Capítulo 07 - Concretizações

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E foi assim que concretizamos nosso ato de amor, da maneira mais bela possível, mais carinhosa, mais romântica, como realmente merecíamos, estávamos entregues um ao outro de uma maneira tão supremo, que qualquer comentário jamais afetaria a nossa existência.

Acordei no meio da noite, estávamos abraçados como dois amantes, aquela cena era linda demais para ser descrita com qualquer palavra, Felipe dormia sereno ao meu lado, e eu sereno ao lado dele, tínhamos os corpos frescos e duros, estávamos lindos, na flor da juventude perdidamente apaixonados, não aquilo não era uma simples paixão, era AMOR.

Acordamos e ficamos a noite todas abraçados, nus embaixo do lençol, rindo da nossa própria felicidade, estávamos em deleite, em estado supremo de alegria, eu era dele, ele era meu e era inevitável que isso um dia acontecesse, havíamos sido prometido um pro outro pelo destino, pela força do destino, algumas pessoas tentarão mudar isso, mas não conseguiam entender a força que aquilo tinha:

- Ninguém nunca vai separar nós dois! – dizia Felipe.

- Eu nunca fui tão feliz, em toda a minha vida.

Tomamos banho juntos pela manhã e enquanto a espuma branca escorria pelo nosso corpo, nossas mãos deslizavam um sobre o outro, nos beijávamos, nos abraçávamos, fazíamos amor, eu estava entregue a ele, aquele era um dos atos mais respeitosos que eu havia visto em minha vida, o desejo vira renuncia na medida certa. A água caía sob meu corpo encostado na parede e sob ele colado em mim, me penetrando, dizendo coisas lindas em meu ouvidos, estávamos eretos, molhados, cheios de espuma e amor, arrepiados e se desejando. Mais um ato, ele treme, gememos e gozamos, era maravilhoso sentir aquele homem em mim.

Enquanto ele brincava de pentear meu cabelo, eu batia o dele e deixava bagunçado. Quando abrimos a porta do quarto e saímos sorridente vimos minha mãe, por mais liberal que ela fosse, sentimos uma ponta enorme de vergonha, que logo foi dissipada pelo sorriso dela:

- Bom dia, meus amores.

- Oi mãe, a gente... – tentou Felipe se explicar.

- Estava mais do que na hora de vocês dividirem o mesmo quarto. Preparei um café delicioso, vocês devem estar com fome – ela disse sorridente.

Descemos e o café da manhã daquele dia tinha um gosto especial, estávamos todos na mesa felizes, rindo, falando bobagem, mesmo que fosse um absurdo dizer isso, a morte do papai, trouxe uma atmosfera de alegria para a casa, qualquer coisa, o balançar de uma folha nos fazia rir.

Aquilo era a concretização de uma vida inteiro, de um ciclo que girou e girou, mas foi parar no mesmo lugar, a felicidade nunca se esqueceu da gente, ela nunca se esquece de quem é realmente bom.

Corpos Colados (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora