10. Pôr-do-Sol

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Já não era tão estranho pular da janela de seu quarto, a dor também já era confortante á Clary.

Um momento Djavu, outra vez a colina que terminava em uma floresta, porém, agora clara. Diferente do que se lembrava

Ela infiltrou-se no meio das arvores e se desvencilhando dos galhos, foi indo cada vez mais longe.

O chão traiçoeiro, somando a preocupação e desatenção de Clary resultaram em seu tombo por conta de uma raiz

Ela conteve o tombo com as mãos impedindo esfolar o rosto no chão de terra úmida e escura

-Que droga! -ela praguejou tentando levantar-se

Elevando o olhar ela vê uma mão estendida para si, os dedos grandes e grossos com calos e seguindo o olhar para o pulso nota um Z de forma elegante e cursiva com dois pontos em suas extremidades.

-Uma runa de equilíbrio! -ela disse inconscientemente

-Oque? -perguntaram

-Ann? -ela emergiu de seus pensamentos olhando a pessoa a sua frente

Era um rapaz de cabelos negros ondulados presos em um coque, a pele pálida e os olhos escuros, sua expressão era confusa, ainda com as mãos esticadas á Clary.

-Está confortável aí? -ele perguntou debochado

-Como assim? -perguntou ela alarmada

-Bom, é que, você está aí a bastante tempo e eu aqui me oferendo para ajudá-la a levantar-se então talvez você não queira...levantar!

-Eu acabei de cair! -ela discordou -E eu não o vi se aproximando! -acrescentou segurando a mão do rapaz e erguendo-se

-Bom, se você acha isso! -ele disse dando de ombros

-Quem é você? -ela perguntou

-Christopher Crysel, e você bela dama? -ele disse a cumprimentando antiquadamente

-Não estamos nos anos 50! -disse rindo

-Aprendi que, bons modos, serão sempre bons modos! -disse ele categoricamente

-Oh parece certo! -ela disse -Sou Lavonne!

-Certo, para onde estava indo? -ele perguntou

-Você faz muitas perguntas! -ela disse desinteressada 

-Esta é a terceira apenas, levando em conta que você caiu e estou tentando te ajudar, tem sido muito...mal agradecida!

-Bom me desculpe, obrigado pela ajuda e agora eu já vou indo! -ela disse se afastando e continuando pelo caminho úmido de terra

Christopher hesitou antes de alcançar Clary no meio do caminho, ele a seguia a passos precisos e silenciosos, diferente de Clary que parava a dois passos para desenroscar o pé de algo.

E em uma dessas pausas ela sente o ímpeto de olhar para trás, para a surpresa de Christopher que não esperava, não esconde estar seguindo-a.

Os Instrumentos mortais II - Cidade Em Trevas [ EM ANDAMENTO]Onde histórias criam vida. Descubra agora