Sábado dos Horrores - Parte 2

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Thalia


- O que você está fazendo aqui Di Ângelo? - Pergunto irritada ao pateta que se encontra a minha frente.

- Se você não sabe esse é um lugar público Thalia, eu posso estar onde eu quiser - Responde grosseiramente.

Noto que ainda estou em seus braços, e tento me soltar.

- Da pra você me largar? - Reclamo, tentando me desvencilhar, mas ele me aperta mais, me puxando junto ao seu corpo.

- O que foi Grace? Com medo de se apaixonar? - Brinca sorrateiramente, me lançando um sorriso cínico.

- Até parece, no dia que isso acontecer, vai chover no submundo - Brinco, relaxando em seus braços, tentando demostrar total conforto, coisa que não sinto.

Ficamos nos encarando por um minuto de silêncio. Quando eu ia me soltar dele de uma vez, ouço uma sofisticada voz falar as minhas costas.

- Então você encontrou sua namorada filho?

Nico rapidamente se enrijece, e eu aproveito para me virar e conhecer a dona da voz. A minha fremente jaz uma elegante senhora com una aparência assustadoramente parecida com a de Nico.

- Você está bem Filho? Parece mais pálido que o normal - Ela pergunta, se aproximando.

Tento nesse momento me afastar novamente de Nico, mas ele aperta os braços ao meu redor, me fazendo querer brigar com ele, e quando eu ia fazer exatamente isso, ele fala.

- É mamãe, eu encontrei.

- Que bom, não vai me apresenta-la? - Pergunta à senhora, que agora sei que é a mãe de Nico.

- Mais é claro que sim. Lia, essa é minha mãe, Maria Di Ângelo. Mãe, essa é minha namorada, Thalia Grace.

Fico estática e sinto minha boca abrir em uma extensão de meu choque. Namorada? Ele disse namorada?

Viro-me para ele em velocidade recorde. Ainda presa em seus braços, o encaro incrédula. Só pode ser uma brincadeira.

- O que? - Sussurro entrando em um estado de histeria.

- Mãe, eu vou levar ela pra mesa agora. É que ela trabalha aqui e eu vou pedir pra ela a liberação do chefe, pode ir indo na frente que eu encontro a senhora lá.

Rápido como uma flecha Nico da às costas para a mãe e me puxa pelo braço junto com ele rumo à saída lateral da Season. Ele abre a porta com tudo e me sacode grosseiramente, me prendendo contra a parede.

- Thalia, eu vou agora lhe dar a arma engatilhada com seis balas dentro pronta pra atirar em mim - Fala em um fôlego só.

- O que? - Exclamo histérica, tentando me liberta. Mas ele com uma delicada firmeza me mantem retida no mesmo lugar sem esforço, o que me impressiona.

- Lembra que eu tenho que apresentar uma namorada física e "duradoura" para meus pais?

- Mais é claro que eu lembro, é impossível esquecer uma coisa dessas - Riu de sua cara.

- Eu achei uma menina que não estava afim de mim e que topo fazer isso, só que ela não apareceu!

- Sério? - Pergunto irônica.

- Eu sei. É difícil acreditar que alguma garota em sã consciência não esta apaixonada por mim, mas ela garantiu que não estava então eu acreditei. - Diz se sentindo, me fazendo rir.

Tento novamente me livrar dele, mas falho de novo.

- Escuta Thalia, eu preciso que você finja ser minha namorada pra meus pais hoje.

- Han? Você está louco? Bebeu? Bateu com a cabeça na quina do banheiro? - Pergunto divertida, não acreditando no que meus ouvidos me dizem - Eu NUNCA que vou fazer isso! - Enfatizo.

- Presta atenção. Você é irmã de um de meus amigos, que por acaso são amigos de meus pais, e que são influentes e confiáveis. Você com certeza não vai se apaixonar por mim, e nunca vai me pedir dinheiro pra isso, você é perfeita pra isso no momento!

- O engraçado é que todos esses benefícios só favorece a você, o que eu ganharia com isso além da má fama de uma das pegas do Nicolas Di Ângelo?

- Eu apoio sua banda em tudo o que você precisar, te juro - Promete, me largando - Eu arranjo shows, instrumentos, lugares de ensaio e tudo o que vocês quiserem além de apoio moral!

- Eu não preciso de nada disso - Digo, passando por ele, indo rumo à porta.

- Eu faço o que você quiser! - Fala de uma vez.

Eu me viro pra ele, agora interessada.

- O que eu quiser?

- Aí, eu vou me arrepender disso...sim, o que você quiser dentro das regras de decoro moral e corporal.

- Hummm, então você seria meu escravo por um mês?

- Ahhhh não, isso não!

- Então se vire para explicar para seus pais como é que sua namorada desapareceu - Digo, me virando novamente para ir embora.

- Uma semana.

- Um mês!

- Quinze dias, e não se tem contradição!

- Hummm, feito!

- Então vamos logo que nós temos ainda que falar realmente com seu chefe - Diz apressado, me puxando pelo braço rumo a porta.

- Primeiramente - Exclamo me soltando - Nunca me agarre pelo braço desse jeito, eu detesto!

- Ok, não faço mais, agora vamos.

- E segundamente, não precisa ir falar com meu chefe, eu não estou trabalhando hoje, só vim tirar minha medida de roupa, começo daqui a dois dias.

- Ahh, que bom. Então vamos logo, não temos tempo a perder.

Dessa vez ele me dá espaço para passar, e depois me segue.

- O que eu vou falar para seus pais? - Pergunto

- Como assim? Você vai se apresentar oras! - Reclama sarcástico.

- Tudo bem, eu vou chegar lá e falar: Oi, eu sou a falsa namorada do Nico, muito desprazer em conhecer. Ahh, e a propósito não me pergunte como nos conhecemos e nos apaixonamos, já que isso NUNCA aconteceu! - Falo parando, o fazendo seguir o meu exemplo.

- Entendi, temos que ter uma história.

- Exato! Eles obviamente vão perguntar como nos conhecemos.

- Bem, eu acho melhor contar a verdadeira história.

- Vamos dizer que nos conhecemos através de um trote armado pra você? Mais isso não é meio ridículo? - Lhe questiono.

- Fica ridículo pra mim, mas também vai ficar mais fácil já que não temos um tempo maior pra inventar uma história mais elaborada. Assim não corre o risco de nos confundimos sem querer - Explica.

- Mas e como foi que nos envolvemos?

- Sei lá, amigos em comum!

- É, pode ser. Eu estou conhecendo a cidade e você é amigo de meu irmão e meu primo, e amigo de minhas mais novas melhores amigas. Estivemos próximos nas últimas semanas e aconteceu.

- Tudo ok então. - Diz, já querendo passar por mim e ir para junto de seus pais.

- Ainda não - Lhe peço.

- O que tem mais?

- Nós não nos apaixonamos do nada, em uma semana. Por enquanto estamos nos conhecendo e gostamos muito um do outro, é o máximo que você vai conseguir de mim.

- Está bem, esta bem! Agora vamos logo antes que eles desconfiem.

Nova Vida - Thalico/NicaliaOnde histórias criam vida. Descubra agora