Capítulo 8

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Eu e Maika vamos até um parque, perto da trilha que eu e Evan gostamos de ir.

-Como o Evan está? - pergunta Maika.

-Hoje ele ficou com falta de ar, sangrou o nariz, tontura. Mas ele já está tomando os remédios.

-Mas você sabe que só piora, quero dizer, daqui pra frente.

-É eu sei, mas nós estaremos sempre com ele.

-Claro que sim. O que você quer fazer para ele?

-Não sei, queria pedir sua ajuda, o que ele mais gosta? Você conhece ele a mais tempo.

-Ele dizia que queria sair por aí viajando, com os amigos.

-Ta aí, já sei, e se a gente fosse acampar? No topo daquelas montanhas?

-Ótima ideia, hoje é quarta feira, iremos que dia?

-Que tal sexta? E voltamos segunda.

-Ótimo. Quer um água de coco?

-Quero sim.

Um cachorrinho muito fofo acabou de passar por nós, e descubro que Maika tem um Chow-chow, ela promete me mostrar ele, sou apaixonada nessa raça, mas minha mãe não deixa eu ter um é muito caro.

-Maika, desculpa mas eu tenho que perguntar, com que roupa você irá mais tarde?

-Não sei ainda, talvez um vestido, e você? Já ia te perguntar também.

-Sua casa é longe? - pergunto para ela - podemos ir lá, pegar algumas roupas suas e depois ir para a minha, que tal?

-Claro, vamos.

Chegando lá ela pega uma bolsa e coloca 5 vestidos e 3 macacões dentro.
Vamos para minha casa, quando chego com Maika minha mãe fica encantada, ela deve estar pensando: "já era hora né filha?", subimos para meu quarto, começo pegar algumas roupas.

-Quer comer algo Maika?

-Não obrigado, gostei da sua mãe.

-Depois que a gente ver as roupas quer ver um filme? Aqui ou na casa do Evan?

-Se você quiser ir lá ver ele tudo bem, pode ser lá.

-Ta bom, esse vestido eu usei pra ir no jantar com o Evan, então não irei vesti-lo novamente.

-Eu gostei desse azul, esse macacão preto é perfeito, amei ele.

-Você acha? Então irei com ele.

-Ele é lindo.

-Deixa eu ver os seus, esse macacão branco é lindo, esses detalhes dourados ficaram ótimos, que tal ele?

-Não sei, ele fica bem colado ao corpo, marca bastante sabe?

-O meu preto também, que tal usar um colado com migo?

-Afinal, temos um corpo lindo não é? Olha isso - ela pega na minha barriga - você é magrinha.

-Posso dizer que sim - começamos a rir.

Meu pai aparece atrás da porta dizendo:

-Ah conversa de meninas, queria ver se a amiga da Eliza era real mesmo.

-Para pai - digo.

-Está bem, está bem, deixarei vocês conversarem.

-Tchau pai.

-Maika, quer vir se arrumar comigo? Aqui em casa.

-Quero sim, posso chamar a Jennifer? Ela disse que queria ajuda para escolher uma roupa.

-Claro, pode chamar, quanto mais melhor.

Enquanto eu estava conversando com Maika, eu esqueci de minhas preocupações, não posso deixar Evan sozinho, eu prometi que não o deixaria sozinho, eu o amo, e se acontecer algo e eu não estou lá com ele? Tenho que ver ele.

-Maika vamos lá no Evan?

-Não quero ficar de vela, então eu irei na casa do Chris que é aqui perto também e você vai lá está bem? As 18:00 nos encontramos na sua casa, já vou avisar a Jennifer.

-Tudo bem, então vamos?

Quando chego fico um pouco com o Evan, graças a Deus ele está bem, ele ficou dormindo a tarde toda, mas quando acordou ainda estava com sono, o médico disse que é normal por causa dos remédios.
°°°
Eu, Maika e Jennifer nos arrumamos, pela primeira vez estou me sentindo linda, a roupa ficou perfeita em mim, mas quem sou perto da Maika e da Jennifer? Elas são lindas. Quando saímos de casa eles estão lá, Chris, Jeremy e Evan.
Ele se aproxima de mim e diz:

-Você está perfeita.

-Você que está - digo sorrindo.

-Vamos? Minha namorada.

O lugar é incrível, quando chegamos sentamos em uma mesa e bebemos refrigerante, pois o único maior de idade é o Chris. Começou a cair bolhas de sabão na pista de dança junto com gelo seco.

-Vamos dançar gente? - digo

-Claro vamos - todos respondem.

As músicas são ótimas, eletrônicas, pop, as vezes lenta, mas o melhor de tudo isso é que estou com o Evan, como é bom ter alguém comigo.
Sinto seus lábios carnudos nos meus, suas mãos quentes na minha cintura, ficamos ali dançando por muito tempo, não vejo nada, é como se eu estivesse drogada ou coisa do tipo, só vejo o sorriso dele, o sorriso pelo qual me apaixonei, só vejo a boca que me beija todos os dias, que diz que me ama.

-Eliza eu vou sentar um pouco - diz Evan sem ar.

-Amor você está bem?

-Não - agora ele está com a boca aberta e seus olhos fechados - desculpa Eliza.
Então Evan cai em cima de mim.

-Me ajudem aqui - digo para os meninos.
Agora que fui perceber, ele está ardendo em febre. Chris e Jeremy o pegam no colo e levam para fora.
Fico desesperada, grito para chamarem ajuda médica, sendo no meio fio e coloco à cabeça de Evan no meu colo, se antes eu estava chorando com alguma dignidade agora a coisa ficou séria, estou com tanto medo de perde-lo, por favor Evan, eu preciso de você.

Após alguns minutos a ambulância chega, dizem que só pode ir duas pessoas com ele, Chris se oferece para ir comigo, porque ele deve saber que não irá me convencer de não ir, os outros dizem que já vão e nos encontra lá.

Quando chega no hospital eles tiram o Evan de mim, levam ele numa maca, falaram que não posso entrar então fico sentada no banco de espera.

-Ei Eliza ele vai ficar bem, você sabe que isso é por causa da leucemia, vai acontecer essas coisas até ele curar da doença. Vem cá - ele me abraça, mas é como se eu estivesse sozinha, com frio, com o coração na mão, a única pessoa que quero é o Evan, quero sentir o calor de seus braços ao redor da minha cintura, quero ele.
Eles chegam, Maika e Jennifer me abraçam.
O médico vem em nossa direção e chama meu nome.

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