Bad Boy Plueprint [Tradução PT]

Capítulo 14 - O Final dos Bad Boys

[Falta apenas mais um capítulo para o final!]

 O jantar com a minha mãe, a Aviary, a Charlie e o Shane correu bem. A minha mãe continua a falar sobre ele mesmo que já se tenha passado uma semana. Não aconteceu nada de extraordinário no jantar, tirando o facto que a minha mãe continuava a fazer comentários sobre mim e a Aviary. O meu irmão continuou a sorrir durante a refeição, talvez porque talvez sabe que isto era tudo a fingir. E a Charlie, bem, ela falou sobre o seu relacionamento com o Ocean e o pequeno encontro que eles tinham tido. É incrível como o relacionamento entre dois miúdos de cinco anos é mais interessante do que o meu relacionamento inexistente.

Depois do quase beijo entre mim e a Aviary, não consegui parar de pensar nisso. Estava tão perto de a beijar mas, mesmo que ela se tenha afastado, uma parte de mim não a tinha alcançado e beijado. Apesar de eu a querer beijar, uma parte de mim estava reticente acerca do segredo escondido atrás daqueles comprimidos que eu encontrei no seu quarto há duas semanas. Eu sei que toda a gente tem direito a ter segredos e que eu não tinha de andar com o meu nariz onde não era chamado, mas eu ando demasiado preocupado com a Aviary.

Eu não a tenho visto muito na escola e, quando isso acontece, ela está sempre com um olhar depressivo e triste. Já pensei chegar ao pé dela e confrontá-la, mas eu não posso fazer isso. Mas eu sei que quando ela estiver pronta, ela dir-me-á algo.

Outra coisa que me anda a incomodar são os meus amigos. A Will e o Scott ainda não falam um com o outro, por isso marquei um encontro tradicional de melhores amigos. Desde a primária, sempre que estávamos chateados uns com os outros, nós encontrávamo-nos na casa de um de nós (mais especificamente, na do Scott) e falávamos até o problema estar resolvido.

Enquanto caminhava pelo quarteirão da rua do Scott, enviei uma mensagem à Will para vir ter comigo. Claro que ela resmungou e disse que não queria ver o Scott mas, sendo a pessoa que sou, eu trouxe coisas do seu passado mais obscuro e ela mudou rapidamente de ideias. Assim que alcancei a porta do Scott, levantei o tapete e tirei de lá a chave, que se encontrava disponibilizada para mim e para a Will. Destranquei a porta e depois fechei-a atrás de mim. Achei estar sozinho em casa e, a cada passo que dava, esta afirmação estava a revelar-se lentamente.

"Quem está cá?" Ouvi uma voz assim que passei pelo quarto do Scott. Ele não estava lá, por isso eu sei que não era ele. Caminhei calmamente para ver quem era e encarei uma Bradley com o rosto encharcado de lágrimas. "Liam?" A sua voz tremeu, enquanto eu acenava com a minha cabeça.

"Heyyyy Bradley" respondi, gargalhando nervosamente. "Como andas?"

"Tu sabes que eu sei que quando estás a fazer algo às escondidas, tu falas num Inglês muito estranho e arrastas as tuas palavras?" Ela sorriu, pegando num lenço e limpou os seus olhos. "O que estás a fazer aqui?"

"Hum, estou à procura do Scott, sabes onde ele está?" Questionei, esfregando a zona de trás do meu pescoço. Não falei com a Bradley desde a noite da festa, e, mesmo que ela estivesse mais bêbada que eu, não me parece que ela se lembre que se atirou a mim, provocando uma luta entre mim e o seu namorado.

"Ele saiu mais cedo para ir ao treino. Porque é que não lhe disseste que vinhas cá?"

"Porque eu queria que fosse uma surpresa" eu disse, entrando cautelosamente no seu quarto e sentando-me a seu lado na cama. "Agora que eu respondi à tua pergunta, importaste de me dizer o porquê de estares a chorar?"

"Eu não estava a chorar" ela bufou, desviando o olhar de mim. "Eu só tenho... Alergias"

"A meio do Inverno?" Sorri. "Não mintas, Bradley. Eu sei quando estiveste a chorar. Tu torces sempre o nariz e apanhas o cabelo"