Quando a apresentação terminou, fui procurar Ágata. Acho que ela já havia ido embora. Talvez tivesse inventado uma desculpa e saído, para me evitar. Fui para a casa dela e toquei a campainha.
- Acho melhor você ir embora. - era seu pai.
- Seu Luís, por favor. Eu preciso falar com ela.
- Eu nunca vi minha filha desse jeito. Sabe o quanto doi ver minha princesinha chorando pelos cantos por sua causa?
- Senhor eu não...
- Vá embora. Não quero que venha aqui nunca mais. - disse e bateu a porta na minha cara.
Peguei o celular para mandar uma mensagem pra ela, mas Ágata havia me bloqueado.
Eu era o culpado daquilo tudo. Do sofrimento da pessoa que mais me amava.
Andei lentamente pelas ruas e chorava baixinho. As pessoas me olhavam. Claro, não se vê todo dia um garoto com uma roupa de balé chorando no meio da rua, mas eu esperava que pelo menos nesse momento de tristeza as pessoas me deixasse em paz.
Quando cheguei em casa, não encontrei ninguém. Ane só iria se apresentar por último, e minha mãe estava esperando.
Entrei no banheiro e peguei alguns remédios pra dormir.
Engoli uns dez e deitei na cama.
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canceled
Não FicçãoEssa história é sobre um garoto pobre, que viveu em meio à um lugar inadequado para uma criança, passou por muitas dificuldades, mas apesar de tudo, nunca desistiu de seu sonho. É uma história de superação, feita para mostrar que nada é fácil, mas s...
