Capítulo 13

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Eu estou com a boca aberta, não sei o que responder, meu Deus eu fui pedida em casamento. O que eu falo? Não consigo falar nada, as palavras não saem, mas as lágrimas sim, estou chorando de emoção.

-O que foi? Não quer? Se não quiser tudo bem esperamos mais. - ele diz desanimado.

-Não não espera, eu não sei o que responder direito.

Respiro fundo

-Eu quero me casar com você Evan Waud, eu te amo. -digo e imediatamente pulo para lhe dar um abraço. Ele me puxa com tudo e me dá outro daquele beijo da trilha. Não sei se isso que está acontecendo é real, estou tão feliz que nem sei expressar.

-Agora eu vou ajoelhar de novo e colocar o anel em sua mão - e então ele abre uma caixinha de anéis vermelha em formato de coração, os anéis são perfeitos, dourados não muito grosso, no meu tem uma pedrinha prata.
Ele coloca o anel em minha mão e eu coloco na dele.
Ele vem por trás de mim e passa os braços ao redor do meu corpo, ele beija do meu ombro até minha orelha devagar, me fazendo arrepiar.

Quando chega pertinho do meu ouvido ele sussurra:

-O nosso sonho está apenas começando, daqui a pouco vem a nossa casa, nosso carro, nosso emprego e o principal...nossos filhos. Acho que devemos praticar não?

-Claro que devemos mas na nossa casa ok? Eu estou tão feliz que parece que estou até sonhando.

Ficamos por um bom tempo abraçados, depois deitamos no pano com travesseiros e descansamos nossos olhos, um agarrado ao outro, querendo ficar ali para sempre com medo de soltar e não ver mais o outro, então ficamos ali não como duas pessoas, mas como uma só.

Após um tempo acordamos e voltamos para o acampamento, vamos de mãos dadas.
No meio do caminho tropeço em um galho e caio com tudo no chão. Quando levanto um pouco percebo que tem muito sangue no chão, é do meu braço, fez um corte enorme que vai do meu cutuvelo até a metade do meu antebraço, está sangrando muito. Sinto as mãos de Evan me amparando, ele me ajuda a levantar, e percebo que ele fica um pouco triste por não ter forças para me levantar.

-Nossa está doendo muito - digo sem fôlego.

-Calma vamos lavar e fazer um curativo.

Ele tira o seu casaco e coloca em volta do meu machucado e passa seu braço ao redor de mim. Quando chegamos todos estão assustados e quando nos viu deram um quase suspiro. Menos Chris.

-O que é isso? Querem nos matar do coração? Já estávamos ligando pra polícia.- diz Maika desesperada.

-Gente gente eu sabia. - diz Chris caindo na gargalhada.

-Obrigada por não contar irmão. - diz Evan.

-O que? Você sabia? E me viu quase dando um ataque aqui e não fez nada? Vou te matar- diz Maika, o desespero dela me fez rir.

-Desculpa mas se eu contasse vocês com certeza iriam lá e estragariam o momento. - fala Chris levantando os braços.

-O que eu iria estragar? Quero saber, vamos desembuchem logo.

-Ele me pediu em casamento. - digo pulando de alegria.

-O-o q-que? Sério? Oh my God meus amigos vão casar- diz Maika.

-Espera o que aconteceu com seu braço? - diz Chris.

-Eu cai na trilha.

Eles me ajudam a por o curativo, e mais tarde vamos andar um pouco na trilha, estamos querendo fazer uma festa amanhã pois vamos embora no outro dia, amanhã cedo duas pessoas iram comprar bebida e comida.
Tem coisa melhor do que passar a noite abraçada a pessoa que você ama? É a melhor coisa do mundo, fiquei bastante tempo acariciando sua mão e observando nossos anéis.

Eu me ofereço para ir comprar as bebidas e Jeremy também, Evan não pode ir, ele pode passar e mal, então vamos eu e Jeremy.

Chegando na loja compramos muita bebida, a maioria é álcool. Vamos para um supermercado. Compramos várias coisas.

-Eai, está gostando do passeio? -pergunta Jeremy.

-Não é um passeio mas sim - digo.

-Você pode pegar esse negócio aqui?- diz ele apontando para dentro de um freezer.

-Posso sim. - o freezer é muito fundo, quando abaixo fico na ponta dos pés, Jeremy diz que vai me ajudar mas uma coisa estranha acontece. Ele colocou suas mãos em meu quadril e me empurrou para cima, meus pés saíram do chão e ele encostou o seu corpo no meu, por um momento lembrei do que Peter Elbe fez, fico desesperada e grito. Ele me levanta e diz:

-Porque está gritando gatinha? Não vou lhe fazer nada.

-Me solta por favor.

-Que tal se a gente se divertir um pouco? O Evan e a Jennifer nunca irão descobrir.

-Nunca, eu amo o Evan, seu mau caráter, tenho nojo de você.

-Vai ser por bem ou por mal, não quer ir do jeito mais fácil? A viagem é longa até o acampamento, vai rolar muita coisa.

-Me solta seu nojento, nunca mais chega perto de mim- por um milagre consigo me soltar dele é dou um chute no meio de suas pernas. Corro para fora. Ligo para Evan, graças a Deus caiu na caixa postal. Tento não parecer tão desesperada e digo:

-Meu amor eu vou demorar um pouco.

Não estou com nenhum dinheiro, ficou tudo com o Jeremy, corro em casa e pego meu carro. Após uma hora e meia volto para o acampamento, quando chego a van está lá, ele já voltou. Todos estão ao telefone, parecem muito nervosos. Eu vim chorando a estrada toda, duas vezes quase bati o carro. Quando me aproximo de Evan desabo em cima dele, choro como uma criança e digo que o amo ele diz o mesmo e fica perguntando o que aconteceu. Após muita insistência consigo convence-lo de que foi só um assalto, ele estava tão animado com a nossa 'festa' que eu não queria estragar, ele para de insistir mas não desiste de saber o que realmente aconteceu. Após um tempo eu fico calma e começamos a organizar as coisas para mais tarde.
Como vou contar para Evan e Jennifer o que ele fez? Eu iria magoa-los muito. Eu não sei o que fazer.

Efeito BorboletaOnde histórias criam vida. Descubra agora