma estrada de terra. Olhou por sobre os ombros na direção de Choi que o encarou munido de um pedaço grosso de galho que havia encontrado junto a estrada, Mark sorriu de canto e negou com a cabeça mas entrou pelo portão tomando o cuidado de não ser visto, usando as sombras das árvores como sua aliada. Não sabia exatamente onde ir e por isso buscou novamente o sinal do GPS que lhe indicava para andar em frente e foi o que fez até que não muito longe avistou uma cabana de madeira que parecia abandonada. A porta estava aberta e havia apenas uma janela pequena ao lado da mesma porta mas para se aproximar teria que passar por dois homens que estavam em seu caminho. Marcas no chão de rodas de carro mostravam já haver tido mais pessoas e Mark temeu que pudessem voltar. Tomando uma decisão rápida Mark com um aceno de cabeça indicou Choi o direcionando para o homem da direita e de mãos nuas correu em direção ao homem da esquerda, usando seus punhos e o efeito surpresa como sua arma.
Choi acertou o homem com o galho que tinha na mão e sua força fez com que o mesmo caísse aos seus pés desacordado, logo foi ajudar Mark que trocava socos com um outro sujeito. Uma pancada na nuca e o cara desacordou caindo aos seus pés como o amigo havia feito. Suspirou e catou algo que pudesse prender eles antes que acordassem. Mark não perdeu tempo e caminhou até a porta a tempo de ver Marina receber um belo tapa na cara. Seu sangue ferveu e pensou em invadir mas viu ao lado da menina galões que pareciam de querosene o que o fez esperar temendo pelas consequências se invadisse.
Marina sentia o rosto arder, mas a garota a sua frente estava apressada, ela estava desfiando um rosário sobre os motivos de JB ser melhor com ela até que parou ao ouvir algo do lado de fora que a inquietou então ela a olhou com raiva e esbofeteou se abaixando e pegando o que parecia ser um pedaço de papel. Acendeu um isqueiro que tinha em mãos e aproximou do papel vendo o mesmo incendiar, logo ela o atirou para um canto do chalé onde tinha galões vermelhos. Marina arregalou os olhos e voltou a encarar a menina, sentia as lágrimas descerem por seu rosto. Buscou sua voz e ainda encarando a menina perguntou o porque daquilo e a maluca respondeu
- Se eu não posso ter o JB, você também não terá. - Os olhos dela estavam vidrados enquanto observava o fogo subir pela lateral da parede de madeira da cabana, o calor estava insuportável e subia uma fumaça preta que as asfixiava. Marina fechou os olhos e rezou a Deus para que perdesse sua consciência o quanto antes. Foi prontamente atendida e mergulhou pra escuridão.
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O Recomeço - Parte 2 ( Fanfic Got7)
FanfictionDepois de finalmente conseguir seu final feliz com JB, Marina se prepara pra receber sua melhor amiga e iniciar uma nova fase na sua vida mas não imaginava que namorar um cara famoso pudesse dar tantos problemas. A linda e sem pudores Fernanda que c...