- 30 - 'Kelly'

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Corri para a lancheteria, que não estava muito longe de mim.




Antes de entrar no lugar, senti alguém me puxando pelo pulso e me levando até um beco que ficava bem afastado da multidão.




A pessoa tapou minha boca e segurou minha cintura, me abraçando por trás. Comecei a gritar contra sua mão e espernear no mesmo instante.




- Kelly... Sou eu! - Sussurrou em meu ouvido, sua respiração ofegante batia levemente contra meu pescoço, me causando um leve arrepio.




- ChimChim? - Perguntei assim que o ser humano me soltou.




- Claro. Quem mais corre atrás de você pra te salvar de um velho pedófilo? - Ele encostou em uma partida de, passando a mão pelo cabelo e olhando para todos os lados. Me afastei dele e fiquei do outro lado do beco.




- Hm... Obrigada... - ChimChim sorriu e ficou me encarando por breves instantes. - Yah! Pare de me olhar!




- Não dá! Você é linda... - Sorri e abaixei a cabeça com o elogio.




- Cadê você, garotinha? - Olhei assustada para ChimChim, que rapidamente puxou uma lata de lixo, ajustando-a para ficar ao seu lado.




- Vem. - Disse baixinho, caminhei rapidamente até onde ele estava, o mesmo se sentou no chão e me puxou junto a ele, no final, eu acabei sentando entre as pernas do mais velho, que sorriu quando percebeu o meu desespero.




Agora...




Que sorriso...




Que homem...




QUE? PARA DE PENSAR ISSO!




- Eu acho que vi ela por aqui... - Uma outra voz ecoou




- VOCE ACHA? AQUELE MALDITO MOLEQUE CONSEGUIU NOVAMENTE PEGAR MINHA PRESA ANTES DE MIM!




- Calma chefe, você ainda irá se vingar dele.




- É... Pensando bem... Pode ser que se eu mantenha a calma ele SIMPLESMENTE APAREÇA AQUI!




- Mas...




- CHEGA! VAMOS EMBORA! - Ouvimos vários passos pesados se afastando cada vez mais. Apesar de não conseguirmos escutar nada, ficamos um bom tempo ali, parados.




- O que tem nessa sacola?




- Ahh! Comprei um presente pra você. - Tirei o embrulho da sacola e entreguei para ele




- Não sei se devo abrir... Vai que é uma bomba!




- Hey! Eu não sou assim! Mas... - Dei um leve tapa na cara dele.




- Eu nem senti.




- Percebe-se... E... Cadê o TaeHyung?




- Ele já foi pra casa.




- Aff, eu queria conhecê-lo!




- Hm.




- É melhor abrir o presente em outro lugar.




Fomos até uma doçaria que tinha ali perto e compramos alguns Cupcakes. Sentamos um na frente do outro enquanto falávamos sobre várias coisas da vida.




Uma das coisas que eu mais queria saber era onde ele trabalhava. Na verdade, ele não tem trabalho, ele é trainee da Big Hit, uma empresa pouco famosa aqui,




- MAS É VERDADE! O TAEHYUNG É UM ALIENÍGENA! - Ele repetia a mesma coisa enquanto eu quase chorava de rir.




- Finalmente você pode dizer o seu nome? - Perguntei assim que me acalmei um pouco.




- Ah, é Park Jimin.




- Hm... Nome bonito.




- Obrigado... - Abaixou a cabeça e mordeu o Cupcake.




- Tá... Sujo aqui. - Apontei pro canto da minha boca.




- Aonde? - Tentou limpar nele mesmo mas não conseguiu.




Limpei o lugar onde estava sujo e Jimin me encarou, novamente.




- Olha, eu fico com vergonha quando as pessoas me encaram.




- Mas...




- Gostou do presente?




- Claro! Vou usar sempre que puder!




Sorri em resposta e saímos dali com os Cupcakes na mão, para comer no caminho.





[°.°.°.°]





- Então é isso... Eu preciso ir agora ChimChim...




- E mesmo sabendo meu nome, você continua me chamando pelo apelido.




- SEU APELIDO É MUITO FOFO! - Sorriu por alguns instantes mas depois ficou sério.




- Vai mesmo ir embora?




- Estamos na porta da minha casa!




- Nem convida os amiguinhos pra entrar




- ChimChim, embora eu tenha amado a sua companhia, conversado com você, virado sua amiga e tal... Eu ainda não me esqueci que você é um stalker pervertido.




- Eu não sou um stalker, só sou pervertido.




- E por que eu deixaria alguém assim entrar na minha casa? Pois é. Não faz sentido. Agora...




- Amanhã podemos nos encontrar de novo?




- Amanhã... Pode ser! Mas tem que ser de tarde, porque eu trabalho no período da manhã. - Abri a porta de casa e entrei, joguei meu celular no sofa e voltei para a porta.




- Tudo bem, a gente combina então.




- Sim. Boa noite. - Jimin se aproximou de mim e ficou me olhando.




- Boa noite. - Me deu um leve selar e saiu andando, tranquilo, como se nada tivesse acontecido.




De primeira, eu sorri.




Mas depois eu bati na minha cara.




Esqueça Park Jimin, eu não vou me apaixonar.

WhatsApp ≠ Park JiminOnde histórias criam vida. Descubra agora