II

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Caminho pela calçada, a mochila pesando sobre os meus ombros. Olho para o céu é sinto uma pontada de dor quando olho de relance para o sol forte, que faz gotas de suor brotarem da minha testa.
Pergunto- me oque acontecera para o meu pai não vir me buscar na escola... Talvez tenha ficado preso no trabalho outra vez. Não tem como a minha mãe me buscar,pois ela não pode sair para uma "hora de almoço".
Depois de algumas quadras eu finalmente chego em casa. Limpo os pés em um tapete com as letras " wellcome" já gastadas e desbotadas.
Tiro a chave de reserva que tenho na mochila e Destranco a porta e entro, virando-me para trancar-la novamente.
-Diego!- grito avisando-o que cheguei.
Deus,a casa está muito escura! ,olho para as cortinas e Percebo que estão pregadas com fita adesiva, fazendo com que o vento não consiga distancia-las por si próprio. Deixo isso para lá e caminho em direção ao meu quarto.
-Diego...?- pergunto esperando uma resposta do meu irmão. A essa hora ele já deve ter chegado da faculdade.
Piso em alguma coisa molhada,não consigo saber oque é ainda pois não enxergo direito...a casa está realmente muito escura!. Passo a mão pela parede procurando o interruptor, e acabo esbarrando em um móvel pequeno que tem no quarto dos meus pais.
-Droga!- susurro ao sentir uma ponta da de dor no joelho.
-Emy?- não consigo descrever direito como ele chamou meu nome,mais parecia...diferente...foi nessa hora, eu senti uma nuvem de medo e emoções negativas sentar sobre minha cabeça, senti que quem estava falando não era meu irmão. Mais ao mesmo tempo,escutava a voz dele.

Cry Baby EmyOnde histórias criam vida. Descubra agora