Bad Boy Plueprint [Tradução PT]

Capítulo 13 - Beijos de Bad Boys

❝Agarrei-a pela garganta,

Mas não a sufoquei.

Beijei-a tão profundamente,

Que ela esqueceu que tinha ar para respirar❞

– Anónimo.

Depois da Aviary me ter deixado em casa e tentado convencer a minha mãe que era minha namorada, o dia passou rapidamente e, cerca de doze horas depois, eu já me encontrava na escola, no meu caminho para o almoço.

Não falei com a Will e o Scott desde a festa e mata-me que os meus amigos me estejam a ignorar. Eu lembro-me que eles estiveram a discutir acerca do comportamento da Will por minha causa, mas não tinha pensado muito no assunto até agora.

Assim que entrei na cafetaria, olhei pela multidão, na esperança de encontrar Aviary, Will ou Scott. Encontrei Aviary rapidamente, ela estava a falar com uma professora numa mesa no canto do bar. Reparei instantaneamente no seu rosto triste e desiludido, enquanto ela tentava ignorar o olhar da professora. Tentei acenar-lhe para lhe roubar a atenção mas, assim que ela reparou em mim, ela desviou a sua atenção para a mesa. Suspirei e voltei a procura-los pelo bar, encontrando o cabelo castanho escuro de Scott com uma camisola bordô da equipa de futebol vestida.

"O que raio aconteceu convosco?" Questionei, sentando-me ao lado de Will e Scott. Ambos olharam para mim, mas depois continuaram a comer o seu almoço. Ambos estavam em lugares opostos da mesa, separados na diagonal. "Então vocês vão simplesmente ignorar-me?"

"Nós só temos andado muito ocupados, okay Liam?" Scott estalou, dando umas últimas dentadas na sua sanduíche de peru, com alguns restos de mayonnaise nas suas mãos.

"Tão ocupados que nem conseguiam atender as minhas chamadas?" Questionei; a Will olhou para mim e expirou profundamente. "O que é que eu fiz? Foi pelo que aconteceu na festa?"

"Não tem nada a ver contigo" Will finalmente respondeu.

"É sobre ele mesmo, Willamena" Scott estabeleceu, assim que os seus olhos se direcionaram para a sua namorada. O Scott nunca chama a Will pelo seu nome completo. Ele é que teve a ideia de lhe chamar 'Will' visto que 'Willa' era um nome demasiado feminino para uma rapariga durona como ela. Eles andam desde o quinto ano, por isso o nome simplesmente se adaptou a ela.

"Vocês acabaram?" Questionei, olhando com um rosto confuso para os meus melhores amigos – aqueles que parecem não conseguir ter as mãos longes um do outro – que estavam a discutir e a falar um com o outro com muita raiva. "E se sim, foi por minha causa?"

"Diz-lhe a razão, Scott"

"Não vou, Willamena"

"Este problema é teu, Scott"

"É teu"

"Será que um de vocês me pode dizer o que aconteceu?!" Questionei uma vez mais, sentindo-me agitado. Não há necessidade destas infantilidades.

"Liam, eu e o Scott acabámos. Sinceramente não te quero dizer por que o fizemos, mas posso dizer que estás envolvido de uma certa maneira" a Will disse, enquanto ela se virava para ele. Olhei para o Scott, cujo rosto não apresentava nenhuma emoção.

"E nós não te vamos conseguir ajudar mais com o projeto do Bad Boy" Scott adicionou, começando a pegar nas suas coisas. "Vejo-vos mais logo"

"Mas que merda?" Estalei, com a confusão a abordar a minha mente. O meu cérebro estava a receber demasiada informação e eu sinto que vou explodir. Porque é que toda a gente anda a fugir barra evitar-me ultimamente? "Tu não podes dizer isso simplesmente e ir!"

"Desculpa, mas eu também tenho de ir" Will murmurou, levantando-se do seu lugar, caminhando na direção oposta ao seu recente ex-namorado. "Lamento imenso, Liam" ela repetiu uma vez mais. Enquanto observava os meus amigos irem para sabe-se lá onde, suspirei e deitei a minha cabeça na mesa, tentando processar, de alguma maneira, o que tinha acabado de acontecer.

***

"Liam, despacha-te!" A minha mãe gritou do andar de baixo, deixando a sua voz ecoar pelo meu quarto. "A Aviary está quase a chegar e eu preciso da tua ajuda para colocar a mesa!"

Depois do almoço, o resto do dia foi uma simples turbulência na minha cabeça. Não só por eu continuar à procura dos meus amigos – mesmo sabendo que eles estavam a fazer todos os possíveis para eu não os encontrar – mas também por não conseguir encontrar a Aviary. Assim que cheguei a casa, recebi uma mensagem a informar-me que ela viria. Estava a debater-me mentalmente se deveria de comentar sobre ter encontrado a sua caixa de comprimidos no seu quarto ou sobre o porquê de ela estar triste à hora de almoço.

Atirei isso para trás costas e vesti rapidamente uma boa camisola e umas calças bonitas encaminhando-me, então, para o andar inferior, para a sala de jantar. Depois de colocar a mesa com a ajuda da minha irmã e ajudar a minha mãe com a comida, a Aviary estacionou ao lado do nosso passeio. Abri a porta e caminhei até ao seu carro, batucando na janela. Ela virou-se para mim, deixando que um enorme sorriso se apoderasse do seu rosto, e baixou o vidro.

"Vais beijar-me outra vez?" Questionei rapidamente, abrindo-lhe a porta do carro, enquanto ela desligava o motor.

"Bem, olá também para ti, Argent" ela sorriu, fechando a porta atrás dela. "Porque perguntas?"

"Porque eu quero estar preparado" estabeleci enquanto fazíamos o caminho de volta para minha casa. "Se nós fingirmos sermos um casal, as coisas que nós fazemos têm de parecer verdadeiras"

"Podes dar um exemplo?" Aviary questionou, olhando para o seu vestido às riscas azuis e brancas.

"O primeiro exemplo seria dar-mos as mãos" sussurrei, segurando na sua mão esquerda, entrelaçando os nossos dedos, fazendo-a corar. "Ou até mesmo colocar um braço em torno da tua cintura e puxar-te cada vez para mais perto de mim" continuei, enquanto fazia as coisas que ia dizendo.

"Ou então podemos simplesmente curtir?" Ela adicionou, virando-se para mim com um sorriso nos seus lábios e um brilho nos seus olhos.

"Não me importo com isso" respondi, aproximando-me cada vez mais, fechando o espaço entre nós.

"Eu sei que não" ela disse, inclinando-se para o meu rosto. Fechei os meus olhos e estiquei os meus lábios para ela, deixando os meus dedos deslizarem pelo seu cabelo. Assim que os meus lábios rasparam nos dela, ela afastou-se e segurou na minha mão, caminhando para minha casa.

"Só nos teus sonhos mais molhados é que me conseguirás beijar" ela gargalhou, enquanto eu olhava-a com os olhos e a boca abertos.