Átaga

3°Capítulo: O chefe

Está na hora, estão me levando por um corredor escuro para o lugar onde vou conhecer o tal "Chefe". Chegamos na sala há uma grande cadeira, assim que entro uma voz que vem de quem está sentado nela ordena para que os guardas se retirem e a cadeira se vira para mim, nela está sentado um homem que é o oposto do que eu imaginava, ele possui uma barba longa e ao contrário dos outros ele não usa máscara, porém também possui as inscrições tatuadas no braço direito, logo começa a falar:

-Prazer finalmente te conhecer meu nome é Ellios, os guardas lhe trataram bem? De vez em quando esse pessoal exagera com os novatos.

- Interrompo - O senhor disse "novatos"? Tudo que eu quero é voltar pra minha família. Há pessoas precisando de mim lá em casa, como eles vão se sustentar?

- O homem se levanta e me chama para caminhar por outro corredor ainda mais escuro que o primeiro eu vou e continuamos conversando- Parece que ainda não lhe explicaram nada não é? Acalme-se, nada acontecerá com sua família, tudo que você desejar será provido a eles, e só o que você precisa fazer é se juntar a nós.

- Me juntar a vocês? Pra fazer o que?

- Não sabe o que fazemos?- Nisso vejo uma luz no fim do corredor, ela logo se aproxima e vejo uma sala de vidro com um jardim, repleto de verde pra todos os cantos, eu tenho de admitir nunca tinha visto tanto verde antes - Esse é meu jardim pessoal,isso é o que fazemos, lutamos por um mundo em que isso seja possível, pra isso temos que por um fim em quem deixou ele como está. É disso, dessa organização que estou o convidando a participar. Só há uma pequena condição para que isso aconteça.

- Qual? -Pergunto.

- Você nunca mais verá sua família, nem aqueles que ama! - Ele responde, dessa vez sem o sorriso.

E agora, o que eu faço? Minha família é importante pra mim e é justamente por isso que eu não quero deixar de vê-la, porém seria bom pra eles ter tudo o que sempre sonharam. - E se eu disser não? - Pergunto.

- Então está livre para ir!

- Sério? Assim, sem morte, nem tortura?

- Sim, ninguém aqui quer te obrigar a nada. A saída é no fim do corredor à direita.

- Então adeus, obrigado pela oferta.

- Se mudar de ideia, estarei esperando até amanhã.

Volto para casa e não consigo esquecer o que aconteceu, tomo um banho e me jogo na cama.

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O despertador toca, e ainda não tirei aquela ideia da cabeça, já me apronto, pego minha arma e saio, em minutos estou no local aonde fui sequestrado da última vez, o caminhão chega e vou junto com mais pessoas na traseira do caminhão que nos leva para a região mais tranquila, hoje minha mira não está das melhores, dei três tiros para acertar um coelho que nem se mexeu, normalmente só bastaria um único. Pego ele e mais quatro que já havia pegado antes, já é o suficiente para vender hoje. O caminhão já voltou para nos buscar, subo e vou para a cidade vender os coelhos que cacei.................... É noite, estou de volta em casa, minha mãe está dormindo sentada no sofá, não é fácil cuidar de meus irmãos, cubro-a e vou para meu quarto, antes de dormir me pego pensando de novo a respeito da proposta, será que seria tão ruim assim aceitar?